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Artigos-->... E QUANDO A CULPA NÃO É DO PROFESSOR? -- 03/02/2013 - 00:13 (SALETI HARTMANN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Uma grande maioria da população escolar não sabe que o professor também sofre pressões em relação a avaliação sobre a sua atuação pedagógica em sala de aula. Se sabe, não lembra, e se lembra, não querem se envolver.

Nos Seminários e Palestras ministrados aos professores, pelo país afora, ouve-se autoridades em Educação afirmando, categoricamente, que, se o aluno não aprende, a culpa é toda e somente do Professor. É uma responsabilidade quase desumana jogada nas costas deste profissional, que muitas vezes, não tem voz para manifestar as suas preocupações diante dos alunos que não aprendem.

.... E, quando a culpa não é do professor?

... E quando todos os seus esforços parecem vãos, diante de crianças e de jovens que, simplesmente, por rebeldia, não se esforçam nem um pouco para aprender?

Pois, - como professores -, estamos também diante do “Joãozinho”, que simplesmente se nega a fazer provas ou trabalhos solicitados, porque não gosta do assunto, ou não gosta do professor.

Depois de tentar – de todas as maneiras – conquistar o interesse do Joãozinho, enfim, olhamos bem dentro dos seus olhos, e vamos diretamente à questão:

“- Joãozinho, não fez o trabalho de pesquisa novamente. O que tem a me dizer?”

“- Nada!!! Eu não gosto de estudar, mesmo....”

O professor insiste:

“- Você sabe, Joãozinho, que quem nos avalia como professor diz que nós somos culpados se você não aprende as lições na escola?”

Joãozinho apenas ri e se diverte.

“- Eu acho a escola uma chatice, não tem nada de divertido...”

Impotente diante deste aluno, nós, professores, ficamos à mercê da sua disposição em estudar ou não. Não somos avaliados pelos outros 15 ou 16 alunos que se dedicam e se interessam em absorver, em aprender, mas sim somos avaliados pelo “Joãozinho”, e por causa dele, nós, professores, “não sabemos cativar, não temos criatividade na metodologia, e não somos bons educadores”...

... E Joãozinho só quer se divertir!

É possível formar bons médicos e bons engenheiros, só através da diversão e da ludicidade?

Ao contrário, a dedicação e o interesse ainda são insubstituíveis, pois a vida não brinca quando estamos diante de uma profissão onde há vidas alheias sob nossa responsabilidade.

Na atualidade, o Joãozinho é a vítima e o professor é o réu.

Será que todos os anos de dedicação e preparo para exercer o Magistério, não significam nada, só porque o “Joãozinho” quer brincar ao invés de estudar?

Gostaríamos de continuar a ser respeitados pela bagagem adquirida ao longo do tempo, e poder cobrar um mínimo de responsabilidade deste tipo de aluno – com o apoio dos pais e de toda a comunidade escolar – pois ele também precisa ter consciência que a VIDA!, muito mais do que uma brincadeira, é uma CONSTRUÇÃO COLETIVA, onde a COLABORAÇÃO (de todas idades) é um dos fatores mais necessários e fortalecedores da Aprendizagem.

Logo ali, o jovem também assumirá responsabilidades profissionais.

Vai ser um dos pilares que sustenta a força da Civilização.

Se aprender o segredo de uma vida bem vivida, não vai culpar as gerações anteriores por todos os males que o atingem.

E nós, - PROFESSORES – não percamos nossas mentes brilhantes e maduras, diante dos “joãozinhos”, vazios de sonhos... só porque querem!

Ainda somos uma importante alavanca, por cujas orientações, continuam passando também grandes advogados, médicos, outros teimosos educadores!!! Todos, SONHADORES!!

SONHADORES de um Mundo Novo, sempre fundamentado nos melhores Valores Humanos no ato de receber e repartir o Conhecimento, grande coluna que sustenta a Civilização, em todas as épocas.



Saleti Hartmann

Professora e Poetisa

Cândido Godói-RS

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