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Artigos-->Mutilações -- 14/03/2013 - 10:49 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caros amigos da Usina,



Escrevo agora, sobre um acidente em especial, do sujeito que atropelou um ciclista à caminho do trabalho, arrancou seu braço e o jogou no canal.

Não tenho a menor intenção de minimizar o acontecimento, muito pelo contrário. Acho que o infrator deve pagar por cada atitude impensada,

por cada delito cometido.

Pensando a esse repeito, depois de tantas publicações nos meios de comunicação, e redes sociais, pensei além do físico, onde nossa fragilidade é total.

Além de nossas pernas e braços, caminhamos na vida, com nossas fragilidades emocionais.

Maior que qualquer faca, revolver, carros, ônibus, caminhões ou acidentes outros, temos em nós mesmos o maior assassino de todos,

nossa língua, e tudo aquilo que podemos proferir através das nossas intenções.

Somos capazes de declarar amor num dia e odiar ou desprezar no outro.

Somos capazes de uma palavra amiga num dia, e simplesmente ridicularizar o problema ou sentimento do outro.

Vivemos a vida a fazer laboratório das emoções alheias.

Brincamos com a verdade, achando que é mentirinha.

Seria muito bom, se tudo que falássemos durante o dia, e todas as nossas atitudes, fossem reprisadas durante a noite, durante o sono, pra que pudéssemos mensurar nossas palavras, e saber o quanto é dolorido aos outros aquilo que falamos, as palavras com que magoamos.

Certamente sentiríamos uma grande tristeza revendo cada cena, cada coração entristecido por nossas atitudes e palavras.

Certamente dói muito mais o que escutamos do que as palavras que falamos, por esse motivo, escuta-las, certamente nos faria pensar um pouco mais sobre as mutilações diárias que causamos nos outros, a quem chamamos de irmãos, a quem, com hipocrisia, dizemos amar.

Cuidemos para que não nos tornemos assassinos de sentimentos alheios.

Não deixe passar pela boca a faca afiada que pode ferir.



Valentina Fraga
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