É mesmo muito dura
A vida do sertanejo
E não se faça gracejo
Porquanto ninguém atura.
Um tasco de rapadura
Muita vez é o almoço
Daquele que desde moço
Peleja naquela lida
Tentando ganhar a vida
Roendo esse duro osso.
A seca é um suplício
A mais na vida daquele
Que sabe que o dia dele
É de muito sacrifício.
E pede um tempo propício
A Deus, numa prece contrita.
Que com sua bondade infinita
Faça chover no sertão
Para que a plantação
Prospere, rica e bonita.