TITÂNICA AGONIA
Retraída por inquietos dedos tangida Revelando aos poucos íntimos segredos contidos Abre, atrai, prende e arrebata ao sabor do vento Como abelha se escondendo, ansiosa e fugidia Trêmula, em titânica agonia, nas folhas do arvoredo Que frente ao mel, atinge o nirvana em louca chama E tal flamejante flâmula, incendeia-se, trepidante Ardente, palpitando de emoção, quando, exaurido pela ação Ruge, então, ensandecido o gozo mais supremo Como numa augusta guerra à espada conquistada E rende-se, caprichosa, e do alto do seu cavalo bravo Finalmente senta-se, removendo-o da luta saciado Atingido pela vibração tremenda da sua marcha, e abatido
Usina de Letras - 6/6/2005
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