Esta curiosa escultura, supostamente uma tampa de esgoto da época de Nero, é uma das atrações turística da cidade de Roma.
Seu nome é devido à função de oráculo que lhe foi atribuída durante a Idade Média.
O oráculo assumia também a função de juiz popular nos casos de suspeita de infidelidade conjugal: o suspeito deveria meter a mão dentro da boca da figura e esta poderia decepá-la em caso de culpa.
Conta-se que um marido suspeitando, com razão, da fidelidade de sua mulher arrastou-a para o julgamento. Esta, porém, previamente havia combinado com o amante o seguinte plano: ele deveria aproximar-se dela fingindo-se de louco e abraçá-la na presença de todos. E assim foi feito.
Isto posto, a mulher meteu a mão na boca, jurando que nunca havia sido abraçada por outro homem senão seu marido e aquele sujeito louco.
E assim ela escapou da condenação, mas a boca a partir daquele momento ficou desacreditada, perdendo sua função de juiz.
A figura representada na escultura poderia ser uma divindade das águas, como o assim chamado “Marfório”, gigantesca estátua colocada num dos pátios do Museu dos Conservadores, no Capitólio.