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Ensaios-->HOMOSSEXUALIDADE: POR QUE EXISTE ? -- 23/09/2008 - 13:32 (MARIA AICO WATANABE) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HOMOSSEXUALIDADE: POR QUE EXISTE ?


Maria Aico Watanabe


Gays tanto masculinos como femininos são indivíduos da população que querem usufruir dos prazeres do sexo sem se comprometer com a reprodução, verdadeiramente, sem correr nenhum risco de gravidez indesejada. Em termos absolutos, isso só pode ser proporcionado transando com indivíduos pertencentes ao mesmo sexo. Essa é a única maneira de impedir o encontro do espermatozóide com o óvulo.
Por outro lado, a homossexualidade pode resultar também da escassez de parceiros sexuais do sexo oposto, como acontece nas prisões e exércitos. Quem não tem cão, caça com gato, ora. Ou ainda, melhor um pássaro do mesmo sexo na mão que muitos do sexo oposto voando fora dos muros da prisão e da caserna.
A homossexualidade tem origem genética com quase certeza, embora ainda não tenham sido descobertos genes da homossexualidade.
Hormônios femininos fabricados pela mãe durante a gestação podem também influenciar condicionando a homossexualidade do feto masculino após o nascimento. Esses hormônios maternos modificariam uma estrutura do cérebro do feto masculino, que modula o comportamento sexual após o nascimento. Como todas as mães produzem hormônios femininos profusamente durante a gravidez, e somente alguns meninos (10%) nascem gays, presume-se que os hormônios maternos não conseguem alterar essa estrutura cerebral da maioria dos fetos masculinos. Senão, todos os garotos nasceriam gays.
Novamente podemos enxergar o provável dedo da genética na sensibilidade do cérebro do feto masculino aos hormônios maternos. Alguns fetos masculinos teriam predisposição genética de sofrerem alterações no cérebro num ambiente hormonal feminino imposto pelo organismo materno.

A homossexualidade está presente entre 450 espécies de aves e mamíferos, incluindo nestes últimos, o homem.
Há vários trabalhos científicos que procuram explicar a origem da homossexualidade entre os animais.
Oito a dez por cento dos carneiros selvagens machos são gays. Descobriram que os carneiros gays tem uma estrutura do cérebro (hipotálamo) menor que nos machos hetero.
Numa espécie de macacos do Japão, ocorrem fêmeas lésbicas na população entre fêmeas hetero. O hipotálamo dos machos desses animais é maior que o das fêmeas. Nas fêmeas lésbicas essa estrutura apresenta tamanho semelhante ao da estrutura dos machos.
Verificou-se alta taxa de lesbianismo entre mulheres filhas de mães que haviam tomado anfetaminas e hormônios da tiróide durante a gravidez.
Em camundongos, filhotes machos podem se tornar gays se as mães tiverem sido expostas a luz, calor e barulho fortes durante a última semana de gestação.
Ratas lésbicas podem nascer de fêmeas expostas a hormônios masculinos durante a gestação.
Leões machos gays trocam carícias esfregando as jubas entre si.
Entre os chimpanzés da raça bonobo, que vivem na África, todos os indivíduos da população são bissexuais, cada indivíduo podendo transar tanto com machos como com fêmeas.
A homossexualidade é especialmente verificada entre as aves. Entre algumas espécies, quando dois machos gays transam, há de fato contato entre os ânus dos dois parceiros, com ejaculação de esperma na cloaca de um dos parceiros, pelo parceiro que faz a monta.








Do ponto de vista da evolução a homossexualidade dificilmente poderá se espalhar para uma larga proporção da população animal, pois como não produz descendência, colocaria obviamente em risco a continuidade, a perpetuação da espécie na natureza. A homossexualidade deve ter surgido evolutivamente como uma variante do comportamento sexual que desviou dos propósitos da reprodução.
Em sua Teoria da Sexualidade, Darwin abordou somente a atração sexual entre machos e fêmeas, sem se referir a atração sexual entre indivíduos do mesmo sexo. Esse cientista que deixou obras monumentais sobre evolução, que lhe consumiram grande parte de sua vida, provavelmente não abordou sobre a homossexualidade em suas pesquisas por não ter tido tempo de vida suficiente para tal. Se tivesse vivido mais alguns anos de vida, quem sabe ele teria tido interesse em estudar a atração sexual entre indivíduos do mesmo sexo. Por isso, não acho justo acusarmos Darwin de falta de uma visão mais completa da sexualidade.
A homossexualidade entre os animais é a forma autêntica de homossexualidade, praticada entre dois machos gays ou duas fêmeas lésbicas.
Entre os humanos aparecem os travestis e os transsexuais que vem complicar a homossexualidade e as relações de sexo entre homens e mulheres tanto hetero como homo.
Os gays masculinos humanos poderiam ser definidos quanto ao comportamento sexual como machos que tem aversão a vagina, preferindo o ânus de outros gays. Sentem é prazer sexual em serem penetrados.
Quando um casal gay masculino transa, um faz penetração anal no outro e depois trocam de posição e de gentilezas sexuais. Costumam também praticar sexo oral. A transa entre dois gays parece ser o caso mais autêntico de homossexualidade masculina.
Há gays que fazem tratamento com hormônios femininos para desenvolver seios e outras características femininas. São os travestis, que chegam a desafiar sexualmente as mulheres, tornando-se até mais belas e sensuais que estas.
Uma transa entre um gay feminilizado que quer apenas fazer papel passivo, deixando-se penetrar por um homem hetero ou outro gay, parece mais uma relação sexual anal entre um casal hetero que uma entre um casal gay autêntico.
Os travestis bonitos estão competindo deslealmente com as mulheres, pelos homens ?
Ou os homens hetero é que preferem os travestis às mulheres, porque tem a certeza de que transando com travestis, que eles sabem perfeitamente que são geneticamente homens, dotados de genitália masculina, mas que estão oferecendo encantos próprios do sexo feminino, não correm mesmo nenhum risco de serem surpreendidos por uma gravidez indesejada ? Portanto, poderiam se sentir livres e soltos para gozar a sexualidade verdadeiramente desvinculada dos propósitos da reprodução ? Os machos que querem usufruir do sexo sem receios de gravidez indesejada podem estar encontrando nos travestis um verdadeiro porto seguro.
Por que os travestis, que presumidamente já perderam os interesses pelo sexo oposto – as mulheres – ainda mantem os órgãos reprodutores masculinos ? Para garantir a si mesmo as oportunidades de ainda virem a reproduzir, de ter chances de depositar seus espermatozóides numa vagina ou de obter prazer sexual sem propósitos reprodutivos, transando com homens gays assumindo papel ativo. Os travestis querem ter vantagens sexuais junto aos dois sexos, o masculino e o feminino. Muito espertinhos.
Quando o homem hetero procura sexualmente uma mulher, o faz interessado em sua vagina, órgão que só as fêmeas tem. As fêmeas são dotadas de vagina e ânus para oferecer aos machos, mas é claro que entre um e o outro, os homens preferem a vagina, o buraco mais gostoso. Mas correm o risco de pagar caro por esse capricho sexual por causa da possibilidade de gravidez indesejada.
Em termos se serviços sexuais, pagos ou não, colocados à disposição dos homens, as mulheres não tem como competir com os travestis, pois não podem garantir de verdade sexo desvinculado da reprodução. Os travestis estão sim, fazendo concorrência sexual desleal às mulheres.


Mas as mulheres tem um bom trunfo: o de poderem oferecer a vagina, buraco sexualmente mais gostoso aos homens, no que os travestis não podem competir. Claro, a natureza cobra o seu preço: dotou as mulheres de vagina, que uma vez usufruída pelo macho para depositar os espermatozóides compromete ambos com a reprodução, o que é desejado pela natureza a bem da perpetuação da espécie. E isso é colocado por essa mesma natureza acima dos interesses individuais de usufruto de prazer sexual.
Existem gays que chegam ao extremo de fazerem cirurgia de mudança de sexo, transformando-se anatomicamente em “mulheres”, embora geneticamente continuem sendo homens, para poderem usufruir da sexualidade com os homens no papel de mulheres hetero. São os transsexuais, que costumam adotar nomes de mulher após a cirurgia.
Lésbicas humanas poderiam ser definidas quanto ao comportamento sexual como fêmeas que odeiam ser penetrados pelos machos. Elas tem asco de receberem espermatozóides em suas vaginas. Elas rejeitam os machos pois estes as podem engravidar. Genética e anatomicamente são mulheres normais.
Numa transa autêntica entre lésbicas, uma faz penetração vaginal ou anal na outra, usando os dedos ou algum instrumento penetrante, ficando ambas as vaginas penetradas. Sexo oral também é comum entre as lésbicas.
Algumas fazem tratamento com hormônios masculinos para adquirirem características masculinas como barba, voz grossa e pelos corporais. Essas lésbicas só admitem fazer o papel sexual ativo, de penetrar a outra parceira e não querem ser penetradas. Desconfio que essas lésbicas tiveram inveja do pênis quando crianças e que se considerem psicologicamente como “homens frustrados”. São os “travestis femininos”. Sexualmente desejam atuar como homens, mas não o conseguem pois não tem pênis para oferecer, o que só se realiza se vierem a fazer cirurgia de mudança de sexo.
Como no caso da homossexualidade masculina, algumas lésbicas se submetem a cirurgia de mudança de sexo, tornando-se lésbicas transsexuais. Costumam adotar nomes de homem após a cirurgia. Tornam-se anatomicamente “homens”, mas geneticamente continuam sendo mulheres.
Cirurgicamente uma operação de mudança de sexo em lésbicas deve ser mais complicada que em homens gay, nos quais é feita a remoção do pênis e dos testículos. De onde obter tecido, material adequado para construir um pênis funcional ? Se não funcionar, só serve mesmo para ser exibido e nada mais.
Nada tenho contra a homossexualidade autêntica entre dois gays ou duas lésbicas. Só acho que os travestis e os bissexuais deveriam ser é um pouco menos egoístas de quererem usufruir do prazer sexual proporcionado tanto pelo sexo masculino como pelo feminino. Já é difícil tanto para mulheres hetero como homens hetero encontrar parceiro sexual, imagine com a concorrência desses indivíduos sexualmente bivalentes, e portanto quase sempre polígamos.
Alguma curiosidade com relação à minha sexualidade ? Sou genética e anatomicamente mulher normal e hetero quanto ao comportamento sexual. Nem por isso estou me considerando sexualmente nem melhor nem superior que as lésbicas.
Não me proponho a sair pelas ruas defendendo a homossexualidade, apenas acho que os gays, lésbicas e transgêneros devem sim, continuar buscando seus direitos de serem respeitados e não mais discriminados pela sociedade. Esta também deve aos gays uma atitude menos preconceituosa e disposição de aceitá-los como seres humanos normais.
Casamento entre dois gays e duas lésbicas ? Por que não ?
Afinal, o amor entre eles pode ser tão verdadeiro quanto num casal hetero. E acho que nessas uniões devem ser concedidos os mesmos direitos legais e civis que nas uniões hetero.







Assim como os gays masculinos, num raro momento de instinto materno, as lésbicas podem admitir ser penetradas pelo macho mas apenas se submetem a isso no único interesse de gerar um filho.
O homossexual masculino por sua vez pode ser tomado por um ímpeto reprodutor e desejando perpetuar seus genes, o que não conseguiria com seu parceiro sexual masculino, pode procurar uma fêmea com o único objetivo de gerar uma criança.
Tanto lésbicas como gays masculinos podem se tornar bons pais para seus respectivos filhos, pois sabem que essas crianças estão perpetuando seus próprios genes. É o instinto de perpetuação da espécie, o desejo de dar sua contribuição para o crescimento da população se manifestando entre os homossexuais da mesma forma como os homens e mulheres hetero vem fazendo desde que o mundo é mundo.
Poucos homossexuais tem esse comportamento durante a vida toda. A maioria alterna fases homo com fases hetero.
Não gosto de ver padres e médicos metidos com a homossexualidade, isto é, metendo o bedelho nesse assunto, que deveria ser estudado somente por biólogos geneticistas e zoólogos.
Padres, porque a Igreja não aceita a homossexualidade, considerada anti-natural, que está contra as leis de Deus que teria criado o homem e a mulher para a procriação. Como numa transa homossexual não há geração de filhos, a Igreja vem condenando a homossexualidade.
A Igreja deveria é rever seus conceitos sobre a sexualidade, que não deveria servir apenas à procriação, mas em primeiro lugar proporcionar prazer sexual seja entre pessoas de sexos opostos como entre as de mesmo sexo. E parar de considerar pecado a sexualidade exercida sem compromisso com a reprodução. A procriação é uma eventualidade, podendo ser considerada, dadas as baixas taxas de natalidade humana da atualidade, até um acidente de percurso.



Médicos, porque a homossexualidade não é uma doença mental, mas era assim considerada pela medicina até tão recentemente como 1978, infelizmente.
Quantos absurdos já foram cometidos contra os homossexuais, que no passado eram internados em hospitais psiquiátricos para tratamento com doses cavalares de testosterona. Como os gays não tem problemas hormonais, ao menos os que não estão se submetendo a tratamento com hormônios femininos, desnecessário dizer que tais tratamentos nos hospitais psiquiátricos nunca deram certo. Fazer gays freqüentarem consultórios psiquiátricos hoje em dia é algo doentio, nada saudável e eles não merecem isso.
Por que as pessoas preconceituosas chamam pejorativamente os gays de “veados” ?
Há homossexualidade sim, entre os machos de cervídeos, onde estão incluídos os veados. Nesses animais, machos e fêmeas só se encontram na época de reprodução. Os machos entram em combate e o vencedor fica com as fêmeas. Os machos perdedores se contentam com relações homossexuais, já que estão sexualmente “quentes”, com a testosterona a mil, fabricada somente na época de reprodução.
Mas não é a visão que os caboclos tem de dois animais galhados (machos) transando é que deu origem a esse apelido. No Rio de Janeiro, na década de 1930, havia uma praça onde os gays se reuniam. Quando a polícia chegava para dar batida, os gays saíam correndo, aos pulos, como fazem os veados animais. Como saíam pulando feito veados, passaram a chamar os gays de “veados”.
Por que chamam os gays pejorativamente, também de “bichas”? Essa ainda não consegui descobrir. Fico devendo a explicação da origem desse apelido a vocês, caros leitores.


Jaguariúna, 8 de setembro de 2008.
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