Usina de Letras
Usina de Letras
134 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22533)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50586)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Discursos-->A ASCENSÃO -- 14/02/2002 - 19:43 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
--- Diz o ditado do pobre
--- Infeliz por não subir
--- Que quem ao mais alto sobe
--- Ao mais baixo vem cair!

Passei os primeiros trinta anos da minha vida, enquanto não entrei em transe de raciocínio, a aceitar os ditados populares sem qualquer espécie de retracção racional. Pronto, aquilo entrava, era interessante, tinha lógica e ficava. Um dia, de repente, alguém se encarregou de partir-me o cristal dos olhos e lá se foi o véu da credibilidade estabelecida pelos tais "sepúlcros caiados de branco" que o crucificado Mestre há dois mil e dois anos tão bem definiu.

Este ditado, por exemplo, é lindo: "Voz do povo é voz de Deus", como se fosse possível conciliar as duas vozes. O autor deste dito sabi-a toda! O preceito da lei cristã "Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti mesmo" também é muito interessante e pleno de irónico sorriso. Adiante... são tantos, tantos os ditados e quejandos ditos, muitos mais do que os minutos de cada dia, que alguns deles nem sequer podem fugir ao ponto de coincidência. - Vês... vês... eu não te dizia? E lá fica um fulano nas covas, decepcionado com as falinhas do culto homenzinho da ditação.

Mas, fundamentado na lenta agonia dos ditados, mudo de assunto abruptamente e declaro de imediato o que de facto pretendo: vou mandar embora o Bragal, o Bonfim e o Mindelo. Afinal estes três grandes estúpidos fazem-me só perder tempo e pucham-me pelas fraldas constantemente. Claro que lhes vou confiscar as obras e guardá-las para mim. Sempre são cerca de cem títulos que poderei contabilizar no meu usinal currículo sem ter necessidade de pulverizar a concorrência com mosquitada de inteligência parda. Dá-me para cada uma, pois dá? Sou deveras um imbecil e um maníaco da ascenção. Depois, algumas das estocadas dos Três Mosqueteiros, como as reposições cinematográficas, até merecem repetição. Ah, e agora aonde vou eu meter isto? Isto é um discurso!

Torre da Guia

----------------- Torre da Guia -----------------

Torre da Guia
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui