b22222">CRÍTICA AO LIVRO “FAGULHAS”:
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b22222">Para mim, FILEMON MARTINS é um dos maiores sonetistas da atualidade, junto com Théo Drummond. Métricas e rimas perfeitas, sem a obscuridade e subjetividade dos simbolistas, mas com a lapidação e a forma artesanal dos parnasianos. Conhecia pouco seus textos em prosa e surpreendi-me com esse livro. Vejo a preocupação de um brasileiro que ama sua pátria, abordando temas contemporâneos com a convicção de quem sabe o que diz e o que escreve.
b22222">A modernidade exige a síntese, ou “se contenta com pouco” na expressão de Paul Valèry. Filemon o faz com maestria, mas no pouco, consegue dizer tudo.
b22222">Há um convívio estreito entre os elementos da natureza, da cultura, da política e, evidentemente, da poética. O autor está atento às vozes da consciência, ao desejo de registrar e homenagear grandes nomes de escritores, de poetas e de amigos, que conheceu ao longo da vida e teve o prazer de ser leitor.
b22222">Impregnado de modernidade, demonstra pensamento rico de reminiscências de um saudoso passado. Todos os problemas de nossa época passam pelos intrincados corredores de “FAGULHAS”. É um livro atual, pois, se Lula não é mais presidente, continua nos bastidores; o PT continua no poder e as falcatruas são as mesmas.
b22222">O que pretende Filemon é contribuir para um “renascimento da ética”. Como bom cristão, sabe que não resolverá os problemas brasileiros, mas faz a sua parte. Outra proposta é a de enriquecer a biografia dos autores escolhidos.
b22222">Rico em argumentos, FILEMON convence o leitor, além de traçar um belo retrato de cada um dos homenageados, é também grande contador de histórias.