Tristeza II
A tristeza me invade o peito!
Tristeza alada
Que se instala de mansinho
É remédio poderoso e perfeito
Dessa vida, o cadinho,
Da minha frase, o sujeito.
A felicidade, tão distante,
Está nos páramos celestiais
Para nos, mortais, um erro crasso!
E enquanto estamos acorrentados
A sentimentos bestiais,
Não poderemos vislumbrá-la
Oh felicidade, jamais!
Tristeza, boa amiga,
Deixe-me acolhê-la em um abraço
E, que o seu perfume suave,
Me ampare e me enleve
Para que eu não erre demais,
Nessa vida tão breve!
A alegria, essa traiçoeira,
Vem bem lépida e fagueira,
Quando percebemos a cegueira,
O tempo já ficou para trás.
Tristeza fiel amiga
Que a sua beleza me traga
Remédio para essa praga
Que os loucos chamam AMOR!
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