Há uma grande batalha travada, aqui no Rio:
o exército anda pelas ruas atrás de um inimigo tão pequeno, que provoca, sem o querer, um estrago FATAL e que só sobreviveu pelo descaso deste governo "malfadado" e pelo descuido das pessoas tão mal informadas...
Perdi, na semana passada, um amigo querido, vítima desta epidemia desastrada. Um rapaz saudável, 26 anos, no explendor de sua profissão, cheio de sonhos por realizar, tão forte e cheio de vida... Agora compõe as aterrorizantes estatísticas da morte pelo térrível mal, tão contraditório, que a uns mata sem piedade, e a outros deixa ilesos... Hoje será a missa de sétimo dia de Bruno. E lá encontrarei uma mãe aflita e uma família arrasada, por algo que veio do "nada"... Dói muito...
Até quando?
Fico a imaginar os soldados atrás dos focos do mosquito e me vêm à mente outros "focos" onde eles (os soldados) também poderiam agir.
Uma outra guerra, talvez maior e mais perigosa:
a guerra dos traficantes que, muito bem armados, vão por aí proliferando, depositando suas larvas mortíferas em nossas crianças e jovens... Para esses não nos adianta tirar a água dos vasinhos de plantas, pois eles proliferam mesmo no seco, nos fossos onde conseguem esconder-se... E esbanjam suas picadas a esmo matando quem passa pelas ruas, inocente do mal que nos ronda a cada minuto.
Mas isso ninguém vê. Melhor tapar o sol com a peneira. Pois as "armas legais" também têm medo desses focos tão poderosos...
Então eu pergunto:
O que será de nossos filhos? O que será das gerações futuras, num país onde a justiça social é ignorada, em prol de uma economia falida?
Estão todos incomodados com a queda da bolsa, variações do dólar... Mas poucos se importam com o faminto, o discriminado que só pede um pouco de compaixão...
Onde está... Onde anda o nosso CORAÇÃO? |
