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Ensaios-->Direito à Memória e à Verdade -- 07/11/2008 - 23:46 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Direito à Memória e à Verdade

Carlos José Pedrosa

O clamor das manifestações públicas e sociais, no início de 1964, desaguou no movimento revolucionário de 31 de março, marco imorredouro da evolução política nacional, quando as Forças Armadas, em defesa da nossa Soberania, impediram que o comunismo internacional tomasse o poder. Todos sabem que o perigo estava aqui dentro.

Desde que os militares deixaram o poder, tem sido instilada uma feroz campanha de ódio contra as Forças Armadas, chegando os governos ao descaso do sucateamento.

A anistia parece que só beneficiou um dos lados: justamente o lado ilegal da ação.

Embrenhar-se em ações armadas contra as forças da ordem impunha uma série de riscos assumidos.

Ninguém morreu inocente.

Pelo contrário. Muitos deles deixaram atrás de si um rastro de sangue e destruição.

Nada disto tem sido levado em conta.

No momento em que é lançado um documento oficial, com o título acima, damos nosso apoio e relacionamos os que foram mortos pela ação dos terroristas. Todos morreram no cumprimento do dever, mas nem por isso as diversas instâncias reconhecem seu direito à memória e à verdade.

Assassinados pelos Subversivos – 1968

Continuação da Relação cronológica, talvez incompleta, dos mortos pelas mãos de terroristas entre os anos de 1964 a 1974, obtida junto a amigos que participam dos sites militares e listas de discussão:

10/01/68; Agostinho Ferreira Lima - (Marinha Mercante - Rio Negro / AM); No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante 'Antônio Alberto' foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes 'Dr. Ramon', o qual, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a falecer no dia 10/01/68.

31/05/68; Ailton de Oliveira - Guarda Penitenciário - RJ; O Movimento Armado Revolucionário (MAR), montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que uma vez libertados deveriam seguir para região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o 'embrião do foco guerrilheiro'. No dia 26/05/68 o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, dentro de um pacote, três revólveres calibre 38 que seriam usados pelos libertados. Às 17:30 horas os subversivos, ao iniciarem a fuga foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Os guardas foram feridos pelos presos em fuga, sendo que Ailton de Oliveira veio a falecer cinco dias depois, em 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light, João Dias Pereira que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani.

26/06/68; Mário Kozel Filho- Soldado do Exército - SP; Em 1968 o jovem Mário Kozel Filho é convocado para servir à Pátria e defendê-la contra possíveis agressões internas ou externas. Na mesma época o Capitão Carlos Lamarca, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, serve no 4º RI, em Quitaúna, SP. O Capitão Lamarca, no dia 24 / 01 / 68, trai a Pátria que jurou defender. Rouba do 4º RI muitos fuzis, metralhadoras e munição, deserta e entra na clandestinidade. O material bélico roubado é entregue à Vanguarda Popular Revolucionária, VPR, uma organização terrorista que Lamarca já integrava antes de desertar. O Soldado Kozel continua servindo, com dedicação à Pátria que jurou defender. No dia 26/06/68, como sentinela, zela pela segurança do Quartel General do II Exército. Às 04:30 horas ele está vigilante em sua guarita. A madrugada é fria e com pouca visibilidade. Neste momento, um tiro é disparado por uma sentinela contra uma camioneta que desgovernada tenta penetrar no Quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O Soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro, para ver se há alguém no seu interior. Há uma carga com 50 quilos de dinamite que, segundos depois, explode e espalha destruição e morte num raio de 300 metros. Seu corpo é dilacerado. Os Soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino estão muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram deste crime hediondo os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira (o Diógenes do PT, com implicações com bicheiros no governo Olívio Dutra/RS), Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Lamarca continuou na VPR, seqüestrando, assaltando, assassinando e praticando vários outros atos terroristas, até o dia em que morreu, de arma na mão enfrentando uma patrulha do Exército que o encontrou no interior da Bahia em 1971. Sua família passou a receber indevidamente a pensão de Coronel porque Lamarca, se não tivesse desertado, poderia chegar a este posto. Apesar de todos os crimes hediondos que cometeu, sendo o mais torpe deles o assassinato a coronhadas de seu prisioneiro Tenente PM Alberto Mendes Júnior, Lamarca é apontado como herói pelos esquerdistas brasileiros. Ruas passaram a ter seu nome. Tentam colocar seus restos mortais num Mausoléu na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um filme é feito para homenageá-lo. Mário Kozel Filho, Soldado cumpridor dos seus deveres, cidadão brasileiro que morreu em serviço, está totalmente esquecido. Além do esquecimento a Comissão dos Mortos e Desaparecidos que já concedera vultosas indenizações às famílias de muitos terroristas que nunca foram considerados desaparecidos, resolveu indenizar, também, a família Lamarca, numa evidente provocação às Forças Armadas e desrespeito às famílias de Mário Kozel Filho e de muitos outros que com ele morreram em conseqüência de atos terroristas.

27/06/68 ; Noel de Oliveira Ramos - Civil - RJ; Morto com um tiro no coração, em conflito na rua. Estudantes distribuíam no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como 'Juliano' ou 'Julião' infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

27/06/68; Nelson de Barros - Sargento PM - RJ; No início de junho de 1968, no Rio de Janeiro, pequenas passeatas realizadas em Copacabana e na rua Uruguaiana, pressagiaram as grandes agitações que estavam por vir, ainda nesse mês, e que ficaram conhecidas como 'As Jornadas de Junho'. No dia 19/06/68, cerca de 800 estudantes, liderados por Wladimir Palmeira, tentaram tomar de assalto o edifício do Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro. No dia seguinte, cerca de 1500 estudantes invadiram e ocuparam a Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Avenida Pasteur, fazendo com que Professores e membros do Conselho Universitário passassem por vexames, obrigando-os a saírem por uma espécie de corredor polonês formado por centenas de estudantes. Vinte e quatro horas depois, em 21/06/68, também ao meio dia, foi realizada nova passeata no centro do Rio. Conhecido como a 'Sexta feira Sangrenta', este dia foi marcado por brutal violência. Cerca de 10.000 pessoas, os estudantes engrossados por populares, ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No final da noite, mais de 10 mortos, e centenas de feridos atestavam a violência dos confrontos. Entre os feridos graves estava o Sargento da Polícia Militar Nelson de Barros que veio a falecer no dia 27/06/68. A violência estudantil continuou no dia 22, quando tentaram, sem sucesso, ocupar a Universidade de Brasília, (UNB), e no dia 24, em São Paulo, quando realizaram uma passeata no centro da cidade, depredando a Farmácia do Exército, o City Bank e a sede do jornal 'O Estado de São Paulo'. No dia 26, no Rio de Janeiro ocorreu a 'Passeata dos Cem Mil'.

01/07/68 -; Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - Major do Exército Alemão - RJ; Morto no Rio de Janeiro onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o Major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não identificado, todos da organização terrorista denominada COLINA - Comando de Libertação Nacional.

07/09/68; Eduardo Custódio de Souza - Soldado PM - SP; Morto, com sete tiros, por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.

20/09/68; Antônio Carlos Jeffery - Soldado PM - SP; Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária.

Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira; Onofre Pinto; Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como o Diógenes do PT, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.

12/10/68; Charles Rodney Chandler - Cap. do Exército dos Estados Unidos - SP; Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro /68, um 'Tribunal Revolucionário', composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Manéco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o Capitão Chandler à morte, porque ele 'seria um agente da CIA'. Os levantamentos da rotina de vida do Capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). O Capitão Chandler quando retirava seu carro da garagem para seguir para a Faculdade, foi assassinado, friamente, com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua esposa Joan e seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).

Obs: Diógenes José de Carvalho Oliveira, também conhecido como Diógenes do PT, na década de 90 ingressou nos quadros do PT/RS, sempre assessorando seus líderes mais influentes.

Diógenes foi o Presidente do Clube de Seguros da Cidadania de Porto Alegre, orgão encarregado de coletar fundos para o PT. João Carlos Kfouri Quartin de Morais é, atualmente Professor Titular de Filosofia e Ciências da UNICAMP.

Ladislas Dowbor Professor Titular de Economia da PUC/SP e trabalha no Instituto de Economia da UNICAMP.

Saiba mais em Recordando a História/Justiçamentos.

24/10/68; Luiz Carlos Augusto, civil - RJ; Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.

25/10/68; Wenceslau Ramalho Leite, civil - RJ; Morto, com 4 tiros de pistola Luger 9 mm, durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson) ambos integrantes da Organização Terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).

07/11/68; Estanislau Ignácio Correia, Civil - SP; Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.

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