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Cronicas-->Usina de Letras -- 19/09/2002 - 09:01 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu cérebro, desde os sete anos de idade, quando comecei a minha caminhada de rabiscador, funciona realmente como uma usina de letras. A inspiração chega da menor fagulha do cotidiano: uma criança pedindo esmola numa esquina desta cidade adulta e desumana, uma flor que desabrocha num jardim apertado entre um muro e rua cheia de fumaça de óleo diesel e gás carbónico, uma poça d água no asfalto esburacado refletindo o plenilúnio, uma notícia sangrenta no estampada no jornal, um trecho de poesia escutado ao acaso, uma música assobiada por um transeunte, a chuva fria, o sol, enfim, a vida que escoa pela vias engarrafadas desta cidade que deixou de ser menina e vive os dramas da idade adulta. A emoção toca uma corda invisível do coração e a fagulha chega ao cérebro e póe a usina de letras para funcionar.
As mãos tremem, dos dedos, tocando as teclas do computador, saem as palavras que vão corporificar as idéias que se entrechocam nos vãos da imaginação, tentando fazer de um desgracioso evento do dia-a-dia algo que toque a alma do leitor, que o faça sentir a mesma chama que põe pressão nas caldeiras da usina.
E eu gosto imensamente deste ofício. Sinto-me criador de algo que possa durar até mesmo depois que eu deixar de ser. As moedas que amealhamos, nós os escribas, são todas feitas pelo carinho e a dmiração daqueles que nos vão ler e se envolver emocionalmente com as coisas que escrevemos, sejam ficção ou realidade, porque nós tentamos dourar a pílula da vida real, tornando-a, se é possível, menos dura e mais romanceada.
E vamos catando pérolas ao longo do roteiro que nos é imposto pelo destino...e cada carta que recebemos, cada palavra de apoio e incentivo, é como se uma estrela nova se firmasse no céu das nossas vidas. As críticas, bem quando sinceras e construtivas, devemos sempre acolhe-las com respeito, porque representam um acréscimo ao livro escancarado e inesgotável da sabedoria.
Isto é o que a usina produz: letras que se agregam e formam as palavras, unidades da nossa rica língua portuguesa, do jeito que ela é falada em nosso país.
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