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Cronicas-->Clones -- 26/09/2002 - 18:53 (Poeta Paulistano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ah, se este amor fosse à primeira vista. Talvez ele não tivesse tanta graça. Foi amor antes da primeira vista. Foi amor ao primeiro sussurro na noite de um domingo de verão. Foi amor mais moderno que a última nave da Nasa e mais polêmico que o clone de seres humanos.

Este amor, que talvez não possa nem assim ser denominado, rompeu as barreiras da sanidade e nos teletransportou a distàncias longínquas pelo simples prazer de nos termos. Nos levou a terrenos desconhecidos para que pudéssemos conhecer o que julgávamos inexistir.

Se fosse de outra maneira, nem teríamos nos olhado. Se você me olhasse com seus olhos felinos e me desejasse, talvez eu me escondesse no telhado. Onde já se viu se apaixonar eletronicamente? Melhor do que isso é ver a paixão crescer à medida que nos olhávamos e desejávamos.

Mas alguma coisa tentaria nos atrapalhar. Então minha vida atribulada se transformou em problema, mas arranjei uma solução. Vou virar engenheiro genético e nos clonar de montão. Um clone vai pras nossas famílias e o outro vai pro patrão. Um clone vai ter uma banda enquanto o outro amarga um plantão. Tudo isso só pra estar com você.

Enquanto nossos clones trabalham, viajaremos pelo mundo afora. Conheceremos Austrália, Argentina e Butão e encontraremos a Caixa de Pandora. Desvendarei os seus segredos enquanto você dormir em meu colo a bordo do Expresso do Oriente. Possuirei seu corpo até um dia cair doente.

Escalaremos o mundo até chegar ao topo da falta de razão. Então, inexplicavelmente, nos olharemos pra dizer adeus. E o adeus só será um retrato em nossas lembranças enquanto o resto será nossa vida, vivida intensamente até as margens da insanidade.
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