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Cordel-->Espancando Milene -- 19/11/2003 - 14:41 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESPANCANDO MILENE
por Lílian Maial


Milene, tu te acomode
Que agora tu vai sofrê
tu vai tê qui entendê
qui cumigo ninguém pode
vô ti torcê o cangote
enchê o couro de lenha
e cum choro num me venha
que num tenho piedade
cumigo é só na mardade
e só poupo muié prenha.

Num me avexo cum ninguém
nem mermo alma penada
depeno cum martelada
num cordé lá de Belém
num vai sobrá um vintém
ninguém pra contá história
vô ti apagá da memória
te deixá pequenininha
todo mundo cum peninha
dá a mão à palmatória!

Cutucá é meu ganha-pão
aprendi inda miúda
cutuco cum vara curta
qui é pra dominá o cão
se farta a vara, é na mão
qui cumigo num tem essa
cutucá é bão à beça
quer na cama, quer no chão!

E qui fique tudo claro
qui é prá num dá falatório
vô registrá em cartório
qui num sei cum quem eu falo
vai querê cantá de galo
no meio desse cordé
tu pensa qui sou mané
me adoçano com palavra
pois quem é da minha lavra
num se amiga cum muié!

Vô jogá na tua cara
qué cara de muié feia
qui inté parece a teia
de uma aranha-capivara
daquela qui morde e pára
fraquinha como ela só
ti enforco com meu cipó
que trouxe do mei da mata
vô ti dá nó di gravata
cumeçano no gogó.

Agora falano sério
vortei foi cum a corda toda
gostei di ti vê, garota
rainha do meu império
te dizeno uns impropério
adorei foi duelá
é meu jeito de te amá
como eu amo esses menino
que me dão cada pepino
pramodi eu descascá.

Vamo levano essa Usina
cum clima de amô e sangue
cordé família e do mangue
de muié-dama e menina
que isso é mermo nossa sina
caminhá do la’dos homi
alimentá-los de fome
sê a luz da lamparina!


Lili, beijando, Milene. Imenso prazer “duelar” com você, visse?

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