Abstrato sou eu, somos nós.
Abstrato é a voz.
Nossa voz.
Se eu perder a minha voz.
Perdoa-me.
Lembra de mim.
O ego é incerto, não importa.
Diga agora, o que quer o que vier.
Abstrato é existir, sentir.
Que a produção é uma conseqüência.
De um trabalho, de uma canção.
A liberdade que o abstrai, ela é sua.
E de repente cada um na sua.
O violão é a sua arma e a sua defesa.
Abstrato sou eu, somos nós.
Um dia me lembro numa praça.
O silêncio que habita é um funeral.
Abstrato somos nós.
Uma dança e vamos.
Existindo no agora.
A utopia nos espera.
Autor: Marco Túlio de Souza
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