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Ensaios-->Marx e o moderno anti-semitismo -- 16/12/2008 - 18:50 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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MARX E O MODERNO ANTI-SEMITISMO

'A religião é o ópio do povo'

No meu entender os judeus constituem um povo uno e indivisível com uma história de vários milênios, tradições comuns inevitavelmente ligadas à identidade de todos e de cada um, sendo o cimento desta união a aliança religiosa indissolúvel e irrenunciável. Por isto sempre me espantei de que existissem judeus marxistas – além do próprio, óbvio – pela sua posição radicalmente hostil às religiões, particularmente a própria religião judaica.

Mas qual era a religião judaica para Marx? ”O dinheiro é o deus egoísta de Israel, ao lado do qual nenhum outro deus pode existir”. Como em suas teses invertidas sobre a estrutura da realidade ele considerava que a religião não passava de uma superestrutura ideológica das condições materiais de existência, a religião judaica não passava de uma superestrutura ideológica da usura, na mais pura tradição anti-semita que lhe precedia na história.

Desde antes de Marx as idéias socialistas estavam na base do anti-semitismo moderno e vice-versa: a tosca falácia do judeu usurário – não entendida a usura como uma atividade profissional respeitável, mas abjeta – e o ódio a ter que pagar contas, tornaram a idéia socialista atraente. Como os judeus franceses eram bastante ligados ao comércio, às finanças e ao capitalismo, já Proudhon e Fourier, que lutavam pela abolição da usura, desferiram ataques odiosos contra os agiotas judeus. Tanto por serem agiotas como por serem judeus, ambas as condições se confundiam para os revolucionários socialistas. E continuam se confundindo hoje em dia na mente de muita gente que não admite ser anti-semita, mas a qualquer problema econômico, como o que estamos passando, acusa logo os banqueiros judeus internacionais.

Em 1843 Bruno Bauer, o líder anti-semita da esquerda hegeliana advogava que os judeus abandonassem completamente o judaísmo, acreditando que a “natureza anti-social” dos judeus tinha origem religiosa e, caso abandonassem sua fé, a “questão judaica” estaria resolvida. Marx se contrapôs a Bauer sem ser contra seu anti-semitismo, apenas ressaltando seu ponto de vista de que a essência empírica do judeu era o mascate e as condições materiais que o produziam, o capitalismo. Eliminadas tais condições, ser judeu será impossível porque “sua consciência perderá o objeto correspondente, as condições subjetivas básicas do judaísmo: as necessidades individuais, os interesses práticos. Elas serão humanizadas”. E esta religião prática os judeus espalharam por toda a sociedade: “O deus dos judeus foi secularizado e tornou-se o deus do mundo: os homens veneram o dinheiro”.

Mesmo quando os socialistas se opuseram ao anti-semitismo, como ocorreu mais tarde por razões puramente táticas, os partidos socialistas europeus não conseguiram desenvolver uma oposição eficiente às tendências anti-semitas. Muitos socialistas, com sua oposição ao capitalismo, se mostravam relutantes em defender as atividades econômicas dos judeus (cf. Tyler Cowen). O partido nazista, o mais ferrenho inimigo dos judeus, foi, desde o início, um partido nacional-socialista cuja propaganda anticapitalista em nada mais diferia da comunista.

Ainda hoje reverberam estas críticas ao capitalismo na forma “modernizada” de críticas ao consumismo como se fosse uma atividade econômica abjeta, tanto por parte dos comerciantes quanto dos consumidores, como se não fosse legítimo comprar e vender com lucro. Confunde-se propositadamente esta atividade legítima com um quadro neurótico bem definido: o comprador compulsivo.

Outro sub-produto das falácias marxistas, os “direitos humanos” impostos por Stalin – que nunca teve a intenção de cumpri-los – à carta da ONU, apoiado pela maioria dos judeus, hoje está sendo usado contra Israel , como o demonstra Anne Bayefsky em Lethal Politics: Anti-Semitism as Human Rights o que só surpreende os incautos que não perceberam que estes “direitos” foram impostos para liquidar com os direitos individuais proclamados no Bill of Rights.


Publicado no Jornal Visão Judaica


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