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Poesias-->5. SACO DE RIMAS -- 25/02/2003 - 06:28 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estradas percorridas sem destino

Nos fazem recordar a vida etérea.

Se é livre essa pessoa de menino,

Não se importando estar em vil miséria,

Enfrentará a dor sem desatino,

Sabendo que a maldade é coisa séria,

Mas, para progredir, Kardec ensina:

Deve aprender as normas da Doutrina.



Fazer o bem é regra superior:

Não há progresso sem se amar a grei,

Porém, o sentimento há de compor

Um só fator perante cada lei,

Que é ter consciência, sim, de toda dor,

Ao afirmar, sem medo: — “Eu sei que errei!” —

Pois, ao saber a causa, se compreende

Como levar adiante o bem que agende.



Eu saberia vir dar bom conselho,

Compondo versos de vigor extremo,

Mas, se puser aqui só um espelho,

Trejeitos não faria como um demo,

Pois teria de armar um aparelho

Que a todos desse olhos, bem supremo,

Para que cada qual veja a si mesmo,

Pois, nesse caso, querem ver a esmo.



Ao ler tais versos, vão dizer que minto,

Que o pessimismo absorveu-me a alma.

Mas, se vier e não disser que sinto,

Não me dará o grupo minha palma.

Jesus quem disse que a galinha o pinto,

Sob as asas protege e bem acalma,

Mas a ciscar ensina, pelo chão,

Para não falecer de inanição.



Deve saber o mestre muito mais,

Para ensinar a quem esteja fraco.

Do etéreo chegam luzes aos mortais

— E isso apenas eu aqui destaco —.

Mas ouvimos: — “Por que nos exortais,

Trazendo tais besteiras, nesse saco?”

Pois, se não me seguram, eu iria

Apresentar-me noutra freguesia.



A graça que fazemos é de graça:

Não deve ser levada muito a sério.;

Mas alguma noção o verso passa,

Para tornar mais fácil o mistério,

Pois não existe gema aqui sem jaça,

Nem tudo tem um santo refrigério.

Trabalhar e estudar são componentes

Que produzem projetos conseqüentes.



Quem trouxer para cá sua preguiça

E pensar que dará um jeito em tudo

Vai perceber que o carro logo enguiça:

A forma é que provém do conteúdo.

É como aqui se enche esta lingüiça,

Com verve e com doutrina, sobretudo,

Mas a graça termina com a rima.;

O ensino fortalece e reanima.



Já falamos de mortes e de guerra.;

Já brincamos co’a rima da poesia.

Qual “estandarte ao Sol o bem descerra”,

Para trazer à gente esta alegria?

O Espiritismo é luz que põe por terra

A sombra da maldade, que eu não via

Contaminar a alma, quando vivo,

Pois só queria ser mais criativo.



Não penses, ó leitor, que trago ainda

O mesmo diapasão da melodia.

A trova até que está muito mais linda

Do que os tartamudeios que daria,

Julgando que a beleza estava finda,

Aí na Terra, quando a turma ria,

De quem nos lia, com espanto, sérios,

Por terminarmos lá nos cemitérios.



Mas há mais vida ali depois da morte:

Agora compreendemos, finalmente.

Então, viemos cá tentar a sorte,

Sem pretender puxar o pé da gente,

No aguardo de que só um pouquinho entorte

A idéia de quem vive indiferente,

Trazendo uma esperança bem melhor

A quem conhece o inferno astral de cor.



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