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Artigos-->FRANCISCO MIGUEL DE MOURA - DOMADOR DA PALAVRA -- 19/03/2013 - 20:05 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


FRANCISCO MIGUEL DE MOURA - DOMADOR DA PALAVRA



 




 


Olga Savary*





Ao falar de poesia, falamos de vida. Que outra coisa mais poderosa à vida senão a poesia? Entre clássica e mais que moderna, assim se move esta esplêndida poiesis de Francisco Miguel de Moura, de expressão alerta, consciente, inteligente, atual e atuante, uma imaginação que escreve e cria. Que, como a natureza, é viva: bole, bole.


 


Parodiando nossa grande Cecília Meireles, o poeta não precisa ser alegre nem triste, podendo ser ambas as coisas; basta ser poeta. E isto FMM é o suficiente: é lírico, pessoal, ao mesmo tempo singular e plural, mas também atento aos problemas brasileiros e universais, ligado às desigualdades entre os seres em uma poesia social. Algumas vezes dá-se o luxo de denotar nobre e sutil sensualidade de corpo presente, corpo com alma: corpo almado. 


 


Escrever e viver são ações irmãs, amalgamadas, indissociáveis: escreviver. Este neologismo bem poderia definir o poeta Francisco Miguel de Moura, uma vez que ele sabe domar a palavra, dominando como poucos a intensidade selvagem dos vulcões amestrados da poesia: Como em “Prima lavra”: “Palavra é saber / liberdade, ritmo/ de sabor sofrido/ e do entegozo; // a palavra aflora / instintos do instante/ do espasmo/ espanto/ nos seus interstícios; //a  palavra ir/mana / é/vita e av-isa / a palavra emana/ de onde precisa; // tomada em viagem, / ovo ou claro esboço, / a palavra é virgem / no poeta em osso”. 


 


Ao ler um livro de poemas, o que o leitor deseja é que em primeiro lugar eles sejam verdadeiros. E que, ao fazer uma leitura crítica da verdade poética da obra, esta irá com certeza satisfazer seu coração e sua mente, inundando seu apreciamento da beleza. Do ponto de vista analítico, por exemplo, um déspota pode não temer autores eloqüentes que preguem a liberdade, porém irá temer um poeta amado por seu povo que ironize o poder com a sua poesia. E sua poiesis, como se diz da beleza, é a razão de existir do poeta. Para ler bem uma literatura imaginativa como esta – no caso os poemas de Francisco Miguel de Moura, que subsistem por si sós – basta amá-los ao experienciá-los numa atenta leitura. Isto ocorrerá se eles (poemas) lhe conferirem intensidade e coisa verdadeira, no perfeito entendimento que possam “viver” em você, leitor.


 


Como na vida, os poemas carecem de “continuar vivendo” no leitor mesmo quando o livro acaba. A leitura termina, a vida não.  Mas se a poesia perdura, pela força do ritmo e das imagens, metáforas, em nosso pensamento e em nossa emoção, é testemunho inconteste de que o “eu poético” atingiu o alvo, logrou seu objetivo: nos arrebatou. Poemas têm vitalidade fora do livro. Os de Miguel de Moura conseguem este resultado, o que é de muita monta. O que querer mais?  É então que a poesia se afirma como uma necessidade humana. Não é maravilhoso isto?  Por que será? A razão pela qual a poesia é uma necessidade humana é o fato que ela satisfaz nossas carências conscientes e inconscientes de beleza, integridade e verdade.


 


Poesia é vida, proteção, amor. Todos nós almejamos amar com mais intensidade. É nossa cota de liberdade a leitura de poemas que alimentam o ser livre, como FMM exemplifica em “A hora vazia”: “(...) palavras não enchem o vazio/ nem a inutilidade dos desejos.” Grande poeta nos proporciona este prazer, o de nos expor poemas livres e elegidos pela beleza. É como se realizasse a justiça que todo ser aspira: a justiça poética. A intuição e a consciência do poeta nos premiam, assim premiando nossa própria intuição/consciência. Moura não é só um artista, é igualmente um grande criador.


 


Os livros mais celebrados talvez sejam os menos lidos, como os da tradição ocidental, os épicos: a Ilíada e a Odisséia de Homero, a Eneida de Virgílio, a Divina comédia de Dante e o Paraíso perdido de Milton. Na verdade, eles não são fáceis de ler, não só por terem sido escritos em verso (até porque há traduções em prosa disponíveis). Maior é a dificuldade por sua grandeza e pelo que exige do leitor em atenção, envolvimento e imaginação dedicada. Porém se você fizer o esforço de ler esses clássicos épicos, será um leitor agraciado e recompensado, assim como lendo a Bíblia, sem falar de outros grandes autores que o mundo e o Brasil possuem como base e espinha dorsal de todo programa sério de leitura.


 


Assim, nessa linha de pensamento, os livros de FMM, no Brasil, são de leitura fundamental. E o poema é como uma parte do todo que é o livro, é o detalhe, um flash de todo o show. Tente, leitor, dizer em voz alta o poema que está lendo como se estivesse no espetáculo, com entonação e emotividade. O poema “A partida”, fala disso tudo dito acima: “Na partida os adeuses, gume e corte / dos prazeres do amor, quanto tormento! / Cada qual que demonstre quanto é forte, / lábios secos mordendo o sentimento. // Do ser brotam soluços a toda hora, /as faces no calor do perdimento, /olhos no chão, no ar, por dentro e fora / pedem aos ceus a força e o alimento. // Ninguém vai, ninguém fica, e se reparte / no transporte que liga e que desliga, / confusão de saber quem fica ou parte. // Não se explica tamanha intensidade / amarga e doce, e errante, que interliga / os corações perdidos de saudade”. 


 


Como em continuação, diz “O que é a saudade” o também soneto: “Impossível saber o que é a saudade... / Uma palavra? A cor de uma tristeza? / Ou uma felicidade sem certeza / que em nós se instala como eternidade? // O que passou, passou, não é verdade? / Ou nos ficou do tempo a chama acesa? / Saudade, um não-sei-quê que traz leveza? / Ou apenas enganos, leviandade? // Está no corpo inteiro ou está na alma? E se está, por que não nos traz a calma? / Por que nos mata assim, tão devagar? // Saudade, o teu passado é tão presente, / és uma dor que chega de repente / e que parece nunca vai passar.”. 


 


Os poemas aí citados bem se prestariam ao recurso do sarau, uma vez que a poesia começou e cresceu com a oralidade dos jograis desde sempre, expondo e contendo os mais profundos sentimentos do espírito humano, em criações expressas no domínio das palavras.


 


O poema exige um tempo de leitura. E se for um bom poema, a cada leitura só vai crescer e adquirirá uma nova interpretação nossa e nova face a nos apresentar. Em um livro, cada poema se sobressairá de outro (igual àqueles atores que usavam botas de enormes saltos plataforma a erguê-los muitos centímetros acima do chão ao interpretarem no palco deuses ou heróis). Esta comparação entre a altura do protagonista em confronto aos formadores do coro, dá uma ideia da altura de um poema em relação aos demais. Um, dois ou mais poemas que se destaquem são como “heróis” ou “deuses” em meio ao livro; os outros estão à altura normal de qualquer pessoa. Palavras ditas pelo protagonista nos parecem vir do fundo da garganta de bocas de gigantes, de personagens que não só parecem, mas que de verdade eram e são fora do comum.


 


O que é poesia? Óbvio seria dizer que é o que os poetas escrevem. Seria o espontâneo transbordamento da personalidade do poeta expresso em palavras escritas ou o som do ritmo semelhante à música, ou mesmo a exposição de um pensamento, uma reflexão, um sentimento ou emoção? É tudo isso – e muito mais. Poesia é o mais alto patamar da criação humana e o que nos declara realmente superiores na escala de animais (porque, entre animais, somos os únicos a fazer poesia até onde se sabe). É ancestral e antiga a ideia de o poeta mergulhar no fundo de si mesmo, na misteriosa e mágica caverna criativa, no profundo fundo de sua mente e alma. O fato é que não existe civilização sem poesia. Com a palavra escrita, poeticamente falando, organizada de modo ordeiro e disciplinado, embora livre  em sua criatividade.


 


Fala-se aqui da poesia lírica e conceitual da qual Francisco Miguel de Moura é mestre inconteste, que nos ensina a todos com sua dicção poética. Um leitor consciente e lúcido saberá bem o que é poesia, o porquê uma poema é poesia pura ao ler um poeta deste quilate. Porém o vasto conhecimento de poesia não garante que o poema em si vá ser compreendido. Entendido será se lido muitas vezes. A verdade é que ler um poema e entendê-lo é tarefa para toda uma vida. Não que leve a vida inteira, mas que o bom poema vale ser lido muitas e muitas vezes, sempre que possível e necessário for, para ser compreendido na maneira que deve ser. Com a pertinácia de muitas visitas, como no início de um amor. Só assim entenderemos e vamos aprender e apreender a respeito dele mais do que supomos e possamos imaginar.


Todos nós sempre acharemos coisas novas no poema, na poesia. Também novas ideias e um deleite maior na visão particular de mundo de cada artista, como este aqui. Qualquer bom texto, como a ponta do iceberg, exige a ida ao fundo do poema com a complexidade que encontrarmos bem abaixo da superfície, a bem dizer do imensurável abismo que é o de cada ser. A poesia exige a nossa exclusividade: em desafio. O bom poema deve até dar um susto – ou um “insight” – como uma iluminação ou um soco no estômago. Talvez não possamos lê-lo de um só fôlego para ter o entendimento. Mas se a ele, poema, voltarmos e dedicarmos nosso tempo, o tempo dele irá premiar-nos com uma endorfina e serotonina poéticas. Isto é o desejável, porque o poeta se assemelha ao benfeitor Prometeu, que roubou o fogo dos deuses gregos e romanos para dá-lo aos homens e assim confirmar a civilização.


 


Enquanto isso, o poeta, este Francisco Miguel de Moura, em texto rebelde, moderno, atual, quer ser brasileiro, somente, mesmo que seja sem nenhum caráter, como o Macunaíma de Mário de Andrade. E ainda que seja tão difícil ser brasileiro, “e ninguém saiba o nome da lei”, o poeta quer mais é denunciar que o rei está nu (embora ele nem acredite em rei), “pão e circo, / pau e cerco”. Enquanto nós, brasileiros, pagamos a conta, remetendo dólares, dólares e mais dólares sem mudar um só dedo, “nosso navio vai ao fundo”.  Com língua de fogo, o poeta degusta as palavras em sua canção de sóis: “teu nervo óptico / testemunha ocular / o exótico.” E falar é flácido: “pior é a fina estrada / de areia, sem pegadas / para a volta.” Poetar é o “último voo entre espinho / e flor!”, onde os homens “fazem guerra pela paz”. São flashes de vários poemas, entre os quais (“Linguagem viva” e “Epigramas”).  É quando “chega um tempo de dizer-se o impossível / e o impossível já foi dito.” E ainda: “chega um tempo de calar / e a gente inventa uma maneira triste / de dizer numa língua estranha / um silêncio amordaçado.” (“Chega o tempo”).


 


Quem dera fosse possível citar todos os versos de FMM! Mas o espaço de um prefácio não deixa. Entre seus inúmeros livros publicados, até em “50 poemas escolhidos pelo autor”, edição da Galo Branco, este nosso poeta homenageia Carlos Drummond de Andrade, “cantor primeiro de seu mar de ferro / itabirano interior / mar/ (...) de minas-brasil”. Ee mais: “guimarães rosa ao ser / tão mar.? (...) / neste mar de serras / neste mar de astúcias / neste mar de chamas? (...) mais o bonde mais a esperança / (com o sentimento do mundo / em duas mãos maduras)”. No pensar deste homem-nuvem, onde os pensamentos voam, ele se irmana à natureza, onde as mangas vivem com sede, entre “um tempo que sequer medimos”.  Pois então, poeta, tão povoado e só, “depois de todos os gritos” ecoa o teu solitário grito de silêncio e solidariedade. O poeta precisa sempre da cabeça solta, trocando as curvas pelas retas, ao contrário do que deseja o arquiteto-poeta Oscar Niemeyer, que prefere as curvas.


 


Importante na poesia é o caminho, pois “o caminho tem muitas histórias”.  E o que quer o poeta, este aqui?  Quer mesmo é “ter a vaidade dos caminhos” que “dão passagem, mas pouco dão abrigo.” E quer na verdade é “ter orgulho do tufão”, e mais: “a solidão da noite no deserto” e se assemelhar às nuvens, ficando no ceu aberto. Quer “ter emoções de amor secreto / sentir como se sente uma paixão”, e mais ainda deseja:


 


                                  “Quero viver do ideal concreto,


                                   Quero arrancar de mim o coração,


                                   Incapaz de conter todas as dores” (“Querenças”).


         


Nascido no sertão do Piauí, em 16 de junho de 1933, vive hoje em Teresina. Formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí, foi, entre várias outras profissões, radialista, professor de língua portuguesa e literatura brasileira e colaborador de todos os jornais e revistas de sua terra, assim como de várias publicações importantes de muitos estados brasileiros e do exterior (Estados Unidos, França, Espanha, Cuba e Portugal). Pertence à Academia Piauiense de Letras, entre outras entidades culturais do Brasil. Sua poesia, estreada em 1966 e seguida de 13 obras só de poemas, é lúdica, enunciada de risos e guizos, de humor sempre presente. É também ficcionista (contista, cronista, memorialista, com vários livros igualmente publicados e premiados, como ocorre com os seus de poesia. De romancista a ensaísta, é publicado e premiado em todas essas áreas do seu saber e de suas realizações, recebendo por toda a crítica especializada, vinda de escritores de todo o país (tais como Fábio Lucas, João Felício dos Santos, Nelly Novaes Coelho, entre muitos outros) o reconhecimento merecido. Este material de crítica especializada foi reunido em dois volumes já publicados: “Um Canto de Amor à Terra e ao Homem” (Editora da Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2007) e “Fortuna Crítica de Francisco Miguel de Moura” (Ed. Cirandinha, Teresina, PI, 2008).


 


    Com currículo assim tão variado e vasto, pode-se afirmar que Chico Miguel, como ele gosta de ser chamado, tem a literatura como religião e a ela se entrega de corpo e alma, mental e liricamente. Amante das artes, ele realiza sua poiesis em favor da humanização do homem. Sua poesia se move entre ritmo, reflexão, metonímias e metáforas. Pela cabeça deste poeta, no momento da criação, passa – através da memória e de sua vivência poética – a experiência semântica, lingüística, filosófica, semiológica, semiótica e tudo mais que se adequar aqui. A escritura para este nosso poeta é tudo o que ele extrai na busca essencial da sua e da humanidade de seu semelhante e que só a arte tem competência para traduzir e desvelar – e a palavra, que rege a sua poesia, é sua expressão maior e mais alta.


 


    A poesia devora o pensar do poeta e este a devolve em poemas rutilantes numa espécie de vingança criativa. É o sublime do criar poético. Poesia é veneno violento, mas não mata. Ao contrário, promove a vida. Inundada, deságua-se na água da vida.  Denuncia a nudez do rei, sendo o rei em si.  Ou melhor: rainha, uma vez que poesia tudo rege. Quanto ao poeta, este, tudo sabe do labirinto e do deserto – e sabe que carrega a própria chave. Sabe do breu, mas dirige-se a luz, tendo sempre a companhia da alvorada em osso. Já a noite é sua sócia e sósia, maior que a desmedida noite do poeta. Espia alerta o poeta, por trás das pálpebras, um mar grande: o mar. Compatível com o mar da vida, a poesia reluz, fulgura.


 


    Assim fulgura, fruto da paixão do autor pela palavra bruta que ele com tanta argúcia tão bem lapida, a poesia de Francisco Miguel de Moura: acha de fogo, archote ardente, pura tocha crepitando na fornalha escarlate, escaldante, a disparar os olhos de lince sobre quem a lê.  Comunicante, embora o poeta se declare (in)comunicável em outro belo poema:


 


                                  “Eu falo comigo e me entendo,


                                  Se falo com o outro me vendo.


                                  Eu falo comigo e me amo,


                                  Se falo com o outro reclamo.


                                  Eu falo comigo calado.


                                  E com o outro, grito, e atado...”


 


Lúbrica, a poesia mete a expectante e experiente língua até o fundo da garganta do poeta. O resultado? Seus poemas vêm a nós no incêndio do pensar, puro pasto, lavra nobre e, no meio da vida, esta sua poesia permanecerá, clássica e jovem, labareda e magma.


______________________


*Olga Savary, escritora, tradutora e jornalista, mora no Rio de Janeiro.. Tem 20 livros de poesia e ficção, pessoais, e mais de 980 coletivos (centenas de antologias que organizou e integrou, no Brasil e no exterior).  Convidada, é a única escritora a constar da antologia Poesia da América Latina (entre apenas 18 poetas, entre os quais dois “Prêmios Nobel”: Neruda e Octavio Paz, editada na Holanda, em 1994). Integra as antologias Os Cem Melhores Contos do Século e Os Cem Melhores Poemas do Século (Rio de Janeiro, Objetiva, 2000). Recebeu mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de poesia, conto, romance, crítica, ensaio, tradução e jornalismo (3 “Jabuti”, vários “Prêmio UBE-RJ”, “UBE-SP”, vários “Prêmios da Academia Brasileira de Letras”, nas várias áreas literárias, inclusive o “Prêmio Machado de Assis para Conjunto de Obra”, o “Prêmio Internacional Brasil-América Hispânica para Poesia”, etc.). É pioneira em publicar haicais no Brasil, no início da década de 1940, menina ainda, e depois em divulgar e traduzir os clássicos japoneses do haicai. Pioneira também em publicar o considerado 1º livro todo em tema erótico no Brasil e em ter organizado a 1ª antologia de poesia erótica. E em utilizar palavras do idioma tupi em tudo o que escreve, seja poesia, conto, romance, crítica literária e de artes, e ensaio. Tem mais de 10 livros no prelo e a sair. Pelos editores com os quais trabalha no Brasil e no exterior, mais os apreciadores de sua obra, está colocada em mais de 300.000 sites.

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