Ao longe ouvi um trinar,
Era um canto conhecido,
Pois quem canta e encanta
Jamais será esquecido:
Um cantar no Centro-Oeste
Ecoou pelo Sudeste
E cá no Sul foi ouvido.
Já quase adormecido
Eu estava e revelo
Que me despertei alegre,
Ouvindo o cântico belo;
Fui logo me aproximando
E agora estou chegando
Com este cordel singelo.
Mestre Rubenio Marcelo
Grande convocação fez
Para todos os ausentes
E o Airam, por sua vez,
O pedido reforçou,
As ausências questionou
Com bastante sensatez.
De fato por quase um mês
Do cordel fiquei distante,
Porém nos últimos dias
Pude refletir bastante;
Pensava em dar uma pausa
Sem que tivesse a causa
Que fosse tão relevante.
Agora mais confiante
Retorno para o cordel,
Sonhando em realizar
Talvez um melhor papel;
É de todo o coração
Que faço uma saudação
A poeta e menestrel.
Como a abelha faz o mel,
Minha missão cumprirei
E com esta gente ordeira
Sempre aprendo o que não sei;
Do apoio não vou esquecer,
Mas é cumprindo o dever
Que eu nada deverei.
Um dia aqui cheguei
Sem pedir sequer licença,
De apresentar-me esqueci,
Só marquei minha presença
Com algumas brincadeiras,
Usando boas maneiras
Pra não criar desavença.
Aposto também na crença
De viver com harmonia,
Respeitando as pessoas
No convívio dia-a-dia;
No bem tenho confiança
Sem perder a esperança
Posta na democracia.
Não escrevo todo dia,
Mas leio diariamente
Os escritos dos colegas
E fico muito contente,
Quando aparece um novato
Publicando em bom formato
O que produziu na mente.
Para mim é um presente
Ver o pessoal retornar,
Outros ainda virão
E com todos quero estar,
Pois é bom que se entenda
Que quem entra nesta senda
Não consegue mais parar.
A arte de cordelar
Faz parte da minha sina,
Bem melhor se for ao lado
Do pessoal que me ensina;
Pretendo então ajudar
Quem quer revitalizar
O cordel nesta Usina.
Por aqui tem gente fina
Que constato ao dar meu giro
Para ler os belos textos
Dos que muito eu admiro;
Abençoe-nos o Divino,
Saudando a todos termino
Com um brinde ao Waldomiro.