Pensei sobre o medo de completar mais um ano de vida, onde todos se vêem felizes por nesta condição se encontrarem, mas o medo não é por estar viva e sim por estar viva e mais velha.
Confesso que tá difícil de encarar coisas como essas, num mundo onde todos dizem que o que vale é a experiência, a idade que você tem na cabeça, mas o que é que eu faço com a idade que eu tenho no corpo?, sim, porque este reclama eternemente a te atormentar o nascer dos anos em tua vida, principalmente em se sendo mulher...
Não queria ser eternamente jovem, contanto que todos envelhecessem comigo. Claro que todos estão a envelhecer no momento em que nascem, mas até os 29 isto ainda é algo distante do envelhecimento "verdadeiro" e, por mais preparado que você esteja, quando o aniversário chega, é mais um pequeno drama que você enfrenta na vida e o pior é que você leva um ano para se acostumar na nova situação, quando chega outro aniversário e tudo começa novamente...
Acho que Eva e Adão deram a maior mancada. Qualquer um vive sem comer maçãs (ô gula maldita!), mas eles cometeram o pecado e aqui estamos nós pagando por ele.
Senti uma dormência na mão esquerda esta semana e corri ao cardiologista, quando ouvi estarrecida que as mulheres estão morrendo do coração tanto quanto os homens e que o "stress" da vida moderna está acabando com elas. Puxa!, justo quando estava eu em descanço... ao que o médico me avisou que nunca damos tempo para que o corpo reclame, posto que trabalhamos muito e este é o maior perigo, porque o corpo não tem tempo de avisar, já pensou?????
A cada aniversário, a cada dormência na mão, a cada fala do tipo: - puxa, como você está "diferente"..., nos reporta aos anos de vida que carregamos e isso não parece muito agradável.
Quero também evidenciar que sempre há um lado bom em tudo e, neste caso, estou mais madura, mais consciente, mais arrojada, mais corajosa, tudo em função da idade e melhor de tudo, sempre há pessoas para te admirar, seja em que idade for. |
