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Artigos-->ENCONTRADOS INÉDITOS DE CORALINA -- 10/03/2002 - 12:02 (Luiz Carlos Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deu nos jornais, recentemente: foram encontrados cerca de quarenta poemas inéditos de Cora Coralina. E eles vão ser lançados em livro este ano. Quem sabe haja tempo para lançar o novo livro em agosto, mês do aniversário da poetisa, que nasceu em 20 de agosto de 1889.

Os escritos inéditos foram encontrados por familiares da mais famosa poeta goiana, durante o trabalho de reconstituição de seu acervo, iniciado há dois anos. Característica da obra de Cora, os poemas exaltam a cidade de Goiás, onde a poeta nasceu. Parte da história da cidade é contada nos poemas e contos da poeta. Através da palavra, ela funda novamente a cidade em que nasceu e morreu, biografando o povo do lugar e revendo os autos do passado. Uma obra com forte influência modernista e engajamento social. A poeta Ana Lins dos Guimarães P. Bretas recorre ao artifício de criar Cora Coralina, a velha senhora que faz doces e versos, e Aninha, a menina que encarna as experiências de sua infância, unindo as duas pontas da vida. Cora antecipou seu tempo, rompendo com uma sociedade preconceituosa da época, quanto ao papel social da mulher.

O material encontrado pela família será transformado em livro e a sua edição já está sendo organizada, devendo sair pela Global, editora que publicou quase todos os títulos de Cora.

Além dos poemas, foram encontrados cadernos com contos, cartas e uma pasta com manuscritos que não puderam ser aproveitados. Todos os outros manuscritos estão sendo revistos e copiados para evitar que se percam. Há cartas que não foram enviadas, textos comentando artigos de jornais e outros de forte cunho social.

A Associação Casa de Cora Coralina, na cidade de Goiás, também está contribuindo para manter o acervo da poeta intacto. As chuvas torrenciais que caíram sobre a cidade há alguns meses ameaçaram a casa da poetisa, mas felizmente os papéis lá existentes já estavam sendo escaneados e microfilmados para a confecção de um CD Rom, que deverá ser lançado em breve.

Autodidata, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas iniciou a carreira literária aos quatorze anos, contrariando os costumes do começo do século XX. Em 1910, publicou seuprimeiro conto, “Tragédia na Roça”, no Anuário Histórico, Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás. Na época, já usava o pseudônimo de Cora Coralina.

Depois de se casar com o advogado Contídio T. de Figueiredo Bretãs, com quem teve quatro filhos, mudou-se para São Paulo, onde viveu quarenta e cinco anos.

Somente onze anos após retornar à cidade natal, já viúva, é que Cora voltou a se decicar à literatura. Quando o livro “Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais” foi publicado, em 65, ela tinha 67 anos.

Depois, vieram “Meu Livro de Cordel” (76), “Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha” (83), “Estórias da Casa Velha da Ponte” (85) e “O Tesouro da Casa Velha da Ponte” (89). Postumamente, foram lançados os infantis “Os Meninos Verdes” (86) e “A Moeda de Ouro que um Pato Comeu” (97). Todos os títulos serão relançados pela Global Editora.

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