O país não tem escola,
Muito menos hospital,
Nem moradia normal,
Mas tem sempre uma bola
Que o tempo todo rola
E que faz a diversão
Da pobre população
Sofrida e sem esteio
Que mantém o estádio cheio
Sem ter nem para o feijão.
E eu, cá, fico pensando
Aonde isso vai parar,
Se um dia alguém vai tomar
Uma decisão, e quando?
Ou se tudo vai ficando
Assim, do jeito que está
Até que ninguém mais vá
Nesse conto do vigário,
Deixando de ser otário.
Quisera que fosse já.
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