Eu que sempre reclamava
Da doença do coração
Ando muito sozinho
Sem encontrar uma paixão
Li o cordel da Maial
Coitadinha ta mal
Com sua inquietação.
Pelo que entendi
E observando a sua dor
Essa doença pega
É a doença do amor.
Faz um estrago no peito
É mesmo desse jeito
Como ela mesma citou.
Há muito tô procurando
Pra essa doença uma cura
Vou encontrar com ela
Pra vê se nos dois procura
Um remédio prece mal
No interior ou na capital
Senão vamos a loucura.
Mas antes de encontrá-la
Vou fazer uma reforma
Nesse corpinho meu
Para ver se entro em forma
Pois tem muito homem que quer
A doença dessa mulher
Que aqui ditou a norma.
Como nesta Usina
Tem muito homem bonito
Eu não posso aparecer
Com cara de esquisito
Vou colocar a dentadura
Pra ficar uma formosura
Como quer os requisitos.
Vou comprar uma peruca
Para a careca tampar
A Lili é moça fina
Não pode se estragar
Posso até ser eleito
Se tudo fizer direito
Pra seu amor conquistar.
Ela tem coração de ouro
E é linda essa mulher
Por isso vou comprar talco
Para passar no meu pé
Eu estando com a Maial
Não quero que passa mal
Com o cheiro de chulé.
Até a minha gagueira
Que eu tenho no falar
Vou ter que dar um jeito
Não pode ficar como está
Vou levantar este morto
Até esse nariz torto
Eu vou ter que concertar.
Tem muito homem na lista
Tenho que me precavê
Vou fazer ela feliz
É só esperar pra ver
Procurava na cidade
Por essa felicidade
Não posso deixar correr.
Donzelo há muito tempo
Desde quando eu nasci
Quero ser seu garanhão
Ó minha querida Lili!
Eu te faço cafuné
Não escolhe o Danié
E nem também o Manezim.
Sou o mais bonito de todos
Que Jorge, Marcelo e o Almir.
Sei que não gosta de Suco
E também digo pra ti
Que Domingos que nada
Ele já tem namorada
Pense neu linda Lili!
Por te faço qualquer coisa
Até na lua vou buscar
O cavalo de São Jorge
Para nós dois passear
Olhe, peço a você,
Na hora de escolher
Não escolha sem pensar!
Faço Ataulfo Alves
Falar da mulher original
Que Amélia que nada
É a Lílian Maial
Essa é a mulher de verdade
Vai me escolher com vontade
Pra nós casarmos no Natal.
Por te eu faço tudo
É tudo por amor
Mato Sadam e Bin Laden
Pra acabar com o terror
Mando até Lula parar
De tanto viajar
Dê-me uma chance, por favor!
O que mandar eu fazer
Faço o que você quiser
Tiro até a pimenta
Que bota no acarajé
Mas me queira, por favor!
Preciso desse seu amor
Pois nunca tive mulher.
Quero ser o teu freio
Pra frear tua paixão
E também o teu sangue
Que dá impulso seu coração
Quero ser o seu cantor
Para na hora de amor
Eu cantar sua canção.
Vou ficar esperando
A sua sabia solução
Para você sarar
Desse mal do coração.
Mas se não me escolher,
A culpada será você
Do suicídio de uma paixão.
