Amigo, ao lembrar tua cauda
longa, balançante
Sinto-o distante
E a cada vaga passada
É mais um instante que gostaria
De perto de mim tê-lo,
e o teu pelo
Reluzente, abundante
Corcoveando as dunas do canil
Eterno morro que permanece inerte
A lembrar do dia em que partiu
Amigo, a um simples gesto,um aceno
Incontinente ao meu chamaar chegavas
E hoje não mais o há, só o menos
Trafega então em outras estradas
Hoje tens a liberdade
Que o teu dono há tempo o privou
Mas há também outra verdade
E esta é o grande vazio
Que em mim ficou |