Não me é fácil escrever uns sonetos.
Por mais que tente, sempre me é custoso.
Prefiro tecer singelos poemetos.
Sinto isso como muito mais gostoso.
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E poemetos tais de versos bem curtos
Em que posso usar melhor os bons sons:
Pra sonora música sou meio surdo:
Não tenho melodiosos ouvidos bons.
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Admiro a paciência dos sonetistas.
Qual a daqueles monges medievais,
De ritmo de tempo ido sem deixar pistas.
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Hoje nós vivemos em tempos tais,
Ditos pós-modernos futuristas,
Em que todo o concreto poema são sinais.
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---Gabriel da Fonseca.
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---Às Amigas; À eSTrELA; 24/05/09; 1891.
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---Publicado no Recanto das Letras em 24/05/09; código do texto: T1612601.
