No meu tempo de criança
A vida era mais tranqüila,
Eu morava em casa de vila,
Cada dia era uma festança.
Não havia esta matança
Que existe hoje em dia
E que deixa em agonia
Toda pessoa de bem,
Sem mesmo ter a quem
Exigir cidadania.
O poder constituído
Deixou de lado a vigília
E um chefe de família
Sente-se sempre perdido,
Em seu íntimo ferido,
Quando, ao amanhecer,
Como é o seu dever,
Sai em busca do pão.
Este pobre cidadão
Sofre, sem culpa ter.
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