Pai...
Deixa-me beber desse cálice...
Não o afaste de mim...
Quero saborear esse vinho até o fim.
Quero sentir o amor me embriagando...
Quero alegria, quero a vida a voltar...
Quero desse vinho, outra vez, experimentar...
Quero subir ao céu... e me afogar no mar.
Pai...
Pelo livre arbítrio que me deste, é que te peço...
Deixa tomar esse cálice em minhas mãos vazias...
Deixa experimentar as dores e alegrias...
Deixa-me viver, novamente, um grande amor.
Deixa que eu escolha meu destino...
Mesmo que seja minha vida, um desatino...
Quero ser eu, a tomar a decisão...
Pois se tu, me fizeste mente e coração...
Se tu ao homem, deste uma razão...
Deixa pois que eu tome esse cálice em minhas mãos.
Maricell / julho /2000
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