A cada dia que passa,
Nesse Rio de Janeiro,
Há sempre um tiro certeiro
Que assassina mais um praça.
E parar, não há quem faça
Essa matança maldita.
Ora, que coisa esquisita
Que assusta a população
E causa uma confusão
Que, contando, não se acredita.
É que a autoridade,
Em vez de tomar providência,
Confiando na paciência
Desse povo, que em verdade,
É pacato como um frade,
Fica quieta e omissa
Fazendo, com sua preguiça,
Com que nada se resolva
E jamais virá quem devolva
Ao povo o que é de justiça.
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