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Poesias-->Ciclo II -- 26/02/2003 - 16:30 (Second Dupret) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Perdido nas entranhas eletromagnéticas do nada... nos abismos de profundidades infinitas do cosmo... Nas esferas máximas do espaço, onde sons irreconhecíveis passavam pelos meus tímpanos torturados pela escuta do ódio, em um planeta triste e desolador.

Na capacidade insofismável de minha mente, percebia por entre névoas cristalinas, espectros que somente no meu subconsciente realizavam suas curtas passagens.

Na fotográfica coragem física, meu espírito elevou-se num turbilhão astral e... foi-se... partiu a migrar no espaço etéreo, onde o incrível e o eterno são comuns.

Na passagem veloz dos quasares, se espelha a beleza universal emergente, numa constante rítmica e interior, inerente aos pulsares. Sentia emoções que textificavam o meu ser, enquadrando-o nas atmosferas galácticas, impulsionando-o ao atroz ciclo do tempo, respirando o halo nebular de astros alienados ao mal, e a participar do continuum.

Minha mente encerrava visões aterradoras de um passado distante, que fugiam cada vez mais, até que os bancos de minha memória servissem aos pro-pósitos do belo.

Estático, assim fui. Mas no instante seguinte, numa rápida sucessão de efeitos equáveis, em vozes insonoras, estimulado, dirigi meus globos oculares para o teto do nada. O hálito intergaláctico dos sóis invadiu até as últimas partículas energéticas do meu ser. O tempo, a enganosa relação passado presente, preparou o futuro. Definiram-se novas formas das quais eu tomaria parte. Na inverossímil vontade de saber, transformações filogênicas foram observadas nos grãos universais, que contêm a vida em suas superfícies, no mais longínquo do negro absoluto, pontilhado de luzes ínfimas, porém ciclópicas. E a vida imaginária que ao espaçar do tempo, vem à tona do real. Galáxias, sóis transbordantes de energia, planetas, que como meu corpo, se dissolvem no absoluto, levando seus fragmentos à luz eterna, que chega ao seio do infinito, fundindo-se na Paz transcendental.

A fotopsia já dominava minha visão. O fototactismo assegurou-se do poder que exercia sobre meu ser entorpecido. Regredi no espaço tempo. Cheguei no momento... constatei... era uma eternidade.



© Second Dupret

Pedro Luz Cunha

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