Certo dia um grande filósofo, caminhava tranquilamente, por entre as "quinquilharias" de um Mercado Persa, observando-as detalhadamente. Um dos vendedores, reconhecendo aquele sábio homem, interpelou-o: Caríssimo filósofo, o que vossa excelência vai comprar? Após, olhar atentamente, para aquele feirante, respondeu: Quanto mais olho para cada uma dessas quinquilharias que estão à venda nessa feira, mais me convenço de que, delas não necessito.
Assim também, está esse (me desculpem o palavrão, "P R E S I D E N T E" que alguns milhões de brasileiros desavisadamente ou despolitizadamente ou sei lá que........mente, o elegeu, contribuindo para tudo isso, que o povo está sofrendo na pele (exceto, aqueles que estão se beneficiando, que é uma minoria claro: banqueiros, agiotas internacionais, os da panelinha dele...etc). Se compararmos as atitudes do "P..." com as palavras do filósofo, iremos encontrar algumas semelhanças. Senão, vejamos: O filósofo não precisava das quinquilharias por acharem desnecessárias. Já esse...... "Presidente" com sua visão desumana e insensível, está convencido de que, quanto mais olha pro "rebanho"(é isso mesmo, está tratando o povo como se fosse um rebanho de cordeirinhos, que foi "domado", nas eleições), menos dele precisa. Pois, pra ele, o povo é apenas mais um detalhe. E assim, como um rebanho de carneiros, o povo(omisso, submisso, atónito e até mesmo, "abestaiado") aguenta cabisbaixo. E quando isso acontece com um povo, esse povo deixar de acreditar até mesmo em sua capacidade de mudar as coisas. Aí, mergulhado em sua própria incapacidade de reação, fica a se lamentar, a achar que não tem mais jeito, que é isso.... que é aquilo. Essa é a atitude mais comum daqueles que além de não ajudar em nada, ainda por cima, atrapalham aqueles que tem coragem de lutar, de buscar alternativas para combater "essa coisa nojenta" que dilacera até sua capacidade de reflexão.
A democracia é uma necessidade de um povo que quer e que precisa defender a liberdade de expressão, até mesmo a daqueles que se escondem por trás do medo, por trás do invólucro de sua própria insensatez e que, feliz ou infelizmente, devemos respeitar. Pois, como dizia o imortal Raul Seixas: "Cada um de nós é um universo". E mesmo assim, precisamos estar UNIdos ao nosso VERSO. O nosso verso são aqueles que pensam ou agem exatamente, ao contrário, daquilo que é necessário, embora tenhamos a consciência de que, com esses, nossas conquistas se tornam ameaçadas e a vitória fica adiada, ou pelo menos, mais difícil.
Confesso que minha decepção, ao chegar à empresa, onde trabalho, dia 10/11, (decidir por um movimento paredista, em assembléia, num dia, e no outro, voltar atrás) me incomodou por demais. Se nós, que nos julgamos politizados, agimos assim. Imaginem aqueles companheiros que sequer sabem quem é "Che", Marx,...., etc. Pois, quem não luta por sua dignidade, não merece tê-la. Não quero aqui insultar ninguém, mas, gostaria de expor meus sentimentos, como um ser humano que se preocupa com as injustiças sofridas por um povo que trabalha, que acorda cedo para enfrentar um ónibus lotado, e que muitos deles já chegam cansados ao local de trabalho. É por demais desconfortante saber que esse povo é menosprezado por um governante inerte e petulante, que tem o cinismo de se achar, ainda, respaldado pela população. Pois, quando assistimos a tudo isso pacificamente, isso não quer dizer se esteja dando o atestado de aprovação a esse governante, contradizendo as pesquisas de insatisfação, realizada pelos meios de comunicação, quando divulgaram que mais de 60% da população estaria descontente com o atual governo. Isso demonstra o estado letárgico em que se encontra o povo brasileiro, pela descrença na maioria dos representantes do povo, e aqui, incluo parlamentares e executivos.
MBomfim
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