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| Poesias-->Antonina -- 26/02/2003 - 14:03 (BRUNO CALIL FONSECA) |
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Antonina
Ó doce menina...
O que fazes aqui espremida?
Encravada entre a terra e o mar...
Queres ficar escondida?
De quem foges?
Talvez dos teus cruéis algozes?
Que pode impedir-te o curso
Definhas por falta de recurso?
Dos teus traços naturais
Vejo contornos de beleza, e mais...
Um povo sofrido em perseverança,
Mantido altivo pela esperança.
Terra da minha origem paternal.
Por que te fazem sofrer tanto mal?
Não abrigastes e alimentastes tantos quantos,
E não consolastes humildemente, de muitos, o pranto?
Pelas tuas portas saíram muitos
E entraram tantos...!
Muitos voltaram a ti desiludidos...
Mas, muitos saíram de ti aos prantos!
Estavas sempre no caminho do mundo,
Até o teu hino cantava no coração do mudo.
Mas hoje, no passado esquecido
Só és lembrada por filhos queridos...
Que pela pena ou pelo pincel,
Na tela ou no papel,
Fazem vagar para sempre ao léu
Tua imagem destacada contra o céu!
E neste apelo incessante,
Cheio de palavras vibrantes,
Fica o escrito deste itinerante
Que de ti se tornou amante:
"Ó monarca do número de homem!*
Levantas do supremo infinito...
Tragas junto contigo as chaves que dormem,
Para abrirdes as portas do destino aqui impedido!"
* D. João VI - O monarca que abriu os portos do Brasil
Número de homem = 6, biblicamente, seis é relacionado
com as coisas humanas e sete com as coisas sagradas de Jeová!
Felipe Nicolau
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