146 usuários online |
| |
|
Poesias-->DUPLOS -- 23/02/2003 - 23:28 (JOSE GERALDO MOREIRA) |
|
|
| |
Todo o tempo de mundo
passa dentro desta casa.
Meus passos são torvelinho
de desastrado bailarino.
A solidão da vulga lua
nas janelas fechadas esta maruflada.
Passeio dentro dos espelhos
espalhados pela morada
cheia de quinas e cantos.
Algo é só refugio
algo é só descobrimento.
ásperas bordas surgem do nada.
Sons ocultos na arca libertam-se.
Algo em mim é firmamento
eu sou remorsos
outra parte é carne fremente.
A face abrasa-se na imagem.
Eu decido, outro hesita.
Outro, pura expectativa.
Desconheço e pareço a miragem.
O tempo passa nos espelhos
até dobrar meus joelhos.
Esmoreço. Caio. Me ergo.
Descubro um que desconheço
o qual sou e nao pareço.
Farto, esqueço
Parte-se o inteiro
Relembra um
um, adormeço.
Uma aquieta-se
Outra rola insona
Ébrio, sóbrio.
Eu incógnito.
Adormeço entre raios
tempestade e bonança
frenesi e teurgia.
Um, presságios
Outro, poesias
|
|