METRÓPOLE
Elane Tomich
Um out- door morimbundo
Diz da beleza do mundo.
Na rigidez do edifício
Frígido amor-sacrifício.
Bruscos mares, tantas ondas
O estilo deve-me rondas.
Rondas por vales e serras
No mar, descortino terras
Geometrias de quinas
Aqui é quebrada a sina
No vazio do destino
Meus sonhos, são dançarinos
Anúncio fluorescente
Diz-me de um sonho afluente
O assalto na esquina
Mata em mim a menina
Em elétricas correntes
Morre em mim, a adolescente.
Homens caçam por demais,
Mulheres camuflam ais
Magia e contravenção
De ser e na noite, não!
Em decisão resoluta
Visto-me de prostituta.
Acordo então do meu sonho
O sol me seduz, risonho!
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