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Ensaios-->Nosso cérebro - Enigma! -- 20/01/2009 - 18:08 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nosso Cérebro – Enigma!
Ele é você e... você é ele!

Prof. Benedicto Moreira

Somente 2% do peso do nosso corpo! Um universo – ainda desconhecido – dentro de nós -! 100 bilhões de neurônios – células nervosas – e muitos outros tipos celulares. A cada segundo, cerca de 100 milhões de bits de informação, nele chegam, provenientes dos nossos sentidos e, ele, processa-as, seleciona-as, com indescritível facilidade. Milagre! (“que causa admiração” –Aurélio- ). No tronco encefálico há uma rede de nervos do tamanho do dedo mindinho – a chamada formação reticular – que atua como centro de controle de tráfego, monitorizando as milhões de mensagens que chegam, separando as triviais e selecionando as essenciais para receberem a atenção do córtex cerebral; a cada segundo, está “redinha” só permite que algumas centenas penetrem na mente consciente. A adicional concentração de nossa atenção provém de ondas que varrem o cérebro de 8 a 12 vezes por segundo, com períodos de alta sensitividade, durante os quais o cérebro observa os sinais mais fortes e, então, sobre eles atua; é por meio de tais ondas que o cérebro rasteia a si mesmo, focalizando-se no essencial. Eis o azáfama de atividades, a cada segundo, na nossa caixa craniana!

Tudo começa no útero. Três semanas após a concepção, ele começa a formar-se. Cresce em surtos de até 250.000 células por minuto, iniciando as conexões, mas os neurônios não se grudam umas nas outras, separam-se por sinapses – espacinhos de 25 milionésimos de milímetros -; e são espacinhos cruzados pelos neurotransmissores - substâncias químicas – e somente 30 deles ainda são conhecidos; estes sinais químicos são acolhidos na terminação nervosa dos neurônios por uma malha de diminutos filamentos, os dentritos; então, os sinais são transmitidos para a outra terminação nervosa do neurônio, o axônio. Nos neurônios, os sinais são elétricos mas, ao cruzarem os ditos “espacinhos”, são químicos, fazendo uma transmissão eletroquímica e, cada impulso, tem a mesma força mas, a intensidade do sinal depende da freqüência dos impulsos que pode chegar a mil por segundo.

À medida que se aprende, formam-se conexões e liberam-se mais substâncias químicas que cruzam os espaços neuroniais e, é o emprego continuado das conexões que o fortalece, reforçando a aprendizagem. Que pena! As faculdades mentais não utilizadas se atrofiam pois, o cérebro, como um músculo, somente é fortalecido através do uso e debilitado pelo desuso.

O número de conexões possíveis é astronômico pois, bilhões e bilhões de neurônios podem formar um quatrilhão de conexões!

Mas é o córtex que o diferencia de qualquer outra espécie; tem 6 milímetros de espessura, formando uma massa fissurada aderente ao crânio; estendido, mediria cerca de 2.300 centímetros quadrados, com mais de 970 quilômetros de fibras, conectivas por centímetro cúbico! Um espanto? É, e tem mais! Possui, o córtex, uma área ainda não comprometida – de reserva – na execução de funções físicas do corpo, mas livre para os processos mentais mais elevados, podendo reter informações equivalentes às contidas em todas as bibliotecas do planeta, sobre todos os assuntos tratados em seus volumes. Eis a razão pela qual a ciência não consegue estabelecer nenhum elo de ligação – ou evolução – entre o cérebro humano e o de qualquer outra espécie. É único no planeta!

E tem mais! Ele é você e você é ele. É o universo em você, que não consegue explicar o Universo. Nele está a fonte do sonho e da desilusão, da coragem e do medo, do riso e da lágrima, dos sentidos ou da falta deles, da ignorância e da sabedoria, como também dos gigantes: Soberba, Luxúria, Preguiça, Avareza, Inveja, Gula e Ira.

Como um computador neural dotado de algorítimos combinatórios para o raciocínio causal e probabilístico sobre o meio circundante, de sua conexões fez-se o uso do fogo; e, lentamente, da pedra lascada e da lança, aos mísseis e às bombas atômicas; das palavras aos rolos de fumaça e, destes, ao telégrafo e à internet; da roda à turbina e dos foguetes às naves espaciais; da caça e da coleta nômades à mesa de banquete faustoso; da semente germinante à agricultura planejada; da observação/entendimento à domestificação dos animais; da água de sobrevivência aos remédios, bebidas e venenos; da amamentação à mamadeira e da máquina de tear ao robô.

Dele veio a estatuária de Fídias e Lisipo; a pintura de Timantes e Apeles; a arquitetura de Meliágenes e Demócrates; a música de Orfeu e Amphion, a história de Tucídides e Lívio; a eloqüência de Demóstenes e Túlio; a poética de Homero e Virgílio; a astrologia de Anaxágoras e Ptolomeu; a medicina de Esculápio e Hipócrates; a matemática de Euclides e Arquimedes; a filosofia de Platão e Aristóteles; a teologia de Mercúrio Trismegisto e Apolônio Tiâneo.

Ele moldou, dentre tantos, Moisés e Jeremias; Buda e Confúcio; Ciro e Péricles; Alexandre e Epicuro; Aníbal e Catão; César e Nero; Marco Aurélio e Constantino; Maomé e Lao Tzé; Carlos Magno e Francisco de Assis; Dante Alighieri e Marco Polo; Agostinho e Tomás de Aquino, Petrarca e João Huss; Joana D`Arc e Torquemada; Fernão de Magalhães e Sebastião del Cano; Colombo e Cabral; Lutero e Calvino; Maquiavel e Luiz XIV; George Fox e Espinosa; Pedro -o “Grande” e Napoleão; Espinosa e Voltaire; Vieira e Cervantes; Goethe e Mazzini; Kant e Hegel; Marx e Bismarck; Engels e Montesquieu, Spencer e Nietzsche, Heidegger e Marcuse, Popper e Adorno, Sartre e Derrida, Aron e Bobbio, Humboldt e Darwin; Kepler e Newton; Einstein e S. Hawking; Washington e Lincoln; Tolstoi e Guilherme II; ; Bach e Händel; Mozart e Haydn; Beethoven e Shubert, Wagner e Verdi; Chopin e Tchaikovsky; Leonardo Da Vinci e Rafael; Michelângelo e Perugino; Boticelli e Giotto; Caravaggio e Rodin; e Catarina I, Lênin, Mussolini, Hitler, Roosevelt, Churchill, Stalin, Mao Tsé, Tito, Einstein, Kennedy, Fidel, Gandhi e Teresa de Calcutá; Baudelaire, Bocage, Byron, Castilho, Poe, Propércio, Shelley, Prudhomme, Cassimiro de Abreu, Castro Alves, Dostoievski, Fagundes Varela, Augusto dos Anjos, Gonçalves Dias, Guerrra Junqueiro, Fernando Pessoa Ruy, Bevilacqua, La Fontaine, Leopardi, Keats, Machado de Assis, Musset, Vitor Hugo, Quintana, Vinícius e Veríssimo; Caruso, Pavarotti, Maria Callas, Elvis, Lenon, Sinatra, Jobin e Roberto Carlos; Mark Spitz, Phelps, Michael Jordan e Pelé. Muitos outros(as)! E, lógico, o semideus Shakespeare. E tantos outros(as)! Quanto a Jesus de Nazaré... quedamo-nos em silêncio... face a inexplicabilidade (crer ou não) entre o humano/divino.

Pela quantidade/qualidade de suas conexões, quem sabe sob a influência da genética e do ambiente em que se desenvolve, os terráqueos apresentam uma variedade imensa: idiotas, imbecis, medíocres, talentos e gênios. Os três primeiros, abundantes e majoritários nesta insignificante bolinha azul do universo, como a história o confirma.

Mas ele - o cérebro, que veio, junto com o restante do nosso corpo, de 10 quatrilhões de células, e 100 quatrilhões de bactérias (cuidem bem delas!) e com 20 milhões de quilômetros de DNA empacotados nele, inertes e inanimados, cada um com 3,2 bilhões de letras de codificação, tão sem vida, porque não reagente e, ao mesmo tempo, a essência da vida! À parte o número infinitamente maior de átomos indestrutíveis do nosso organismo, milhões dos quais já, quem sabe, fizeram parte de Heródoto ou Shakespeare, de Nero ou Genghis-Khan, de Beethoven ou Mozart, ou mesmo de um dinossauro, de uma uma folha , ou de uma gota de orvalho, lágrima da natureza - tem limites: “Tento compreender, humildemente, nem que seja uma infinitésima parte da inteligência manifesta na natureza ...” – Albert Einstein – citado pelo Prêmio Nobel Robert A. Millikan – físico -.

- “Começo por notar que não tenho mais o propósito de procurar a origem das faculdades mentais ...” Charles Darwin -. Também não é de estranhar, pois Darwin chamou seu livro de “A Origem das Espécies” (1859), mas a única coisa que não soube explicar foi como as espécies se originaram! Alguém se habilita?

Pois é! Ainda que sua origem remota seja matéria de debates científico-religiosos candentes - o “acaso”, o “caldo orgânico oceânico”, o “salto dialético”, a “energia-matéria-vida” o “criacionismo” -, nenhum cientista do mundo, até agora, conseguiu afirmar e provar o seguinte:
“Eis aqui, da matéria morta criei uma célula viva! Dela veio o nosso cérebro!”. Com a palavra os físicos, químicos, biólogos, geneticistas, antropólogos, filósofos e cientistas em geral.

Enigma!

Sim,... hipóteses... teorias... crenças, ideologias, dogmas, mas tudo vindo de dentro dele. Não sem razão que a ciência conhece mais do Cosmo lá de fora (2%, somente) do que, deste outro, o que temos em nossa caixa craniana. E a noite está salpicada de estrelas... outono! A lua, melancólica e triste, parece fitar a sua amada Terra – porque dela foi parte -, na ânsia de não poder abraçá-la. Contudo, ambas, como o próprio Universo, não têm ciência de que existem e, nós, bípedes terrenos, que somos um nada nesse Universo, pelo cérebro, que nos dá consciência da própria existência e do Universo, neste, somos o tudo que, muitos, afirmam, veio do NADA. Que cessem as palavras, face a nossa infinita ignorância... ao tentar adentrar, e explicar, o funil do conhecimento infinito.

Abraço,

Prof. Benedicto Moreira

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