Usina de Letras
Usina de Letras
273 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->Quem defende Che Guevara, el chancho (o porco)? -- 14/11/2007 - 15:57 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem defende Che Guevara, el chancho (o porco)?

Félix Maier

Sabe-se que Che Guevara foi um frio serial killer, uma perfeita “máquina de matar”, que executou com as próprias mãos muitos dos 17.000 mortos no paredón cubano.

Como pode ser reverenciado um regime, como o de Fidel Castro, em que 20% de sua população (cerca de 2 milhões de pessoas) fugiu do país, muitos em frágeis barcos, outros em troncos de bananeiras e câmaras de pneus de caminhões, enfrentando tubarões no Mar do Caribe? Regime pérfido, esse, que até hoje mantém, sob tortura, centenas de presos políticos?

Por que alguém iria venerar um assassino como Che Guevara?

Há dois tipos de pessoas que defendem o “Porco”:

- os idiotas; e

- os patifes.


Abaixo, eu listo alguns dos verbetes do meu trabalho “Arquivos ‘I’ – Uma história da intolerância”, já disponível no site Usina de Letras.


ACJM - Associação Cultural Jose Martí: fundada em 16 Mar 1982, no Teatro Galpão, São Paulo, SP, sendo presidente Florestan Fernandes, e Fernando Henrique Cardoso um dos membros do Conselho Consultivo, ao lado de Antônio Callado e Márcio Moreira Alves, dentre outros. A ACJM era responsável pela publicação do periódico Nossa América e instrumento do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP).

ALN - Ação Libertadora Nacional: grupo terrorista, cujos fundos eram obtidos por assaltos e dinheiro recebido de Cuba. Somente a partir de 1969 o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) passaria a utilizar a denominação Ação Libertadora Nacional (ALN); o AC/SP havia sido criado em 1967 pelo terrorista Carlos Marighela, após este ser expulso do PCB, depois da Conferência da OLAS, em Cuba. Sua obra “Minimanual do Guerrilheiro Urbano” foi traduzida para vários idiomas e foi o “livro de cabeceira” dos grupos terroristas “Brigadas Vermelhas”, da Itália, e “Baader-Meinhoff, da Alemanha (“... os “tiras” e policiais militares que têm sido mortos em choques sangrentos com os guerrilheiros urbanos, tudo isto atesta que estamos em plena guerra revolucionária e que a guerra só pode ser feita através de meios violentos.” - trecho do “Minimanual”). No dia 10 Ago 1968, a ALN assaltou o trem-pagador Santos-Jundiaí, levando NCr$ 108 milhões, ação que consolidou a entrada da ALN na luta armada; nesse assalto, participou o Secretário-Geral do Governo Fernando Henrique Cardoso (depois Ministro da Justiça), Aloysio Nunes Ferreira Filho, que fugiu em seguida para Paris com sua esposa Vera Trude de Souza, com documentos falsos. Junto com o grupo terrorista MR-8, de Fernando Gabeira, a ALN seqüestra o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, no Rio de Janeiro, em 4 Set 1969, por cujo resgate foram libertados 15 terroristas (entre os quais estavam Vladimir Palmeira e José Dirceu). Marighela foi morto pela polícia em São Paulo, no dia 4 Nov 1969: após o seqüestro do embaixador americano, as prisões de terroristas tiveram seqüência: no dia 1º de outubro foi preso em São Sebastião, SP, o coordenador do setor de apoio, Paulo de Tarso; no dia 2 Nov foram presos no Rio de Janeiro os Freis Fernando e Ivo; no dia 3 Nov, já em São Paulo, Frei Fernando “abriu” o restante da rede de apoio, sendo presos os Freis Tito e Jorge, um ex-repórter da Folha da Tarde, responsável pelas fotos dos documentos falsos, e um casal de ex-diretores do mesmo Jornal; Frei Fernando foi quem levou ao “ponto” com Marighela, no dia 4 Nov, após revelar duas senhas, pois era o responsável pela coordenação das atividades dos dominicanos com Marighela, desde a saída de Frei Osvaldo de São Paulo, em junho daquele ano; combinado o encontro com Frei Fernando, Marighela resistiu à ordem de prisão quando entrava no carro de Frei Fernando, sacando um revólver, quando foi morto pelos policiais; a morte de Marighela repercutiu no Brasil e no exterior; com a morte de Marighela, assumiu o comando Joaquim Câmara Ferreira, o “Toledo”, que viajou a Cuba com Zilda Xavier para receber instruções de Fidel Castro, país em que um dos fundadores da ALN, Agonalto Pacheco, estava em choque com as autoridades locais, especialmente o comandante Manuel Piñero, o “Barbarroxa”, acusado de desvirtuar as iniciativas do AC/SP. Câmara Ferreira foi preso no dia 23 Out 1970, em São Paulo; cardíaco, sofreu enfarte na viatura policial, vindo a falecer; Carlos Eugênio Paz, em seu livro “Viagem à Luta Armada” (Editora Civilização Brasileira, 228 páginas, 1996), fantasia a história, dizendo que “Toledo” foi torturado até a morte pelo delegado Fleury; essa versão é negada por Luís Mir (“A Revolução Impossível”, pg. 560); em um bolso de “Toledo”, foi encontrada carta de Frei Osvaldo Rezende, onde constavam contatos internacionais, projetos políticos e ligações com os Governos cubano e argelino; o Governo brasileiro denunciou à ONU a ingerência em seus assuntos de países que não respeitavam o direito internacional – o que não teve nenhuma conseqüência prática. Em 7 Set 1970, João Alberto Rodrigues Capiberibe (mais tarde Governador do Amapá), “militante” da ALN, foi preso junto com sua mulher Janete e sua cunhada Eliane. Em 23 Mar 1971, a ALN faz o “justiçamento” de um “quadro”, Márcio Leite de Toledo; Carlos Eugênio Paz, em seu livro “Viagem à Luta Armada”, afirma que foi co-autor desse “justiçamento”. Junto com o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), a ALN assassina o industrial Henning Albert Boilesen, diretor do Grupo Ultra, no dia 16 Abr 1971 (Sebastião Camargo, da empresa Camargo Correia, era também alvo para seqüestro e “justiçamento”, mas prevaleceu a escolha de Boilesen, porque era considerado “espião da CIA” e patrocinador da OBAN). Terroristas da VAR-Palmares, da ALN e do PCBR assassinam o marujo da flotilha inglesa que visita o Rio de Janeiro, David A. Cuthbert, de 19 anos, no dia 08 Jan 1972; nos panfletos, os terroristas afirmaram que a ação era em solidariedade à luta do IRA contra os ingleses. Em 1971, a ALN divide-se em duas facções: o Movimento de Libertação Nacional (MOLIPO), fundado pelo serviço secreto cubano (José Dirceu, Chefe da Casa Civil da Presidência durante o Governo Lula,, era um dos integrantes), e a Tendência Leninista (TL). Em 1972, a ALN/SP assassina o gerente da firma F. Monteiro S/A, Valter Cesar Galatti, ferindo ainda o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalino Fernandes; em 1972, terroristas da ALN/GB, do MOLIPO e da ALN/SP assassinam o investigador Mário Domingos Pazariello, o soldado da PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira e o cabo da PM/SP, Sylas Bispo Feche; a ALN/GB assassina em 1972 Íris do Amaral. No dia 21 Fev 1973, a ALN formou um grupo de execução, integrado por 3 terroristas, que assassinaram o proprietário do Restaurante Varela, o português Manoel Henrique de Oliveira, acusado de ter denunciado à polícia, no dia 14 Jun 1972, a presença de 4 terroristas que almoçavam em seu Restaurante, 3 dos quais morreram logo após (na verdade, os terroristas mortos estavam sendo seguidos pelo DOI-CODI). No dia 25 Fev 1973, terroristas da ALN, da VAR-Palmares e do PCBR assassinaram em Copacabana o Delegado Octávio Gonçalves Moreira Júnior. Pelo extenso “currículo” de Marighela, seus familiares receberam mais de 100 mil dólares de “indenização”, outorgada pela famigerada “Comissão dos desaparecidos políticos”, criada no primeiro Governo FHC. Além de Marighela, outro terrorista de destaque foi Carlos Eugênio Sarmento da Paz, que confessou ter praticado em torno de 10 assassinatos. Jessie Jane Vieira de Souza, outra “militante” da ALN, que participou do seqüestro de um avião, é hoje diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro. Com o auxílio do Movimento Comunista Internacional (MCI) e de padres dominicanos, como Frei Beto, a ALN tinha um sistema de propaganda no exterior, a FBI.

ANCA – Associação Nacional de Cooperação Agrícola: braço financeiro do MST, junto com a Confederação das Copoperativas da Reforma Agrária (Concrab). “O fato é que nessa quarta-feira chegou à CPI da Terra a informação, devidamente documentada, de que a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) - que não se perca pela sigla -, apontada como 'braço financeiro' do MST, recebeu R$ 1,5 milhão de organismos internacionais no período de 1995 a 2003. E para que se obtivesse essa informação bastou um dia desde que foi aprovada a quebra de sigilo bancário e fiscal da Anca, tanto quanto de sua co-irmã, a Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária (Concrab). De conformidade com os comprovantes que chegaram àquela comissão, a Anca movimentou recursos em sete contas bancárias e as maiores remessas de dinheiro que recebeu foram da Unesco, sendo uma no valor de R$ 400 mil, no ano de 1998 e outra no valor de R$ 430 mil, no ano de 1999” (in “Financiamento do esbulho, O ESTADO DE S.PAULO, 18 de junho de 2004).

Antiglobalização - Os protestos de movimentos antiglobalização começaram a se tornar mais violentos a partir da reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada na cidade de Seattle, EUA, em 1999. Na Reunião do G-8, realizada em Gênova, Itália, em 2001, 1 manifestante foi morto pela polícia. Ironicamente, esses movimentos “globais”, todos “globalizados”, de quase todos os países do “globo”, dizem que são “antiglobalização”! O movimento reúne as tendências mais variadas, desde punks, anarquistas, viúvas stalinistas, até grupos de intelectuais, estudantes, todos interessados em mais uma utopia igualitária “por um mundo melhor”. Exemplos de alguns movimentos e suas reivindicações: AGP – Ação Global dos Povos: rede de associações criada em Genebra, em 1998, para coordenar os protestos contra a OMC; AMI – Acordo Multilateral de Investimento: negociado a partir de 1995 por países da OCDE, para regular operações de empresas no exterior; o acordo não prosperou devido a intensa campanha na Internet, contrária ao AMI; ATTAC – Associação para a Taxação de Transações Financeiras Especulativas, criada na França em 1998, reúne sindicatos, jornais, cidadãos e organizações que pregam o “controle democrático do sistema financeiro internacional”; FSM – Fórum Social Mundial. Esses movimentos pregam, ainda, a renda básica: valor por Estado a cada cidadão, inclusive os que “não querem trabalhar de forma remunerada”, sem levar em conta se é rico ou pobre (!); e a Taxa Tobin: imposto idealizado pelo Prêmio Nobel de Economia, James Tobin, pretende tributar transações especulativas de capital; segundo os defensores da Taxa Tobin, se fixado em 0,1%, arrecadaria US$ 160 milhões/ano; as Nações Unidas afirmam que metade desse valor de dinheiro cobriria as necessidades básicas do mundo, em 1 ano.

AP - Ação Popular. Em 1935, o Cardeal Leme cria no Rio de Janeiro a Ação Católica, para ampliar a influência da Igreja na sociedade. A Ação Católica era dirigida por Alceu de Amoroso Lima, seguia o conceito do Papa Pio XI e era favorável ao Integralismo, sendo acompanhado por vários padres, entre os quais Hélder Câmara. Outros intelectuais católicos: Jackson de Figueiredo (atuação a partir de 1918), Gustavo Corção, Alfredo Lage, Murilo Mendes, Pe. Leonel Franca; convertidos ao catolicismo: o positivista Júlio César de Morais Carneiro, Pe. Júlio Maria (redentorista), Joaquim Nabuco, Carlos de Laet, Felício dos Santos, Afosno Celso, além de Alceu Amoroso Lima. A dissolução da AIB por Getúlio Vargas em 1938 e a derrota do Fascismo na II Guerra Mundial fizeram com que a Ação Católica se afastasse daquela linha ideológica e, com Dom Hélder Câmara, passou a adotar o modismo esquerdista, atrelado a pensadores como Emanuel Mounier, Teillard de Chardin, Lebret e outros. No início da década de 1960, a Igreja estava ideologicamente dividida, tendo à esquerda Dom Hélder e à direita Dom Jaime de Barros Câmara e Dom Vicente Scherer. A Ação Católica tinha 3 organismos para condução de suas atividades: Juventude Estudantil Católica (JEC) – no meio secundarista, Juventude Operária Católica (JOC) – no meio operário, e Juventude Universitária Católica (JUC) – formado por estudantes de nível superior. A PUC do Rio de Janeiro, orientada pelo Pe. Henrique Vaz, era o principal reduto esquerdista da JUC, onde despontava o líder Aldo Arantes. Em Minas Gerais, a Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG reunia os principais agitadores da esquerda católica, como Herbert José de Souza ('Betinho'), José Serra, Vinícius Caldeira Brandt, Henrique Novais e Marcos Arruda. Em 1961, no XXIV Congresso da UNE, a JUC, aliando-se ao PCB, elege Aldo Arantes para a presidência da entidade. “A AP cresceu com tal velocidade no movimento estudantil que nós, os comunistas, que vínhamos ganhando a presidência da UNE desde 56, a partir de 60 perdemos a AP, com Aldo Arantes, Vinícius Caldeira Brant, José Serra” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 6 Out 1995). Logo depois, a UNE filiou-se à União Internacional dos Estudantes (UIE), organização de frente do Movimento Comunista Internacional (MCI), culminando na ira dos conservadores da Igreja, que expulsaram Aldo Arantes da JUC. Os católicos de esquerda, doutrinados para a “revolução brasileira”, abandonaram a Ação Católica e criaram a Ação Popular (AP). Durante o Governo Goulart, a AP empenha-se nas “reformas de base”, situando-se à esquerda do PCB, o que causa a fuga de seguidores para o exterior após a Contra-revolução de 1964. A AP continua sua atuação no meio universitário e, nas discussões comunistas de 1965 a 1967, passa a seguir a linha maoísta, com a Revolução Cultural chinesa (que matou 10 milhões de pessoas), apoiando a luta revolucionária. Cuba doou 14 mil dólares para a AP enviar militantes para cursos de guerrilha naquele país. A AP enviou militantes para fazer cursos em Pequim, incluindo Haroldo Lima. A AP criou o Movimento Contra a Ditadura e pregou o voto nulo para as eleições parlamentares de 15 Nov 1966. A AP enviou representante a Cuba para a IV Conferência Latino-Americana de Estudantes (1966), teve infiltração no setor metalúrgico (ABC e Contagem, MG). No campo, a AP organizou camponeses para cortar arame das propriedades (“picada de arame”) e o abate de gado a tiros; as áreas escolhidas para a agitação foram o Vale do Pindaré (MA), a região Água Branca (AL), Zona da Mata (PE) e Zona Cacaueira (Sul da Bahia). Em 1966, a AP optou pela luta armada e pelo foquismo, em Congresso realizado no Uruguai, e passou a publicar o jornal “Revolução”. A ação terrorista mais conhecida do movimento foi o atentado no Aeroporto de Guararapes, em 25 de julho daquele ano. O alvo era o presidente Costa e Silva, que se salvou porque o vôo atrasou. No entanto, morreram no local o almirante reformado Nelson Gomes Fernandes, que teve o crânio esfacelado, e o jornalista Edson Régis de Carvalho, que teve o abdômen dilacerado. O então tenente-coronel Sylvio Ferreira da Silva, hoje general reformado, sofreu amputação traumática dos dedos da mão esquerda e teve lesões graves na coxa esquerda, além de queimaduras de primeiro e segundo graus. Ao todo, houve 15 vítimas, incluindo os acima citados: o inspetor de polícia Haroldo Collares da Cunha Barreto, Antônio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro; os estudantes José Oliveira Silvestre e Amaro Duarte Dias; a professora Anita Ferreira de Carvalho; a comerciária Idalina Maia; o guarda-civil José Severino Barreto; Eunice Gomes de Barros e seu filho Roberto Gomes de Barros, de apenas seis anos de idade. O mentor do ato terrorista foi o ex-padre Alípio de Freitas, hoje residente em Lisboa, que era membro da comissão militar e dirigente nacional da AP e já atuava nas Ligas Camponesas de Francisco Julião. O executor do crime foi Raimundo Gonçalves Figueiredo, militante da AP. Pela bela obra cívico-cristã, Alípio de Freitas foi beneficiado com indenização de R$ 1,09 milhão, 'piñata' recebida da famigerada Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos, e Raimundo G. Figueiredo é nome de rua em Belo Horizonte (sua família também foi indenizada). Em 1968, para evitar outros “rachas”, a AP elaborou o documento “Seis Pontos de Luta Interna”, procurando consenso entre as Correntes 1 e 2. De inspiração maoísta, “o 1º ponto caracterizava o pensamento de Mao como a 3ª etapa da revolução marxista; o 2º ponto descrevia a sociedade brasileira como semicolonial e semifeudal; o 3º definia o caráter da revolução como nacional e democrática; o 4º fazia a opção pela guerra popular como forma de luta; o 5º referia-se aos partidos comunistas, considerando que o PCB se havia ‘contaminado pelo revisionismo’ e que o PC do B era um novo partido e não o continuador do PC fundado em 1922; finalmente o 6º ponto propunha a integração dos militantes à produção (isto é, que deixassem suas profissões e passassem a trabalhar e viver como operários e camponeses), com o objetivo de provocar a transformação ideológica dos que tinham origem pequeno-burguesa” (Del Nero, in “A Grande mentira”, pg. 263). Após sua I Reunião Ampliada da Direção Nacional, a AP elegeu a China como modelo de revolução, ao mesmo tempo em que se afastou do PC de Cuba, retirando-se da OLAS e propondo que a UNE se afastasse da OCLAE, por considerá-la de “imobilismo e burocratismo”. Em 1969, um militante da AP participou do seqüestro do Embaixador Americano Charles Burke Elbrick, em apoio ao MR-8. Em 1971, à noite, uma militante da AP atraiu Antônio Lourenço (“Fernando”), também da AP, para uma emboscada; “Fernando” recebeu vários tiros de rifle 44 e de revólver e foi trucidado a porretadas até a morte; o “justiçamento” ocorreu em Pindaré-Mirim (MA) e foi planejado pelo Comitê Seccional de Santa Inês, subordinado ao CR-8 (Coordenador das atividades da organização no Maranhão e no Piauí). Em abril de 1971, após a II Reunião Ampliada da Direção Nacional, a AP assumia a denominação de Ação Popular Marxista-Leninista do Brasil (APML do B). Posteriormente, foi aprovada a tese de unificação da AP com o PC do B. Maria José Jaime, membro do PT/DF (dirigente do INESC), foi um dos “militantes” que receberam treinamento na China, em 1969, quando pertencia à AP. José Serra, Presidente da UNE quando se iniciou a Contra-Revolução de 31 Mar 1964 e Ministro da Saúde no Governo FHC, também pertenceu à AP.

“Aparelho” - Esconderijo de terroristas durante a luta armada no Brasil, onde se encontravam também o armamento e o mimeógrafo para impressão de panfletos subversivos. O aparelho podia ser “aberto” (conhecido por outros militantes, além de seus moradores ou responsáveis), “fechado” (conhecido somente por seus moradores ou responsáveis), “de base” (utilizado para reuniões, deve possuir ‘fachada legal’; normalmente, conhecido apenas por 2 militantes, os demais são levados ao local de carro e ‘fechados’); “de aliado” (eventualmente, usado em emergência para abrigar um militante que não pode identificar o local e é levado a este completamente ‘fechado’); “de imprensa” (local onde são confeccionados os documentos de agitação e propaganda; é dotado de máquinas copiadoras – antigamente, os mimeógrafos – e aparelhos para impressão); e “de informações” (destinado à coleta, análise e difusão de informações; contém fichários, códigos, normas de segurança e outros documentos de informações). O “aparelho” para guarda do Embaixador anericano, Charles Burke Elbrick, seqüestrado em 4 Set 1969, em “frente” pela ALN e DI/GB (depois MR-8), tinha o seguinte endereço: casa nº 1026 da Rua Barão de Petrópolis, Rio Comprido, Rio de Janeiro, alugada por Fernando Paulo Nagle Gabeira (um dos seqüestradores), jornalista do Jornal do Brasil e responsável pelo setor de imprensa da DI/GB. O seqüestro de Elbrick foi idealizado por Franklin Martins, atual Diretor de Jornalismo da TV Globo em Brasília. Franklin, após o seqüestro, foi fazer curso de guerrilha em Cuba. Em troca da vida do Embaixador, foram libertadas 15 pessoas, entre elas Wladimir Palmeira, detido desde o Congresso da UNE em Ibiúna.

Associações de Amizade a Cuba - Organizadas pelas Embaixadas cubanas na América Latina, agiam como grupos de propaganda e proselitismo político entre estudantes, operários e intelectuais. O mesmo proselitismo comunista foi utilizado pelos sandinistas, com suas campanhas de “Solidariedade” à Nicarágua de Daniel Ortega.

Autoritarismo falangista - Sistema de governo sustentado por falanges fiéis ao ditador, como Portugal sob Salazar, Alemanha sob Hitler, Itália sob Mussolini, Espanha sob Franco, Argentina sob Perón (“Soldados de Perón”), e todos os sistemas comunistas (Cuba sob Fidel Castro e seus “Comitês de Defesa da Revolução” - CDR, Camboja sob Pol Pot, União Soviética, China e os “Guardas Vermelhos” de Mao Tsé-Tung, Coréia do Norte etc.). Mais recentemente, houve amostras de autoritarismo falangista no Chile sob Salvador Allende (“Grupos de Amigos Personales – GAP”, a “Guarda Pretoriana” de Allende), no Brasil sob João Goulart (“República Sindicalista”), no Peru sob Fujimori (grupo paramilitar “Colina”, apoiado pelo SIN) e na Venezuela sob Hugo Chávez (“Círculos Bolivarianos”). Atualmente, o MST é a “falange” mais importante do Brasil, uma “guerrilha desarmada” utilizada com muito sucesso, devido ao apoio difuso que recebe, desde partidos políticos (PT, PC do B, PSTU), sindicatos (CUT), até a própria Igreja Católica (CNBB), com a omissão do Governo Federal, que presta apoio financeiro à “falange” através do INCRA.

Balilas - Nos tempos do fascismo italiano, a educação da infância e da juventude era a própria formação do militante fascista: da incorporação aos “Filhos da Loba”, aos 6 anos de idade, à adesão aos “Jovens Fasci (grupos) de Combate” - os balilas -, aos 18 anos. Atualmente, o MST utiliza modelo fascista semelhante nas escolas de base de seus acampamentos (Leia “A pedagogia do gueto”, do jornal “O Estado de S. Paulo”, 11 Jun 1998), com recursos de várias ONG e do PRONERA, e apoio de entidades como a CNBB, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e a própria ONU (UNICEF), e com a omissão dos governos estaduais e federal. Em Veranópolis, RS, o MST montou a Escola Josué de Castro, escola-piloto para preparar para o magistério exclusivamente jovens assentados ou acampados.

Balseros - Fugitivos cubanos que se lançam ao mar em pequenas embarcações, por vezes simples bóias adaptadas de câmaras de pneus ou troncos de bananeiras. Metade dos fugitivos, durante o auge da crise econômica cubana, em 1994, tinha menos de 30 anos.

Brigadas Médicas - Junto com as “brigadas militares”, para apoio a guerrilhas e regimes afinados com Havana, especialmente na África, Fidel Castro enviava profissionais para prestação de serviços médicos a países como Angola, Moçambique, Congo (com a presença de Che Guevara), Argélia, Iêmen, Iraque, Síria, Tanzânia, Etiópia, Vietnã, Guiné-Bissau, Afeganistão, Madagascar, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Benin, Serra Leoa, Somália, Guiné Equatorial, Eritréia. Em 1961, o comandante (cubano) Almeijeiras morreu na Guerra da Argélia, contra a França. Na guerra árabe-israelense de 1967, militares cubanos pilotaram jatos e tanques, que partiram da Síria para atacar Israel. Durante 10 anos, o regime de Fidel Castro treinou tropas em Cuba e na África, como as tropas do PAIGC e guerrilha do MPLA (desde 1963/64). Em Angola, Cuba chegou a desdobrar, em uma oportunidade, cerca de 50.000 soldados, que combateram ao lado do MPLA contra a UNITA (no total, Fidel enviou 300.000 soldados a Angola). Em 1973, Fidel Castro voltou a enviar pilotos para a Síria, para combater os israelenses na Guerra do Yom Kippur. Na América do Sul, o apoio de Fidel Castro foi ostensivo ao Chile do Governo marxista de Salvador Allende, com quem Castro tinha “relações carnais”, e ao Peru, durante o Governo esquerdista Velasco Alvarado, que tinha assessoria do brasileiro Darcy Ribeiro. No Brasil, em 1961 já havia cubanos ensinando táticas de guerrilha no interior do País, especialmente Pernambuco.

Cadernetas de Prestes - “As cadernetas do então secretário-geral do PCB, chefe legendário dos comunistas brasileiros, foram recolhidas numa casa da Vila Mariana, em São Paulo, onde a mulher de Prestes, Maria, morava com alguns filhos. Grávida, Maria deixou o prédio após o golpe. Militantes retiraram documentos da casa, mas não viram as cadernetas e outros papéis, que estavam escondidos sob roupas num armário. Pequenas, vazadas por espiral, as cadernetas de Prestes revelam minúcias da vida, de 1961 a 63, de um partido formalmente clandestino. Nelas, o chefe comunista nomeia - com nomes verdadeiros - centenas de dirigentes e simpatizantes, informa datas e endereços, descreve organogramas, empresas de fachada, balancetes, encontros com autoridades até aquele momento insuspeitas, audiências como as que o secretário-geral teve com o líder soviético Nikita Khruschev. As 3.426 páginas das 19 cadernetas foram anexadas aos autos do processo 271/64 - havia 20 na casa, uma delas desapareceu - e fundamentaram um inquérito que indiciou 74 pessoas e que levou à condenação de 54 na primeira instância da Justiça Militar, em junho de 1966. (...) Os microfilmes descobertos pela Folha estão no Arquivo Público do Rio de Janeiro. Em mau estado de conservação, é difícil a sua leitura. No Arquivo Público do Estado de São Paulo, há cópias xerográficas nítidas.” (Mário Magalhães, in “Folha de S. Paulo”, 8/4/2001)

Cambio Cubano - Movimento de resistência a Fidel Castro. Liderado por Eloy Gutierrez Menoyo, que passou 22 anos em cárceres cubanos; antes de 1959, Menoyo havia sido um dos comandantes da Revolução Cubana. Movimento moderado que prega a reconciliação nacional, a abertura do regime cubano e a democracia para solução dos problemas econômicos e sociais cubanos, e é contra as pressões externas contra Cuba, como as Leis Torricelli e Helms-Burton, pois julga que estas apenas prolongam a tirania de Castro sobre a Ilha.

Campos de trabalho coletivo - Versão cubana dos gulags soviéticos, os campos cubanos foram inventados por Ernesto Che Guevara. O escritor cubano Armando Valladares, autor de “Contra toda a Esperança”, ficou preso no “Gulag das Américas” durante 22 anos; durante 46 dias, negaram-lhe alimentos e, em conseqüência, teve de permanecer 8 anos em uma cadeira de rodas. No livro, Valladares denuncia que os presos da tenebrosa prisão “La Cabana” eram “justiçados” com um simples tiro na cabeça. No livro, Valladares revela também o funcionamento do “Centro de Exterminação e Experiência Biológica” da prisão de Puerto Boniato, a pior de Cuba, onde médicos soviéticos, alemães orientais e tchecos, junto com seus colegas cubanos, sistematicamente provocavam doenças e realizavam experiências psicológicas com os presos políticos. Valladares também denuncia a violência e as condições desumanas que existiam nos “centros de detenção juvenil”. Denuncia, ainda, que homens e mulheres eram obrigados a ficar nus nas prisões, durante anos, sofrendo vexame durante a visita de familiares.

CDR - Comité de Defensa a la Revolución (Comitê de Defesa da Revolução Cubana). A partir dos 14 anos de idade, todos os cubanos são obrigados a aderir ao CDR. “Cerca de 8 milhões de cubanos são membros do comitê de defesa da revolução de seu quarteirão, dirigido por um ‘presidente, um responsável pela vigilância e um responsável ideológico’. Além de seu papel de vigilância ‘dos inimigos da revolução e dos anti-sociais’, os cerca de 120 mil comitês que controlam o país ‘constituem uma grande força de impulsão para mobilizar o bairro por ocasião das reuniões e desfiles para defesa da revolução’, afirmam os textos oficiais” (in A Ilha do doutor Castro, pg 55). Não é de admirar que o povo cubano vá em massa às ruas para apoiar Fidel Castro; ninguém teria coragem de contestar “el comandante”. Nas eleições para presidente, Fidel costuma ter 100% dos votos dos delegados – uma marca que, certamente, nenhum Papa teve até hoje.

Cela-gaveta - Tipo de solitária cubana, usada durante o regime de Fidel Castro, onde esteve confinado o poeta Armando Valladares, durante 2 anos, de onde saiu aleijado. “Na prisão de Combinado del Leste, depois de temporada imobilizado em cela-gaveta, Valladares ficou aleijado e não conseguiu mais andar. (...) Após 22 anos de prisão, o poeta venceu a batalha e ganhou a liberdade, contando com o apoio do presidente francês François Mitterrand. Dentre os 50 mil presos políticos cubanos contabilizados – entre mortos, torturados e desaparecidos -, foi um dos poucos que conseguiram escapar. Em Madri, tornou-se um ativista e escreveu ‘Contra Toda a Esperança’, testemunho que ajudou a desmascarar a ditadura que aniquila os seus dissidentes, clamando pela libertação dos presos políticos que, em Cuba, ainda hoje se contam aos milhares” (Ipojuca Pontes, in “Prisioneiro de Consciência”, op. cit., pg. 157-8; também publicado no Jornal da Tarde, 2000). Valladares também ficou preso nas prisões de La Cabana e Puerto Boniato.

CMI - Conselho Mundial de Igrejas: desde a década de 1930 investe contra a instituição do Estado nacional. No Brasil, tem como ponta de lança o MST e o Foro de São Paulo (FSP). Em 1997, o Cardeal Joseph Ratzinger denunciou o CMI por sua atuação em favor de movimentos armados marxistas na América Central.

Coleção História Nova - No Governo Goulart, na “Campanha de assistência ao estudante”, do MEC, os livros tradicionais de história foram reformulados, os fatos interpretados sob a ótica marxista. O MEC editou também a cartilha “Viver é lutar”, reconhecida pela Conferência Nacional dos Bispos, para a alfabetização rural – ou melhor, alfabetização marxista. A rádio Ministério da Educação (Rádio da Verdade) era utilizada para propaganda comunista. Hoje, o MEC faz escancarada propaganda comunista através dos livros didáticos distribuídos aos alunos, como foi denunciado recentemente pelo jornalista Ali Kamel, “O que ensinam às nossas crianças”, disponível no endereço http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,182,sid,1,ch.


COLINA – Comando (ou Corrente) de Libertação Nacional: atual Congresso de Libertação Nacional, o antigo COLINA foi criado em 1968 como dissidência da POLOP. Em 1969, com recursos “expropriados” em assaltos, o COLINA instalou três “aparelhos” em Belo Horizonte, que foram desbaratados pela polícia; na ação contra o 3º aparelho, situado na Rua Itacarandu, foram mortos pelo COLINA o agente Cecildes Moreira de Faria e o guarda civil José Antunes Ferreira, além de ferir gravemente o investigador José Reis de Oliveira. No dia 31 Mar 1969, o COLINA assaltou a agência do Banco Andrade Arnaud, na Rua Visconde da Gávea, Rio, onde foi morto o comerciante Manoel da Silva Dutra. O COLINA recebeu a adesão de 2 grupos: o Núcleo Marxista Leninista (NML) e a Dissidência da Dissidência (DDD, e em Jul 1969 fundiu-se com a VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares). Teve entre seus quadros o engenheiro Leovi Antonio Pinto Carisio, que acusou, no ano 2000, o tenente do Exército, Carlos Alberto del Menezzi, de torturador, sem apresentar provas; o tenente foi demitido da ABIN, onde trabalhava, enquanto Aloysio Nunes Ferreira (Ronald Biggs tapuia?) permanecia Secretário-Geral de FHC, sendo posteriormente alçado a Ministro da Justiça – exemplo típico de que a Lei da Anistia é aplicada apenas para beneficiar os antigos terroristas. Segundo Jacob Gorender, em seu livro “Combate nas Trevas”, o assassinato, no dia 1º Jul 1968, do major do Exército da Alemanha Ocidental, Edward Ernest Tito Otto, então cursando a ECEME, teria sido um equívoco, já que os assassinos do COLINA pensaram tratar-se do capitão Gary Prado, do Exército da Bolívia, que havia participado do combate ao foco de guerrilha que Che Guevara tentava implantar naquele país, onde acabou morto. Veja ALN, Anistia, Foquismo, OLAS, VAR-Palmares e VPR

Concílio Cubano - Frente de oposição cubana, de defesa de direitos humanos, que sofre repressão do Governo de Fidel Castro. Engloba mais de 130 organizações. Líderes: Héctor Palacios Ruiz, Presidente do Partido da Solidariedade Democrática; Reynaldo Cosano Allén; Gladys González Noy; Mercedes Parada; Vicky Ruiz Labrit; Gladys Linares Blanco; Pedro Pablo Alvarez; Leonel Morejón Almagro, um dos fundadores da Frente, condenado a 6 meses de prisão em 1996, foi proposto por parlamentares americanos para receber o Prêmio Nobel da Paz.

“Copyleft” - Trocadilho duplo, criado por ocasião do I Fórum Social Mundial (FSM), ocorrido em Porto Alegre, RS, de 25 a 30 Jan 2001, em que é proposta a “Ciranda Internacional da Informação Independente (CIIIn)”. Na realidade, a proposta é criar um jornalismo planetário em que as notícias serão veiculadas sob a ótica marxista, com censura a quem ousar se opor a esse fundamentalismo ideológico – assim como ocorre com o jornal “Granma”, em Cuba, controlado pelo partido único (PCC). O trocadilho “copyleft” opõe-se a “copyright” (right, coisa da direita!) e sugere que sejam abolidos todos os direitos autorais, o tal “copyleft” (left, do verbo leave – deixar -, além de significar “esquerda”), ou seja, o autor deveria deixar que sua obra fosse utilizada gratuitamente – um verdadeiro calote nos direitos autorais

COSPAL - Comitê de Solidariedade aos Povos da América Latina: a I COSPAL foi realizada em Havana, Cuba, de 31 Jul a 10 Ago 1967, evento programado um ano antes, quando foi fundada a OLAS (1966). À COSPAL compareceram Carlos Marighela (à revelia do PCB), Paulo Stuart Wright (pela AP) e o então Senador Salvador Allende, do Chile. A Resolução Final da COSPAL dizia: “O Brasil é o território ideal para a guerra de guerrilhas. É país limítrofe com quase todos os países sul-americanos e nosso trabalho ali será facilitado pelo fato, mesmo, de existir uma oposição difusa e natural ao regime militar de Castello Branco. Até Lacerda á gora oposicionista. (...) O Partido Comunista e os grupos socialistas afins estão dispostos a capitalizar todo o descontentamento, fortalecendo as guerrilhas, lançando-as de diversos pontos do vasto território do Brasil”.

Drogas esportivas - Creatina, eritropoietina, esteróides anabolizantes, acetato de ciproterona, hormônio do crescimento. Durante o auge da Guerra Fria, todas as armas possíveis eram utilizadas para conquistar a superioridade no esporte, especialmente pelos países comunistas, com destaque para União Soviética, China, Alemanha Oriental e Cuba: 1) era incentivada a gravidez das atletas às vésperas de competições importantes; no período de gravidez, ocorre um aumento de 5% de hemoglobina no sangue da mulher, conferindo mais resistência vitalidade ao corpo (competiam até 2 meses de gravidez); em seguida era provocado o aborto; 2) havia prescrição de hormônios e medicamentos às ginastas para retardar a 1ª menstruação; com isso, as garotas ganhavam mais tempo de vida útil no esporte e mantinham o corpo franzino; 3) havia escravas sexuais de técnicos: caso da ex-atleta russa Olga Korbut (nas Olimpíadas de Munique, em 1972, conquistou 3 medalhas de ouro e 1 de prata); caso também da ex-atleta Nadia Comanece, romena, que conquistou 3 medalhas de ouro nas Olimpíadas de Montreal, em 1976, sendo a primeira atleta da história a receber nota 10 de todos os jurados; Nadia era amante de Nicu, filho do ditador Nicolae Ceausescu, e fugiu para os EUA em 1989; nas Olimpíadas de Sidney (2000), ainda não era possível detectar o hormônio entropoietina (Epo), em forma sintética, utilizado por atletas para aumentar sua resistência em 5% a 10%. Ainda em 2000, médicos monstros da antiga Alemanha Oriental, Manfred Ewald e Manfred Hoppner, foram a julgamento, por terem arruinado a vida de muitos atletas por causa do uso sistemático de esteróides anabolizantes e hormônios sexuais masculinos; a ex-nadadora Catherine Menschner consumiu dos 12 aos 24 anos doses diárias de pílulas coloridas que acreditava serem vitaminas, mas que eram químicos que destruíram sua coluna, de modo que hoje, para se manter ereta, é obrigada a vestir um colete especial; em 24 anos de dopagem sistemática, a dupla Manfred (Ewald e Hoppner) levou para a Alemanha Oriental 570 medalhas olímpicas, das quais 60 de ouro. O treinamento hipóxico (com baixo teor de oxigênio) é atualmente utilizado por velocistas, boxeadores e nadadores, e pode aumentar em até 40% o desempenho do atleta; atualmente, existem aparelhos que reduzem o ar em tendas fechadas, vendidas pela Internet; embora seu uso não seja proibido, pode-se considerar o treinamento hipóxico como uma espécie de droga.

Empalação - “Suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer.” (Dicionário Aurélio). Olavo de Carvalho, em seu artigo “O espírito da clandestinidade”, afirma: “O requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de `extirpar o cristianismo da face da terra`; esfolar prisioneiros, fechá-los numa tumba junto com cadáveres em decomposição, colocá-los na ponta de uma prancha e escorregá-los lentamente para dentro de uma fornalha, encostar na sua barriga uma gaiola sem fundo, com um rato dentro, e em seguida aquecer com a chama de uma vela o traseiro do rato para que, sem saída, ele roesse o caminho no corpo da vítima - eis alguns dos processos então documentados por uma comissão de investigação dos países aliados. (...) O canal dos exilados cubanos, TV Martí, exibe semanalmente uma procissão infindável de dedos cortados, orelhas arrancadas e olhos vazados que atestam a continuidade do leninismo nas prisões políticas de Havana.”

Estória-cobertura - Muito utilizada por espiões, terroristas e criminosos em geral, para encobrir as reais intenções, seja dentro ou fora do país. Consiste em simular uma atividade, p. ex., abrir um comércio, para encobrir a verdadeira atividade. Um exemplo clássico foi o caso de Olga Benário, que deixou o marido B. P. Nikitin na Rússia e acompanhou Luis Carlos Prestes ao Brasil, como se fosse sua mulher: “Olga Bergner Vilar”, casada com “Antônio Vilar”, para promover a Intentona Comunista, em 1935.

Falácia socialista - “Países subdesenvolvidos são sugados pelos países imperialistas”. Essa afirmação não se sustenta, como afirma Meira Penna, porque pode-se provar que a pobreza de uns não é devido à exploração de outros: a) A Suíça, a Suécia e a Noruega, países ricos, nunca tiveram colônias; b) A Bélgica e a Holanda se tornaram ricos após a II Guerra Mundial, quando haviam perdido suas colônias (Congo e Indonésia); c) Portugal é o país mais pobre da Europa, embora tivesse mantido por mais tempo extensos territórios coloniais; os países mais pobres da África são justamente os que nunca foram colonizados: Libéria e Etiópia (Meira Penna, in “O Evangelho Segundo Marx”). Pode-se acrescentar, ainda, que a África do Sul, se nunca tivesse sido colonizada, hoje Nelson Mandela, príncipe da etnia Xhosa, estaria empunhando tacape e trocando zarabatanadas com seus rivais zulus. Nunca teria se formado em Direito, nem governado o país. O Brasil, igualmente, sem a colonização européia, teria hoje o “progresso” de tupis, tapuias, botocudos e bororós.

Folhetos cubanos - Eram disseminados no Brasil pelo Movimento de Educação Popular (MEP), durante o Governo de João Goulart, e serviam de inspiração às Ligas Camponesas, de Francisco Julião, e aos Grupos dos Onze (G-11), de Leonel Brizola.

Foquismo - Teoria revolucionária, em que a revolução seria iniciada em pequenos núcleos (focos), para começar a guerrilha rural, com objetivo de dominar a nação. O foquismo foi sistematizado pelo revolucionário comunista francês Jules Debray, e defendida por Fidel Castro e Che Guevara. O PC do B tentou colocar em prática essa teoria na região do Araguaia. “O treinamento a brasileiros em Cuba continua até os dias atuais, embora somente no terreno político-ideológico, na Escola Superior Nico Lopez, do PC cubano, Escola Sindical Lázaro Peña, Escola de Periodismo José Martí, Escola da Federação de Mulheres Cubanas, Escola da Federação Democrática Internacional de Mulheres e Escola Nacional Julio Antonio Mella, da União da Juventude Comunista. Por essas escolas já passaram mais de 100 brasileiros. Todavia, o mais importante em tudo isso, é que a ida de qualquer brasileiro para fazer cursos em Cuba depende do aval do Partido Comunista Cubano, após entendimentos anteriores, de partido para partido. Atualmente, existem diversos brasileiros, militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra vêm recebendo, em Havana, treinamento em técnicas agrícolas, e outros matriculados na Faculdade Latino-Americana de Ciências Médicas. O site do Partido dos Trabalhadores oferece vagas e publica as condições definidas por Cuba para matrícula nessa Faculdade” (Huascar Terra do Valle, in “Histórias quase esquecidas”, site Mídia Sem Máscara, 10/2/2003).

Fórum Social Mundial - O I FSM foi uma reunião paralela ao Fórum de Davos (“Reunião anti-Davos”), ocorrida em Porto Alegre, RS, de 25 a 30 Jan 2001. Promovido pelo governo petista do Rio Grande do Sul (estadual e municipal), por entidades e cerca de 1.500 ONGs (500 do exterior), como Le Monde Diplomatique, ATTAC, CBJP (CNBB), CIVES, CUT, Ibase e MST, contou com a presença de intelectuais, como Emir Sader, Conceição Tavares, Frei Beto, Oscar Niemeyer, Danielle Miterrand e José Saramago; do embaixador cubano nas Nações Unidas, Ricardo Alarcón de Quesada; do líder da libertação da Argélia, Ahmed Ben Bella (que pregou a luta armada no Fórum); do ativista francês José Bové (que destruiu em 1999 uma lanchonete do McDonald’s na França e destruiu, durante o I FSM, uma plantação de soja da firma Monsanto, em Não-me-Toque, interior do Rio Grande do Sul, junto com Pedro Stédile, do MST, e o padre Thorlby, da Pastoral da Terra); de narcoterroristas das FARC (o ex-padre Olivério Medina, porta-voz das FARC, foi proibido de falar em público pela Polícia Federal, porém Javier Cifuentes, escoltado por 2 policiais da Brigada Militar, fez seu pronunciamento na PUC/RS, sob delirantes aplausos da platéia); de “militantes” do ETA; do ex-jogador de futebol, Raí. O FSM reuniu, ainda, o Fórum Parlamentar Mundial, o Acampamento Intercontinental da Juventude, o Acampamento Mundial dos Povos Indígenas (com homenagem à “Confederação dos Tamoios”, 1ª resistência indígena no Brasil, que durou 12 anos de guerra contra os portugueses – 1555-1567). Com custo de 2 milhões (1 milhão bancado pelo PT, ou seja, pelo contribuinte gaúcho – o Diário Oficial de 29/01/2001 publicou a relação de 163 convidados, que tiveram as passagens e a estada pagas pelo PT). Os ativistas de esquerda se reuniram, em tese, para combater o neoliberalismo e sua conseqüente globalização econômica, porém o objetivo principal é formar uma “quinta internacional comunista” para impor sua ideologia a todos os quadrantes do planeta. Nada como manter acesa a “práxis revolucionária” marxista, depois da queda do Muro de Berlim e do desmonte da URSS, quando o antagonismo “comunismo x capitalismo” foi substituído por “comutarismo x neoliberalismo” – maniqueismo sem o qual, parece, não consegue viver o pessoal da esquerda. O II FSM ocorreu no período de 31 Jan a 5 Fev 2002, em Porto Alegre, com 51.300 participantes de 131 países, 4.909 organizações, 2.620 sindicalistas, 170 índios e 35 ouvintes (dados da Folha de S. Paulo, 6 Fev 2002). Estiveram presentes no II FSM ícones da esquerda, como Frei Beto e Rigoberta Menchu, a indígena guatemalteca que recebeu um Prêmio Nobel da Paz por conta de uma mentira criada por ela. Ao II Fórum Social Mundial não compareceram os terroristas presentes no I FSM (FARC, ETA), nem Fidel Castro, pois, em um ano eleitoral para Presidente, não havia necessidade de expor muito o então tetracandidato “light” do PT, Luis Inácio da Silva (Lula-laite). O III FSM, realizado em 2003, reuniu 100.000 congressistas, 5.717 ONGs de 156 países, em torno de 1.300 seminários, conferências e oficinas, destinadas a “desconstruir a civilização cristã”. Participaram do evento expoentes da esquerda como Jean Ziegler, da Internacional Socialista; o lingüista norte-americano Noam Chomsky; o filósofo marxista húngaro István Mészáros, Emir Simão Sader; Frei Betto; o ex-frei Leonardo Boff; e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em discurso, antes de viajar para o Fórum de Davos, em 2003, afirmou: “O Fórum Social Mundial é o maior evento político realizado na História contemporânea. E eu não tenho dúvida nenhuma de que ele vai contribuir, de forma decisiva, para que a gente mude a História da Humanidade'.

Frades dominicanos - No início de 1968, houve várias reuniões no Convento dos Dominicanos do Bairro das Perdizes, em São Paulo, liderado por Frei Osvaldo Augusto de Rezende Júnior, congregando frades para tomada de posição política, que culminaria com a adesão do grupo ao Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) – que teve, ainda naquele ano, mudado seu nome para Ação Libertadora Nacional (ALN). Participaram das reuniões Frei Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Beto), Frei Fernando de Brito (Frei Timóteo Martins), Frei João Antônio Caldas Valença (Frei Maurício), Frei Tito de Alencar Ramos, Frei Luiz Ratton, Frei Magno José Vilela e Frei Francisco Pereira Araújo (Frei Chico). Frei Osvaldo, apresentando Marighela a Frei Beto, conseguiu a adesão ao AC/SP de todos os dominicanos que participaram das reuniões. Frei Beto também entrou em contato com a VPR por intermédio de Dulce de Souza Maia, nos meios teatrais, onde Frei Beto atuava como repórter da “Folha da Tarde”. A primeira tarefa que os dominicanos receberam de Marighela foi fazer um levantamento de áreas ao longo da Rodovia Belém-Brasília, para implantação de uma guerrilha rural. A área de Conceição do Araguaia, onde a ordem dominicana possuía um convento, foi assinalada no mapa como área prioritária, pois teria importante apoio logístico. O levantamento sócio-econômico da região foi feito com base no “Guia Quatro Rodas”, da Editora Abril. Esse trabalho passou a ser compartimentado, para aumentar a segurança, e os frades passaram a utilizar codinomes: Frei Ivo, o Pedro; Frei Osvaldo, o Sérgio ou Gaspar I, nos contatos que este tinha com Marighela; Frei Magno, o Leonardo ou Gaspar, era quem mantinha contato com Joaquim Câmara Ferreira; Frei Beto, o Vítor ou Ronaldo, ficou encarregado do sistema de imprensa e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do Agrupamento em São Paulo (o AC/SP se infiltrou na Editora Abril e no jornal “Folha da Tarde”, do Grupo Folha). Na “Folha da Tarde”, Frei Beto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (Diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de “documentos”, e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior. Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas). O AC/SP tinha assistência jurídica, composta de 3 advogados: Nina Carvalho, Modesto Souza Barros Carvalhosa e Raimundo Paschoal Barbosa. Quando procurado pela polícia, em São Paulo, Frei Beto, que havia ingressado no convento dos dominicanos, em São Paulo, em 1966, foi acobertado pelo Provincial da Ordem, Frei Domingos Maia Leite, e transferido para o seminário dominicano Christo Rei, em São Leopoldo, RS. Frei Beto foi preso no RS, onde atuava junto com a ALN para fuga de terroristas ao Uruguai.

Foro de São Paulo (FSP): criado em São Paulo, em julho de 1990, sob os auspícios do Partido Comunista de Cuba (PCC) e o Partido dos Trabalhadores (PT). É um movimento neo-socialista latino-americano, planejado por Fidel Castro, para adaptação das esquerdas à nova ordem mundial após a desintegração da União Soviética. Seus líderes são: Fídel Castro (Cuba), Luís Inácio da Silva, o “Lula” (Brasil) e Cuauhtémoc Cárdenas (México); outros expoentes do Foro, seguidores da “Teologia da Libertação”: ex-padre Leonardo Boff, Pedro Casaldáliga (Bispo de São Félix do Araguaia, MT), Werner Sienbernbrock (Bispo de Nova Iguaçu, RJ) e Samuel Ruiz Garcia (Bispo de San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México - um dos líderes do EZLN), além de Frei Beto, editor da revista America Libre, do FSP. O VI encontro do FSP, p. ex., ocorreu em San Salvador/El Salvador, em Jul 1996, quando reuniu 112 partidos políticos de mais de 20 países da região, 187 delegados, 52 organizações, 289 participantes, 144 organizações convidadas, 44 observadores e 35 grupos da América, Europa e África. No encontro realizado em Cuba, em 2001, o FSP apresentou projeto de estender a todos os países da América Latina os padrões de “liberdade de imprensa” existentes em Cuba. Veja Clero progressista, Fórum Social Mundial (FSM), Frades dominicanos, OLAS e Teologia da Libertação; leia “Que é o Foro de São Paulo?”, no site Mídia Sem Máscara (www.midiasemmascara.org), edição nº número 4, de 16 Out 2002, e acesse http://www.forosaopaulo.org.

G-11 - Grupo dos Onze, ou Grupo dos Onze Companheiros: “comandos nacionalistas”, que foram formados em todo o Brasil em 1963, a mando do ex-governador gaúcho Leonel Brizola. Os G-11 seriam o embrião do Exército Popular de Libertação (EPL). Um documento do Grupo afirmava que os G-11 seriam a “vanguarda do movimento revolucionário, a exemplo da Guarda Vermelha da Revolução Socialista de 1917 na União Soviética.” (Prova a ignorância de Brizola, pois em 1917 havia apenas a Rússia, não a URSS.) “... os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição”. Quando ocorreu a Contra-revolução de 1964, havia centenas desses Grupos espalhados em todo o País e tinham como missão eliminar fisicamente todas as autoridades do Brasil – civis, militares e eclesiásticas, como se pode ler nas “Instruções secretas” do EPL e seus G-11, no item 8, “A guarda e o julgamento de prisioneiros”: “Esta é uma informação para uso somente de alguns companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição”. (cfr. Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 112).

Grupo Goiano - Formado por sem-terra, é um grupo de extermínio atuante na região da Serra da Andorinha, Sul do Pará. Escondidos em cavernas e protegidos por densa vegetação, usam técnicas de guerrilha para enfrentar policiais, seguranças e/ou pistoleiros contratados por fazendeiros. Até Dez 2001, o grupo já havia matado 8 pessoas e perdido 3 homens. Misaque Silva, o “Lampião”, é o chefe do Grupo.

Guerrilheiros da pena - “Intelectuais” brasileiros e jornalistas, que espalham a mentira de que o desencadeamento da luta armada no Brasil teria sido uma resposta ao AI-5. A cronologia dos atos terroristas, perpetrados durante todo o ano de 1968, e em anos anteriores, desmente essa versão.

Irmãos para o Resgate - “Hermanos al Rescate”: ONG de exilados cubanos, criada por José Basulto, com sede em Miami, para auxiliar os “balseros” que fogem para os EUA. O jornal “El Nuevo Herald”, de Miami, EUA, em 02 Mar 1996 afirmava que já foram efetuadas mais de 1.750 missões de resgate, salvando pelo menos 3.000 “balseros”. Dois aviões Cessna 337 Skymaster da organização foram derrubados por caças Mig-29 da Força Aérea Cubana em 24 Fev 1996, ocasionando 4 mortes. A ação foi apoiada por um “comunicado” assinado pelos “guerrilheiros da pena” Fernando Morais, Chico Buarque, Frei Betto e outros simpatizantes do tirano em Cuba.

La Piñata - Conflito causado pela “expropriação” de cerca de 5.000 propriedades de nicaragüenses e estrangeiros, na Nicarágua, durante o Governo sandinista de Daniel Ortega (1979-1990), quando os guerrilheiros transferiram bens confiscados durante a Revolução para si próprios, a exemplo de Daniel Ortega, que se apropriou de uma mansão de US$ 1,5 milhão. O termo “piñata” refere-se à tradição mexicana de distribuição de presentes no fim das festas de crianças. O Brasil também criou sua “piñata”, ao retirar do erário cerca de R$ 4 bilhões para doar a familiares de terroristas mortos ou desaparecidos, além do “regalo” a terroristas vivinhos da silva, como José Genoíno e Dilma Rousseff.

Legenda Negra - Movimento contra a Igreja Católica na América Latina, que promove o retorno ao pelagianismo e ao paganismo religioso indígena e africano. Personagens influentes do movimento: Frei Beto, diretor da revista America Libre, órgão oficial do Foro de São Paulo (FSP), e Leonardo Boff. Este último empenha-se na implantação de “um cristianismo indo-afro-americano inculturado nos povos, nas peles, nas danças, nos sofrimentos, nas alegrias e nas línguas de nossos povos, como resposta a Deus” (na carta em que renuncia ao sacerdócio, em 29 Jun 1992). Ou seja, é a pregação do fim da Civilização Ocidental cristã, com a volta do ser humano a seu estado primitivo: canibalismo, magia negra, sacrifício de seres humanos etc.

Lei Helms-Burton - Lei norte-americana redigida pelo Senador Jesse Helms e pelo Deputado Dan Burton, ambos Republicanos, assinada por Bill Clinton em 12 Mar 96, entrou em vigor em 01 Ago 96. Prevê, entre outras coisas, sanções a países e empresas que possuam ou se beneficiem de propriedades de cidadãos americanos confiscadas pelo regime de Fidel Castro depois da Revolução Cubana (1959). Segundo a Casa Branca, mais de 100 empresas estrangeiras usam parte das 5.911 propriedades americanas nacionalizadas em Cuba.

Leoneira - Solitária ambulante, feita de 6 lados de grades de ferro, onde o preso não pode se deitar, nem ficar de pé. Tipo de tortura adotada em Cuba durante a ditadura de Fidel Castro, onde os presos são largados no teto do presídio, alternando altas temperaturas do sol durante o dia com baixas temperatura à noite. O escritor Pedro Juan Gutiérrez esteve preso em tal solitária.

Libro Blanco – O Libro Blanco del Cambio de Gobierno en Chile, de 11 de setembro de 1973, impresso e editado por Editorial Lord Cochrane, S.A., Santiago, Chile, documenta que uma das filhas de um sobrinho de Allende, líder do MIR, casou-se com graduado membro da embaixada cubana, Luís de Ona, que era responsável pelo Escritório de Havana para a coordenação da expedição de Che Guevara à Bolívia; documenta o ingresso de estrangeiros extremistas no país, calculado entre 10.000 e 15.000, muitos dos quais ocuparam cargos em empresas estatais, outros engajaram-se em diversos tipos de atividades revolucionárias, sob a proteção do serviço de investigação estatal; muitos destes foram mortos em ações de roubos ou se mataram com seus próprios explosivos; entre estes, havia asilados ou refugiados vindos do Brasil, Uruguai, Argentina, Peru, São Domingos, Nicarágua, Honduras etc.; “estudantes” ou “técnicos” vindos de empresas estatizadas da URSS, Tchecoslováquia, Alemanha Oriental; e “diplomatas” cubanos e norte-coreanos; documenta que em agosto de 1973, 1 mês antes do contragolpe de Pinochet, Fidel Castro mandou ao Chile 2 de seus maiores “especialistas” em organização de violência política: o 1º Ministro-Substituto, Carlos Rafael Rodriguez, e o Chefe da temida polícia secreta, Manuel Pineiro, o “Barbarroxa”, com a seguinte carta:

”Havana, 29 de julho de 1973

Querido Salvador

Com o pretexto de discutir contigo questões referentes à reunião de países não-alinhados, Carlos e Piñero realizam uma viagem para aí. O objetivo real é informar-se contigo sobre a situação e oferecer-te, como sempre, nossa disposição de cooperar frente às dificuldades e perigos que obstaculizam e ameaçam o processo. A estada deles será muito breve, porquanto têm aqui muitas obrigações pendentes e, não sem sacrificar seus trabalhos, decidimos que fizessem a viagem.

Vejo que estão, agora, na delicada questão do diálogo com a D. C. (Democracia Cristã) em meio aos graves acontecimentos, como o brutal assassinato de seu ajudante-de-ordens naval e a nova greve dos donos de caminhões. Imagino a grande tensão existente devido a isso e teus desejos de ganhar tempo, melhorar a correlação de forças para o caso de que comece a luta e, se possível, achar um caminho que permita seguir adiante o processo revolucionário sem guerra civil, junto com salvar tua responsabilidade histórica por aquilo que possa ocorrer.

Estes são propósitos louváveis.

Mas, no caso da oposição, cujas reais intenções não estamos em condições de avaliar daqui, empenhar-se em uma política pérfida e irresponsável exigindo um preço impossível de pagar pela Unidade Popular e a Revolução, o qual é, inclusive, bastante provável, não esqueças, por um segundo, da formidável força da classe trabalhadora chilena e do forte respaldo que te ofereceram em todos os momentos difíceis; ela pode, a teu chamado, ante a Revolução em perigo, paralisar os golpistas, manter a adesão dos vacilantes, impor suas condições e decidir de uma vez, se for preciso, o destino do Chile. O inimigo deve saber de que dispões do necessário para entrar em ação. Sua força e sua combatividade podem inclinar a balança na Capital a teu favor, inclusive, quando outras circunstâncias sejam desfavoráveis.

Tua decisão de defender o processo com firmeza e com honra, mesmo com o preço da própria vida, que todos te sabem capaz de cumprir, arrastarão a teu lado todas as forças capazes de combater e todos os homens e mulheres dignos do Chile. Teu valor, tua serenidade e tua audácia nesta hora histórica de tua pátria e, sobretudo, teu comando firme, decidido e heroicamente exercido, constituem a chave da situação.

Faz Carlos e Manuel saberem em que podem cooperar teus leais amigos cubanos.
Te reitero o carinho e a ilimitada confiança de nosso povo.

Fraternalmente,

Fidel.”

O Libro Blanco documenta, ainda, que Cuba foi o principal fornecedor de armamento a Allende, que o “presente” de Fidel Castro encontrado no apartamento do Diretor do Serviço de Investigação, Eduardo “Coco” Paredes, superava 1 tonelada de armamento sofisticado e munição; além do contrabando, o arsenal era aumentado com roubo de armamento do Exército e outras fontes, e guardados em local oficial “seguro”, como as residências oficiais do Presidente ou distribuídas a grupos paramilitares;
documenta a enorme quantidade de armamento apreendida na residência oficial de “El Cañaveral” e no Palácio de “La Moneda”, a saber: 147 fuzis semi-automáticos, 10 carabinas semi-automáticas, 10 carabinas Mauser, 1 carabina Winchester, 54 pistolas automáticas, 13 rifles, 28 pistolas semi-automáticas, 11 revólveres, 2 pistolas para disparo de bombas de gás lacrimogêneo, 3 metralhadoras, 9 lançadores de foguetes (modelo soviético), 2 canhões sem recuo, 1 morteiro, 58 baionetas para fuzis, 58 granadas de mão, 625 bombas caseiras, 832 bombas com alto poder explosivo, 68 lança-granadas, 236 minas antitanque, 432 bombas de gás lacrimogêneo, 12 lança-gás paralisante (tipo spray), 25.000 detonadores elétricos, 1.500 detonadores a mecha, 22.000 metros de estopim, 3.600 m de cordão detonante, 625 kg de cloreto de potássio, 50 caixas de dinamite, 250 kg de TNT, 750 coquetéis molotov, 230 litros de éter sulfúrico (elemento incendiário), mais de 80.000 carregadores de todos os tipos, e outros tipos de equipamentos.
Rendido no palácio de La Moneda, Allende concordou em sair com as filhas, porém elas saíram primeiro, ocasião em que Allende suicidou-se com um tiro debaixo do queixo com uma metralhadora presenteada por seu amigo Fidel Castro; tal fato foi presenciado por seu médico particular, Patricio Guijon Klein; sem o apoio da massa de trabalhadores, paramilitares estrangeiros extremistas organizaram sua própria revolta contra o novo governo militar; depois de alguns meses, 1.261 pessoas perderam a vida (sendo 82 membros das Forças Armadas); apesar do apoio cubano – confirmado por Fidel Castro mais tarde em um comício-show –, a esquerda foi severamente derrotada, já que não teve apoio popular.
Dado que 2.279 pessoas (incluindo 254 vítimas do terrorismo de esquerda) devam ter sido mortas em todo o período de 17 anos de regime militar, a metade dessas mortes ocorreram na curta guerra civil após a queda de Allende, não na subseqüente “repressão”.

Ligas Camponesas - As origens da organização dos camponeses datam da década de 1940, no trabalho do PCB, que estabeleceu as Ligas Camponesas. Essa atividade ressurgiu na década de 1950, em Galiléia, com a criação da Sociedade Agricultural de Plantadores e Criadores de Gado de Pernambuco, assistida por um ex-membro do PCB, José dos Prazeres, e depois com a formação de sociedades de direito civis e legais, que rapidamente se espalharam por todo o Nordeste, passando a uma rede de Ligas Camponesas – como eram chamadas pelos proprietários de terras, devido à sua origem da década de 1940. Francisco Julião foi o principal líder das Ligas, com atuação, especialmente, em Pernambuco, do então Governador Miguel Arraes, onde as Ligas colocavam fogo em canaviais e depredavam fazendas. No dia 27 Nov 1962, na queda de um Boeing 707 da Varig, quando se preparava para pousar em Lima, Peru, estava entre os passageiros o Presidente do Banco Central de Cuba, em cujo poder foram encontrados relatórios de Carlos Franklin Paixão de Araújo, filho do advogado comunista Afrânio Araújo, o responsável pela compra de armas para as Ligas Camponesas. Os relatórios detalhavam os atrasos dos preparativos para a luta no campo, acusava Francisco Julião e Clodomir Morais de corrupção e malversação de recursos recebidos. Esses documentos chegaram às mãos do Governador Carlos Lacerda, da Guanabara, que fez vigorosa campanha na imprensa, denunciando a interferência cubana em nosso País. No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou ainda as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. A revista 'Veja', de 24 Jan 2001, sob o título 'Qué pasa compañero?', faz uma análise centrada na tese de doutorado da pesquisadora Denise Rollemberg, da UFRJ, a qual afirma que 'o primeiro auxílio de Fidel foi no Governo João Goulart, por intermédio do apoio às Ligas Camponesas, lendário movimento rural chefiado por Francisco Julião. (...) O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, para funcionar como campos de treinamento.' Após a Contra-revolução de 1964, as Ligas Camponesas, de inspiração comunista, foram dissolvidas, e Julião obteve asilo no México.

Livro Negro do Comunismo, O - Le livre Noir du Communisme, escrito por 6 historiadores europeus, com acesso a arquivos russos, relata o Holocausto Vermelho que assolou todo o planeta no século XX, com mais de 100 milhões de mortos (muito superior ao holocausto nazista): China: 65 milhões de mortos; União Soviética: 20 milhões; Coréia do Norte: 2 milhões; Camboja: 2 milhões; África: 1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique; Afeganistão: 1,5 milhão; Vietnã: 1 milhão; Leste Europeu: 1 milhão; América Latina: 180 mil entre Cuba, Nicarágua, Colômbia e Peru (este último número, já de há muito superado, devido à continuação da matança feita pelas FARC e pelo ELN, na Colômbia); Movimento Comunista Internacional (MCI) e Partidos Comunistas no poder: 10 mil.

LOC - Liga Operária e Camponesa: tem origem no MR-8, que se notabilizou pelo seqüestro do Embaixador Americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Em Mar 1995, os líderes da atual LOC romperam com o MR-8, pela sua aproximação com o PMDB, e no mês de setembro do mesmo ano reorganizam o Partido Comunista Revolucionário (PCR). Em 1997, uma dissidência do PCR funda a LOC, liderada pelo ex-metalúrgico Albênzio Dias. A LOC se notabilizou, em 1999, à frente de um grupo de sem-tetos contra a Polícia Militar, em uma área invadida em Betim, MG. A LOC criou uma ONG para arrecadar dinheiro para a guerrilha, o Instituto de Educação do Trabalhador (IET), entidade que recebeu R$ 9,96 milhões do Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT) no período de 1996 a 1999. Os ideólogos da LOC são: Marx, Lenin, Mao, Abimael Guzmán (Sendero Luminoso), Che Guevara, Regis Debray (autor de “Revolução dentro da revolução?”).

“Loucademia” - Disputa ideológica ocorrida dentro da Academia Brasileira de Letras (ABL), contra Roberto de Oliveira Campos. No primeiro episódio, os esquerdistas da ABL (Antonio Houaiss, Dias Gomes, Antônio Callado, Nélida Piñon, João Ubaldo Ribeiro) “bombardearam”, sem sucesso, o prêmio concedido a Roberto Campos, pelo seu livro “Lanterna na Popa”, em detrimento de “Chatô”, de Fernando Morais. No segundo episódio, a ex-mulher de Dias Gomes ameaçou retirar os restos mortais do marido do mausoléu da ABL, no cemitério de Botafogo, Rio de Janeiro, em protesto contra a eleição de Roberto Campos para a cadeira da ABL antes ocupada por Dias Gomes.

MEB - Movimento de Educação de Base: organização criada pela Igreja Católica, financiada pelo Governo João Goulart e administrada por militantes de esquerda católica, muitos dos quais eram membros da Ação Popular (AP). Baseado nas idéias marxistas de Paulo Freire – autor do livro “Pedagogia do Oprimido”, o MEB funcionava através de escolas radiofônicas, sob a direção de um líder local (padre ou camponês), em contato com as Ligas Camponesas. Atualmente, o MEC infestou as escolas brasileiras com livros didáticos esquerdistas, que satanizam o Capitalismo e veneram o Comunismo, fato denunciado por Ali Kamel no artigo O que ensinam às nossas crianças, texto disponível em http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,182,sid,1,ch.

Medalha Chico Mendes - Medalha Chico Mendes de Resistência, do Movimento Tortura Nunca Mais (MTNM): concedida pelo MTNM a comunistas que tentaram a tomada do poder no Brasil no período pós-1964 (a exemplo de Maria Lúcia Petit), a militantes atuais que ainda sonham implantar no Brasil a “Ditadura do proletariado” (a exemplo de João Pedro Stédile, um dos líderes do MST) e a personalidades comunistas em geral (como Oscar Niemeyer e outros).

MEP - 1. Movimento de Educação Popular. O MEP disseminava no Brasil, durante o Governo de João Goulart, folhetos cubanos sobre a técnica de guerrilhas. Esses folhetos foram utilizados pelos G-11, de Brizola, e pelas Ligas Camponesas, de Francisco Julião. Veja Folhetos cubanos, G-11, Ligas Camponesas e MEB. 2. Movimento pela Emancipação do Proletariado: fração bolchevique da POLOP.

MNR - 1. Movimento Nacionalista Revolucionário: organizado por Leonel Brizola, João Goulart e outros exilados no Uruguai. Brizola era o líder idealizado por Fidel Castro para a Revolução no Brasil, devido a seu nacionalismo antiimperialista. Após a Contra-revolução de 1964, por intermédio de Lélio Telmo de Carvalho, o grupo de Brizola no Uruguai obteve ajuda de Cuba: treinamento de guerrilha e auxílio financeiro de mais de 1 milhão de dólares; o primeiro “pombo-correio” enviado a Cuba foi Herbert José de Souza, o “Betinho”, seguido de Neiva Moreira e do ex-coronel do Exército, Dagoberto Rodrigues (na Tricontinental, Brizola enviou Aloísio Palhano, ex-membro do CGT). Pressionado por Cuba, para justificar os recursos financeiros, Brizola criou em 1966 o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), para implantar a guerrilha no campo. O MNR articulou a “Guerrilha do Caparaó”, na região do Pico da Bandeira, em Minas Gerais, onde todos os integrantes foram presos em 1967 (depois de serem denunciados às autoridades, por abaterem reses), antes mesmo de desencadear qualquer tipo de ação terrorista. Brizola não contratou advogados para os presos e não prestou conta dos dólares cubanos, sendo chamado por Fidel Castro de “El Ratón”. Os remanescentes desse grupo uniram-se à esquerda da POLOP para criar a VPR. Veja Brizoleone, Foquismo, OLAS e “El Ratón”. 2. Movimiento Nacional(ista) Revolucionario (El Salvador). 3. Milicias Nacionales Revolucionarias (Cuba). 4. Movimiento Nacionalista Revolucionário (Espanha). 5. Mozambique National Resistance Movement.

MOLIPO - Movimento de Libertação Popular: grupo terrorista de linha castrista, surgiu de uma dissidência dentro da Ação Libertadora Nacional (ALN), em 1971, e foi fundado pelo Serviço Secreto de Cuba. José Dirceu, Presidente do Partido dos Trabalhadores, foi um de seus integrantes. O MOLIPO era formado em sua maioria por integrantes do chamado “III Exército da ALN”, ou seja, de militantes com curso de guerrilha em Cuba. No dia 5 Jan 1972, ao ser montado pelos Órgãos de Segurança uma “campana” junto a um carro roubado num estacionamento de Santa Cecília, centro de São Paulo, um homem de origem japonesa, ao receber ordem de prisão, reagiu e foi morto. Sua identidade era falsa, com o nome de Massahiro Hakamura; após buscas nos arquivos datiloscópicos, a polícia descobriu que era Hiroaki Torigoe, um dos membros do Comando Nacional do MOLIPO. Em janeiro foram neutralizados dois pontos de apoio do MOLIPO: em Vanderlândia, GO, e em Santa Maria da Vitória, que estava sendo “trabalhado”. No dia 18 de janeiro, 3 militantes do MOLIPO, fugindo de uma caçada policial, roubaram um outro carro para prosseguir na fuga, matando seu ocupante, o 1º sargento da PM/SP, Thomas Paulino de Almeida. Na cidade de Paraíso do Norte, GO, no dia 15 Fev 1972, foi morto outro militante do MOLIPO, Arno Preis, que portava documentos falsos, com o nome de Patrick McBundy Comick, o qual matou, quando convidado a comparecer na Delegacia Policial, o soldado PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira, ferindo gravemente outro militar, Gentil Ferreira Mano. No dia 27 de fevereiro, Lauriberto José R. e Alexandre José I. V. travaram tiroteio com a polícia em Tatuapé, São Paulo, matando o funcionário aposentado Napoleão Felipe Biscalde, e sendo mortos pela Polícia.

Movimento de Massa - “Os movimentos totalitários são possíveis onde existem massas que, necessariamente, não são organizados, muitas vezes indivíduos neutros e politicamente indiferentes, que não podem organizar-se dentro de partidos políticos, governos municipais, organizações profissionais ou sindicatos” (Hannah Arendt, in “The Origins of Totalitarianism”). Em 1928, os nazistas obtiveram em torno de 800.000 votos, em 1930 6.500.000 e nas eleições de 1932 aproximadamente 14.000.000. “No aspecto psicológico, a classe média alemã estava ofuscada pelos operários e pela alta burguesia, cujos sindicatos, cartéis e partidos passaram a ser o alvo das atenções. O empobrecimento psicológico da classe média inferior precipitou o sentimento de insegurança – solo fértil para o protesto do movimento de massas, a desforra nazista” (Lasswell, in “Psychology of Hitlerism”). Atualmente, o MST é o mais importante movimento de massa do Brasil, consegue mobilizar, num mesmo dia, milhares de pessoas em todas as capitais do país, muitas vezes o efetivo igual ou superior ao das Forças Armadas brasileiras.

MPL - 1. Movimento Popular de Libertação: no início de 1966, na Argélia, Miguel Arraes e vários correligionários (os irmãos Sílvio e Marcos Correira Lins, o advogado Djaci Florêncio Magalhães, o ex-Ministro Almino Afonso, Roberto las Casas, o ex-padre Rui Rodrigues da Silva e Piragibe Castro Alves) se reuniram para criar uma frente “antiimperialista” no Brasil. Em abril de 1966, por ordem de Arraes, retornaram ao Brasil Marcos Correia Lins e Piragibe Castro Alves, levando cartas para políticos de oposição, como o ex-Governador Mauro Borges e o Deputado Federal Márcio Moreira Alves; o motivo era arregimentar os descontentes com a Contra-revolução de 1964. Em 12 Mai 1968, em São Paulo, foi realizada a reunião de fundação do MPL, com a participação de Márcio Moreira Alves, Frei Chico, Marcos Correia Lins, Miguel Newton (primo de Arraes), Djaci F. Magalhães, Piragibe C. Alves, Raimundo Monteiro Alves Afonso (irmão de Almino Afonso) e os metalúrgicos Vitalbino Ferreira de Souza e Joaquim Arnaldo de Albuquerque. Segundo Luís Mir (op. cit.), o MPL foi fundado no dia 13 Mai 1967, na fazenda do ex-Deputado Márcio Moreira Alves, em Santa Luzia, MG. A 1ª fase do MPL seria a unificação das oposições ao Governo Federal e a 2ª fase seria o desencadeamento da luta armada. O MPL estabeleceu contatos com o PCB (Luís Ignácio Maranhão Filho e Ercildo Pessoa), com a AP (Marcos Arruda) e com os frades dominicanos ligados a Marighela. Um outro alvo do MPL era estabelecer contato com José Porfírio, da “Guerrilha” de Trombas e Formoso, GO, que o MPL julgava capaz de desencadear uma guerrilha rural em extensa área a leste do rio Tocantins, nos Estados de Goiás e Maranhão. Devido à dificuldade de arregimentar quadros, Arraes funda com Bayard Boiteaux e Márcio Moreira Alves a Frente Brasileira de Informações (FBI), em Paris. O MPL não prosperou, mas a FBI alcançou seus objetivos de difamar os Governos militares do Brasil. Veja Clero progressista, Frades Franciscanos e Frente Brasileira de Informações (FBI). 2. Movimento de Pressão Libertadora. 3. Montonero Patria Libre: surgida em 1986 pela união da Unión Revolucionaria de la Juventud Ecuatoriana (URJE), ex-militantes dos Comandos Revolucionarios de Liberación (CRL) e ex-militantes de AVC (Equador).

MR-8 - Movimento Revolucionário 8 de Outubro: o 1º MR-8 (ex-DI/Niterói e ex-Movimento Revolucionário de Libertação Nacional – MORELN), de aproximadamente 40 pessoas, desde os fins de 1967, havia selecionado o Sudeste do Paraná como área de um foco guerrilheiro. No início de 1968, inseriu um grupo de militantes nas matas do Parque Nacional do Iguaçu. Em agosto de 1968, um dos integrantes deu um desfalque no Banco Mercantil de Niterói, onde trabalhava; com os recursos, o MR-8 montou um “aparelho” em Curitiba e adquiriu 2 sítios, um próximo a Cascavel, PR, outro em Banhadão, próximo de Matelândia, PR. Com a prisão de um dos militantes, após acidente de trânsito, foram capturados outros subversivos em Laranjeiras do Sul, PR, e em aparelhos do Rio, Niterói e Curitiba. O 2º MR-8 celebrizou-se pelo seqüestro do Embaixador Americano Charles Burke Elbrick, em 1969, fato que deu origem ao livro “O que é isso, companheiro?”, de Fernando Gabeira (um dos seqüestradores), e filme de mesmo nome que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1998. O nome “MR-8” é uma homenagem à data de 8 Out 1967, data da morte de Ernesto “Che” Guevara na Bolívia. No início, o MR-8 era conhecido como “DI da Guanabara”, ou seja, Dissidência da Guanabara do PCB. Gabeira foi um dos terroristas soltos em troca da libertação do Embaixador alemão Von Hollenben, seqüestrado pela VPR, em 1970; posteriormente, Gabeira fez curso em Cuba. No dia 2 Abr 1971, em um “aparelho” de Campo Grande, Rio de Janeiro, foram mortos 2 terroristas do MR-8, Mário de Souza Prata e sua amante, Marilena Villas-Boas Pinto, depois desta ter matado o major do Exército José Júlio Toja Martinez Filho. Hoje, os nomes dos dois facínoras – Marilena e Mário Prata, respectivamente – foram emprestados aos DCEs da Universidade Santa Úrsula e da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

MR-26 - Movimiento Revolucionario 26 de Julio (Cuba): grupo rebelde, sob liderança de Fidel Castro, fracassou, em 26 Jul 1953, na tomada de uma unidade do Exército de Moncada, em Santiago de Cuba. Fidel Castro foi preso e depois anistiado, exilando-se no México. Em 1959, o MR-26 marchou sobre Havana, enquanto Fulgêncio Batista havia renunciado e se refugiado na República Dominicana.

MRTA - Movimento Revolucionário Tupac Amaru: a organização terrorista tem origem na APRA-Rebelde, facção dissidente do Partido Aprista Peruano. Em 1780, José Gabriel Condorcanqui - Túpac Amaru II - levantou-se contra a Coroa espanhola; o movimento tem como heróis, ainda, Don José de San Martin e Simón Bolívar. Movimento revolucionário tradicional marxista-leninista, com influência castrista-guevarista, nacionalista e antiimperialista, foi fundado em 1983 e tem como objetivo livrar o Peru do “imperialismo” e estabelecer um regime marxista. Promove ajuda ao ELN da Bolívia. O MRTA deu início à sua guerra revolucionária com o ataque ao posto policial de Villa el Salvador, Lima, em 22 Jan 1984. O grupo terrorista visava alvos estatais, como membros das Forças de Segurança, altas autoridades e patrimônio público; líder principal: Victor Polay Campos, “Rolando”, que foi capturado em 03 Fev 1989 e fugiu da prisão Castro Castro, em Lima, através de túnel, com mais 46 detentos, em Jul 1990. Em 17 Dez 96, o MRTA invade a casa do Embaixador japonês em Lima, Peru, Morihisa Aoki, durante uma recepção, e faz cerca de 600 reféns (o imperador japonês Akihito aniversaria no dia 18 Dez). Vestidos com roupa negra tipo militar, botas e com os rostos cobertos por panos nas cores vermelha e branca com as siglas do MRTA, os terroristas (12 homens e 2 mulheres) estavam armados com pistolas, fuzis automáticos, granadas e até armamento antitanque. Os rebeldes exigem a libertação de 400 presos políticos. Todas as mulheres em poder dos guerrilheiros, incluindo a irmã e a mãe do Presidente peruano Alberto Fujimori, são soltas. Em 20 Dez 1996, é solto o Embaixador brasileiro no Peru, Carlos Coutinho Peres. Em 22 Abr 1997, forças militares e policiais peruanas invadem a Embaixada e libertam todos os 72 reféns que permaneciam em poder dos terroristas (1 refém morre posteriormente) e matam todos os 14 guerrilheiros, incluindo o líder do grupo, Nestor Cerpa Cartolini; 02 militares peruanos perdem a vida na operação. O Governo Fujimori é acusado de execuções extrajudiciais dos 14 terroristas que tomaram a Embaixada.

MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra: foi fundado em 1984 em Cascavel, PR, com a realização do I Encontro Nacional dos Sem-Terra, depois das ocupações de terras no RS, SC, PR, SP e MS (durante os anos de 1979 a 1983). O trabalho pastoral da CPT foi decisivo para o seu nascimento (apoio principalmente da “Igreja progressista” - católicos e luteranos). O movimento, em sua origem, tinha inegável apelo social, por querer terra para quem quer produzir. O antigo lema “ocupar, resistir, produzir” foi substituído posteriormente por um contínuo enfrentamento da ordem pública, pois seus líderes desejam assumir o poder para lançar uma revolução socialista no país (Che Guevara, Mao Tsé-Tung, Marighela, Marx têm seus nomes ou retratos em todos os acampamentos, incluindo escolas – aliás, Che Guevara é o patrono do MST, há até uma canção famosa, Companheiros de Guevara, de Ademar Bogo). O MST é um Estado à parte, dentro do Estado brasileiro, promovendo atos de vandalismo (como o ocorrido na Fazenda Rio Verde, em Itararé, SP, em 1998) e de banditismo, com saques de caminhões com alimentos nas estradas, especialmente no Nordeste, ocupação de prédios públicos e bancos, onde tomam pessoas como reféns. O Governo Federal mostra-se alheio a esse solapamento da ordem econômica e social, e as Polícias Militares têm medo de executar mandados judiciais de reintegração de posse, para evitar a ocorrência de novos “Eldorados do Carajás”, já que o MST se utiliza de táticas de guerrilha para defesa das terras ocupadas, colocando crianças e mulheres (às vezes grávidas) na “frente de batalha”. Com essa tática de “guerrilha desarmada” - às vezes nem tanto -, promovendo a “pedagogia do gueto”, com cartilhas que pregam a desobediência às leis e incitam à revolução, o MST forma os “balilas” da atualidade (Leia “A pedagogia do gueto”, jornal O Estado de S. Paulo, 11 Jun 1998). “De acordo com os ideais socialistas e coletivos, calcados no princípio da solidariedade, o projeto educacional do MST tem como base teórica Paulo Freire, Florestan Fernandes, Che Guevara, o cubano José Martí, o russo A. Makarenko e clássicos como Marx, Engels, Mao Tsé-Tung e Gramsci” (revista “Sem Terra”, Out-Nov-Dez 1997, pg. 27). A mesma revista do MST afirma, na pg. 28, que existem 50.000 crianças distribuídas em 1.000 escolas primárias e 1.800 professores em acampamentos e assentamentos. O MST está na contramão da produção agrícola: nos EUA, um dos maiores produtores de gêneros alimentícios do mundo, devido à sua alta tecnologia, têm menos de 2% de sua força de trabalho ocupada na agricultura. O MST está para o Partido dos Trabalhadores (PT) assim como o ETA está para o Partido Nacionalista Basco (PNB), da Espanha - a exemplo do ocorrido com o Coordenador do MST no Centro-Oeste, Gilberto Portes, que depois de atropelar e matar a Sra. Marieta Gontijo Barcelos, em Brasília, em cima de uma faixa para pedestre, no ano 2000, fugiu do local e escondeu o carro na vaga de garagem de um prédio ocupada pelo Deputado do PT/RS, Adão Preto. O MST recebeu o prêmio Rei Balduíno, em Bruxelas, no dia 19 Mar 1997 (aniversário do “massacre” de Eldorado do Carajás). Frei Beto, antigo integrante da ALN terrorista de Marighela, é hoje consultor do MST. Um dos ideólogos do MST, Dom Pedro Casaldáliga, foi um dos singnatários de um documento do megaespeculador, George Soros, que pediu à Assembléia-Geral das Nações Unidas, através do seu Centro Lindesmith (ONG pró-legalização das drogas) o fim da guerra às drogas (Cfr. MSIA, 2ª quinzena de 1998, Vol VI, nº 1) O MST recebe recursos do Governo Federal, através do INCRA (nos 8 anos do governo FHC, o programa de assentamento rural consumiu em torno de R$ 20 bilhões), das Cooperativas de Produção Agrícola (CPA), dos assentamentos (famílias assentadas contribuem, compulsoriamente, em dinheiro e em produtos – cerca de 3%), ONGs (Brot für die Welt, Misereor - Alemanha; Vaslenktie-Cebeno - Holanda). Publicações do MST: Revista Sem Terra e Jornal dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. No dia 23 Mar 2002, integrantes do MST invadiram a fazenda dos filhos do Presidente Fernando Henrique Cardoso, localizada em Buritis, MG. Veja Adestramento, Autoritarismo falangista, Balilas, Filhos da Loba, Governo paralelo, Guerra de Movimento, Guerra de Posição, INTEMO, Movimento de massa, Novilíngua, Revolução e Terrorismo. Leia “Revolução na Escola” (revista “Istoé” nº 1498, de 17/6/1998, pg. 63 a 67) e acesse www.mst.org.br e www.sanet.com.br/~semterra.

Novilíngua - “Um dos objetivos da ‘novilíngua’ (vide Orwell) é apagar as emoções e tornar tudo pasteurizado, anódino, sem emoção. Os sentimentos devem ser varridos para debaixo do tapete” (Fritz Utzeri, in “O politicamente correto”). “George Orwell escreveu seu memorável romance ‘1984’ para protestar contra a revolução semântica perpetrada pelas ideologias coletivistas da sua época, sobretudo o comunismo. A perversão da linguagem e da lógica por regimes totalitários levou o grande escritor inglês a inventar um termo para esse controle político-ideológico das palavras e do raciocínio: newspeak. No Brasil de hoje, subjugado pela mesma ideologia contra a qual Orwell lutou, naturalmente não há falta de colunistas e acadêmicos versados no uso do newspeak, autênticos virtuoses nessa arte nefasta. O articulista do JB Emir Sader não é um desses virtuoses. Seu estilo primitivo carece de sutileza, embora não se possa negar que ele se esforce. De toda maneira, é uma pena que ninguém tenha tido a idéia de criar um software específico para a tradução do newspeak, o que facilitaria muito o trabalho de quem deseja inferir o verdadeiro intuito de autores oblíquos em seus textos melífluos” (Alceu Garcia in “Decifrando Emir Sader”, publicado em 18 Mar 2002 no site de Olavo de Carvalho - www.olavodecarvalho.org). Vale acrescentar, dentro do conceito da “novilíngua”, que comunista não rouba, apenas “expropria” o que é dos outros; comunista não mata, apenas “faz justiçamento”.

OCLAE - Organização Continental Latino-Americana de Estudantes: fundada em 1966, em Havana, Cuba, como centro de irradiação comunista no continente. Através da luta armada, tinha por objetivo implantar o Comunismo internacional, organizando escolas de guerrilhas em Cuba, para preparar futuros guerrilheiros. Em 1967, organizou-se em Cuba a Conferência OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade), com a presença de Carlos Marighela, do Brasil, e Salvador Allende, Senador do Chile; após esses eventos, surgiram no Brasil a ALN, a FALN, a FELA, o MRT, a AP, a VPR, o COLINA, a VAR-Palmares (fusão da VPR + COLINA); a REDE (Resistência Democrática) apareceu em 1969.

OLAS - Organización Latinoamericana de Solidaridad: no dia 16 Jan 1966, 1 dia após o término da Tricontinental, em Havana, Cuba, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, proposta por Salvador Allende. O terrorista brasileiro Carlos Marighella foi convidado oficial para a Conferência da OLAS em 1967. Ola, em espanhol, significa “onda”, seriam, pois, ondas, vagalhões de focos guerrilheiros espalhados por toda a América Latina, como disse o próprio Fidel Castro: “Faremos um Vietnã em cada país da América Latina”. Após a Conferência, começam a surgir movimentos guerrilheiros em vários países da América Latina, principalmente no Chile, Peru, Colômbia, Bolívia, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. A OLAS, substituída pela JCR, tem sua continuidade no Foro de São Paulo (FSP) e no Fórum Social Mundial (FSM).

Onagro - Termo utilizado por Jacques Vindex e Gabriel Veraldi a respeito das “caixas de ressonância” ocidentais na análise dos “agentes influenciadores soviéticos de Lenine a Gorbachev”. Segundo os dicionários, Onagro é: 1. Espécie de burro de grande porte; 2. Máquina de guerra que serve para destruir muralhas. “Os autores aobservaram, em 1988, que ‘a URSS tem necessidade de lavar a sua psico-estratégia tal como a Máfia de lavar o seu dinheiro sujo. O recuo tático dos noventa partidos comunistas atingiu, numa primeira linha, as organizações de fachada’. A sua análise não foi contestada e não será desinteressante reproduzir aqui a lista que eles forneciam três anos antes da queda do regime comunista, perguntando-nos de que se ocupam hoje estas organizações:
1. Conselho Mundial da Paz (Helsinqui);
2. Federação Sindical Mundial (Praga);
3. Organização de Solidariedade com os Povos Afro-Asiáticos (Cairo);
4. Federação Mundial da Juventude Democrática (Budapeste);
5. União Internacional dos Estudantes (Praga);
6. Instituto Internacional da Paz (Estocolmo);
7. Organização Internacional dos Jornalistas (Praga);
8. Conferência Cristã para a Paz (Praga);
9. Federação Internacional Democrática das Mulheres (Berlim Leste);
10. Federação Internacional dos Advogados Democráticos (Bruxelas);
11. Conferência Asiática e Budista para a Paz (Ulan Bator, URSS);
12. Organização de Solidariedade com os Povos da África, Ásia e América – a famosa ‘Tricontinetal’ (Havana);
13. Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos (Londres)” (Vladimir Volkoff, op. cit., pg. 144-5).

Onagreens - São os antigos “onagros” vermelhos, hoje convertidos para “verdes”, que são tanto os políticos dos partidos verdes, quanto as ONGs ditas preservacionistas (Greenpeace e similares).

Operação Abutre – O PT e outros comunas sempre criticaram a Operação Condor, realizada pelos governos militares latino-americanos para combater a Peste Vermelha vinda de Cuba e da URSS. Com Lula, foi criada a Operação Abutre, em que o ex-torneiro mecânico se transformou em capitão-do-mato, caçou os boxeadores cubanos que haviam fugido da vila dos Jogos Pan-Americanos, Rio de Janeiro, 2007, e os entregou à sanha do Abutre do Caribe, Fidel Castro.

Operação Drogas - Lançada pela China e depois copiada pela URSS na década de 1960, para levar os jovens e as crianças do Ocidente ao vício. Desde o fim da década de 1960, o consumo de drogas aumentou de forma alarmante em todo o mundo Ocidental. O haxixe, a maconha, a cocaína, a heroína, o ópio e o LSD tornaram-se drogas comuns. Os quinta-colunas vermelhos também introduziram as drogas entre os soldados americanos que combatiam no Vietnã, acarretando uma investigação das autoridades para afastamento dos viciados. Teria sido uma vingança da China, que havia sido derrotada pelo Reino Unido na chamada “Guerra do Ópio”?

Operação Thomas Mann – Versão mentirosa da participação dos norte-americanos na Contra-revolução brasileira de 1964. Os documentos foram forjados pela espionagem tcheca que, em 1964, atuava pela KGB no Brasil. Essa mentira, chamada “Operação Thomas Mann” foi montada por Ladislav Bittman, que chefiava o serviço de desinformação da Tchecoslováquia. Em seu livro “The KGB And Soviet Disinformation”, publicado em Washington, Bittman declara: “queríamos criar a impressão que os Estados Unidos estavam forçando a Organização dos Estados Americanos (OEA) a tomar uma posição mais anticomunista, enquanto a CIA planejava golpes contra os regimes do Chile, Uruguai, Brasil, México e Cuba” (...) “A Operação foi projetada para criar no público latino-americano uma prevenção contra a política linha dura americana, incitar demonstrações mais intensas de sentimentos antiamericanos e rotular a CIA como notória perpetradora de intrigas antidemocráticas”.

“Ópio dos intelectuais” - L’Opium des Intellectuels (ou seja, o Comunismo) é um livro escrito por Raymond Aron em 1954, o qual não compreendia o apoio que os intelectuais davam ao regime comunista da URSS, onde as liberdades individuais estavam sob implacável censura e a criação intelectual submetida aos censores do Partido Comunista. O autor chocava-se ao ver os intelectuais franceses serem críticos duros com as falhas da democracia, mas indulgentes com os crimes praticados pelo Estado soviético. O termo é uma analogia à expressão “ópio do povo”, de Karl Marx.

Orçamento Participativo - Mecanismo de manipulação política, através do qual o Partido dos Trabalhadores (PT) busca aprofundar a estratégia revolucionária leninista conhecida como “Dualidade do poder”. As organizações sociais e de bairro, à primeira vista voluntárias, com representantes ritualmente eleitos, são na realidade cooptadas pelo Partido-Governo. As decisões do “Orçamento Participativo” são tomadas não pela população das regiões em que se dividem a Capital e o Estado (caso do Rio Grande do Sul), mas pelos ativistas do Partido e pelos “quadros políticos do governo”, municipal e estadual, remunerados com dinheiro público, que também “monitoram” os debates, sob controle do Partido. Com isso, os ativistas do PT buscam progressivamente solapar e esvaziar a autoridade dos corpos legislativos. Tarso Genro reconheceu que o “Orçamento Participativo” foi concebido para operar uma “transferência de poder para a classe trabalhadora organizada” e substituir gradativamente “a representação política tradicional, vinda das urnas, pela democracia direta”, acrescentando que esse mecanismo político havia sido constituído sobre “princípios gerais, originários da Comuna de Paris e dos sovietes” (in “Totalitarismo Tardio – o caso do PT”, de José Giusti Tavares e outros; pelo conteúdo do livro, Tavares foi processado pelo PT do Rio Grande do Sul). Segundo dados oficiais, apenas 1,3% da população comparece às assembléias do “Orçamento Participativo” de Porto Alegre, RS. Com esse número reduzido de petistas, que se reúnem com qualquer número, debatem e decidem sem qualquer regra fixa, o PT pretende substituir a democracia representativa municipal de 33 vereadores, cujos mandatos foram obtidos com o coeficiente eleitoral de 22.750 votos. A Constituição do Estado do Rio Grande do Sul enuncia, no Art 5º, Parágrago 1º, o princípio de que “é vedada a qualquer dos poderes delegar atribuições.”

OSPAAAL - Organização de Solidariedade aos Povos da Ásia, África e América Latina: Conferência Tricontinental de Havana, que propunha realizar programas de cooperação de guerrilhas revolucionárias para a África, Ásia e América Latina. “A luta revolucionária armada constitui a linha fundamental da revolução na América Latina. Para a maioria dos países do continente o problema de organizar, iniciar, desenvolver e culminar a luta armada constitui hoje a tarefa imediata e fundamental do movimento revolucionário.” – Resolução da I Conferência da OSPAAAL, Havana, 28 Jul a 5 Ago 1967. Iniciada a luta revolucionária por Che Guevara na Bolívia, A OCLAE, a OLAS e OSPAAAL foram os germes dos movimentos guerrilheiros instalados na América Central (especialmente na Nicarágua, El Salvador e Guatemala), na Colômbia (que até hoje sofre com o terror das FARC e do ELN), na Bolívia (onde morreu Che Guevara), no Peru (onde o Presidente Fujimori praticamente extinguiu o Sendero Luminoso e o MRTA), no Chile (onde Pinochet evitou que a política marxista de Salvador Allende levasse o país ao comunismo), no Brasil (onde surgiram dezenas de movimentos, como a ALN, o MR-8, a VPR, o COLINA), na Argentina (com os Montoneros) e no Uruguai (com os Tupamaros).

“Ouro de Moscou” - Dinheiro remetido pela União Soviética a organizações comunistas e simpatizantes do Brasil, como o PCB e a UNE. Luis Carlos Prestes era “funcionário” do Komintern, recebia salário regular de Moscou, que prestou apoio financeiro a ele e a outros facínoras para deflagrar a Intentona Comunista de 1935, a exemplo do alemão Arthur Ernest Ewert, Olga Benário, Pavel Stuchevski, Jonny de Graaf e do argentino Rodolfo Ghioldi. A União Nacional de Estudantes (UNE) também recebeu o “Ouro de Moscou” através da União Internacional de Estudantes (UIE), órgão de fachada do Movimento Comunista Internacional (MCI). O Senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber contribuição de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à Presidência do Brasil, em 1989; quem fez esta declaração foi o ex-diplomata da União Soviética no Brasil, Vladimir Novikov, coronel da KGB, que serviu em Brasília sob a fachada de Adido Cultural junto à Embaixada Soviética, nos anos de 1980.

PCB - Partido Comunista Brasileiro: fundado em 25 Mar 1922 por 9 comunistas, com a denominação Partido Comunista-Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC). Luis Carlos Prestes pertenceu ao PCB, era um agente de Moscou e deflagrou a Intentona Comunista, em 1935. Preso, Prestes foi anistiado pelo Presidente Getúlio Vargas, em 1945, ano em que se elegeu senador pelo PCB, com 140 mil votos, até então a maior votação para o Senado. A bancada comunista, em 1945, foi de 14 deputados federais, entre eles Jorge Amado, Carlos Marighela e Gregório Bezerra. O PCB é colocado na ilegalidade em 1947. Em maio de 1980, Prestes é substituído na presidência do Partidão pelo cabo Giocondo Dias, por muitos anos seu motorista e guarda-costas. O Senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber contribuição de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à Presidência do Brasil, em 1989. O Secretário-Geral (depois Ministro da Justiça) do Presidente FHC, Aloysio Nunes Ferreira Filho, foi “militante” do PCB e da ALN, ocasião em que participou do assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí, em 1968. O PCB transformou-se em Partido Popular Socialista (PPS) após a Queda do Muro de Berlim, porém foi recriado em 1995 (bandeira com foice e martelo) pelos comunistas históricos, que não aceitaram a nova ordem mundial após o fim da URSS.

PCBR - Partido Comunista Brasileiro Revolucionário: criado em abril de 1968 pelo jornalista Mário Alves. No primeiro ano de atividade, o PCBR assassinou 3 pessoas: Nílson José de Azevedo Lins, gerente de uma firma distribuidora de produtos da Souza Cruz, em Olinda, o sargento da PM da Guanabara, Joel Nunes, durante assalto ao Banco Sotto Maior, em Brás de Pina, Rio, RJ, e o soldado do Exército, Elias dos Santos, morto durante a queda de um “aparelho” em Lins de Vasconcelos, Rio. O terrorista Theodomiro Romeiro dos Santos, antigo “militante” do PCBR, hoje Juiz do Tribunal Regional do Trabalho em Recife, PE, assassinou com um tiro na nuca o sargento da Força Aérea Valder Xavier de Lima, em 27 Out 1970, quando este o transportava preso em um jipe. Condenado à morte, Theodomiro fugiu para o exterior e, com a Anistia, o assassino foi recebido em Recife como herói. Em 1972, o PCBR assassinou o contador Sílvio Nunes Alves, após assalto ao Banco Novo Mundo. Em “frente” com a ALN e a VAR-Palmares, o PCBR “justiçou” o marinheiro inglês, David A. Cuthberg. No dia 11 de abril de 1986, houve um frustrado assalto do PCBR ao posto do Banco do Brasil, na Universidade da Bahia; os cinco militantes do PCBR eram filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Peacenik - Pacifista à la gauche: militante de organização de esquerda, a exemplo do lingüista norte-americano Chomsky, grande admirador de Pol Pot e do Kmer Vermelho, que defendia o regime de Saddam Hussein contra as ameaças de ataque militar do presidente George W. Bush. Na verdade, os ditos “pacifistas à la gauche” não têm nenhum compromisso com a paz mundial, porém com a destruição da civilização cristã em geral, e do “império” americano em particular. A formação da palavra “peacenik” vem de “peace” + “Sputnik”, a exemplo do termo “beatnik” (beat + Sputnik); ou seja, refere-se tanto ao antigo militante pró-URSS, quanto ao atual militante antiglobalização e, por conseqüência, anticristão, antiamericano e anticapitalista.

Pinar del Río - Província de Cuba, onde havia cursos para terroristas brasileiros nas décadas de 1960 e 1970. O “currículo” incluía: 1) Tática guerrilheira – o observador, o mensageiro, a coluna guerrilheira, o acampamento, a marcha, sobrevivência na selva (montanhas de Escambray), o ataque, a emboscada; 2) Tiro – limpeza e conservação do armamento, fuzis: AD, FAL, AK, Garand; metralhadoras: MG52, Uzi; bazuca, morteiro e canhão 152 mm; 3) Comunicações; 4) Topografia – leitura de mapas, uso de bússola e do binóculo, orientação; 5) Organização do terreno – construção de abrigos individuais e coletivos, espaldões para metralhadoras e morteiros; 6) Higiene e primeiros socorros – fraturas, hemorragias, imobilizações, transporte de feridos; 7) Política – o comissário político, semanalmente, fazia uma palestra. No regresso, o terrorista brasileiro recebia de volta os documentos verdadeiros, nova documentação com nome falso, cerca de 1.500 dólares, itinerário até o Chile de Salvador Allende, antes de chegar ao Brasil. Quando preso, o terrorista era instruído para utilizar algumas artimanhas, para ser levado ao hospital e, assim, prejudicar o interrogatório: 1) colocar fumo na água e bebê-la, provocando crise de vômitos; 2) usar uma dose mínima de estriquinina para provocar convulsões; 3) “tentar” o suicídio; 4) simular grande descontrole nervoso; 6) bater com a cabeça nas paredes. Leia o livro Rompendo o Silêncio, do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, disponível no site A Verdade Sufocada.

Plano Z – Denunciado pelo Libro Blanco, o “Plano Z” do Governo Salvador Allende pretendia levar o Chile ao socialismo, da “via pacífica” para a “via armada”. O Plano deveria se iniciar entre 18 e 19 Set 1973, com o assassinato dos comandantes militares e de políticos de oposição. Neste Plano estavam comprometidos alguns membros das Forças Armadas, como foi provado em processos posteriores. Na Folha 179 do Processo da Força Aérea Chilena (FACh), consta a declaração do ex-1º sargento da FACh, Belarmino Constanzo Merino, que descreveu: “Consistia em um plano onde aparecia a Escola de Aviação em sua totalidade e parte do restante da Base ‘El Bosque’. Ali se indicava como iriam ser posicionados os aviões ‘Mentor’, que estavam municiados e que seriam operados por mecânicos ou pilotos, apontando nas ruas para disparar sobre as tropas das unidades que avançarão sobre a escola. Os cadetes seriam neutralizados nos respectivos cassinos. Ao Diretor se iria pedir que se engajasse no movimento, ou, em caso contrário, seria juntado com os demais oficiais. Uma vez dominada a situação, os miristas seriam apoiados por outras forças, ao que parece, de Colina. Um alto chefe tomaria a chefia da Base. Ignoro quem era este chefe.” A magnitude da ação criminal planejada pelo marxismo-leninismo foi conhecida só depois de 11 Set 1973, quando foram descobertos seus arsenais. Os principais arsenais e escolas de guerrilheiros se encontravam nas próprias residências do Presidente Allende, que desde o início se preparou para atraiçoar seu povo. O jornalista marxista Regis Debray confirmou essas intenções de Allende, de que a aceitação das chamadas garantias democráticas seriam um “plano tático para a conquista do poder, mas que revolução haveria.”

Prensa Latina - Organizada por Fidel Castro em 1960, como a agência noticiosa do regime comunista cubano, era destinada a distribuir notícias de Cuba e de outros países latino-americanos para toda a América Latina. Na verdade, a Prensa Latina se tornou uma organização de coleta de notícias e informações secretas para o regime de Havana; as Embaixadas e os Consulados cubanos na América Latina foram transformados em centros de propaganda revolucionária, às vezes de subversão direta (em 1963, Castro enviou 3 toneladas de armas para tentar derrubar o presidente Betancourt, da Venezuela).

PTpol - Trocadilho entre “Interpol” e “polícia do PT”, criado pelo Senador Esperidião Amin durante a “CPI dos Anões do Congresso”, em 1993. Amin estranhava a desenvoltura com que José Dirceu, deputado petista, apresentava documentos que só um espião poderia fazer – aliás, José Dirceu, Presidente do PT, é especialista em Informações, Contra-informação, Estratégia e Segurança Militar, com treinamento em Cuba, e fez parte do MOLIPO, grupo terrorista criado pelo Serviço Secreto cubano.

Reeducação revolucionária - Eufemismo cubano, a “Reeducação revolucionária” é aplicada aos presos políticos, aos que pretendem deixar o país e tentar a vida no estrangeiro. Denunciada por Armando Valladares no livro Contra toda a esperança.

Relativismo - “Marx, Freud, Einstein, todos transmitiram a mesma mensagem para a década de 20: o mundo não era o que parecia ser. Os sentidos, cujas percepções empíricas moldaram nossas idéias de tempo e distância, certo e errado, lei e justiça, e a natureza do comportamento do homem em sociedade, não eram confiáveis. Além disso, a análise marxista e freudiana se juntaram para minar, cada uma à sua maneira, o sentimento de responsabilidade pessoal e de dever para com o código da verdadeira moral, que era o centro da civilização européia do século XIX” (Paul Johnson, op. cit., pg. 9). Assassinatos de judeus, ciganos e populações do leste europeu, realizados pelas S.S. de Hitler, incluíam termos como “tratamento especial”, “repovoamento”, “a linha geral”, “atos soberanos além do alcance do judiciário”, “envio para o Leste”. Os comunistas também têm seu relativismo moral: comunista não mata, “faz justiçamento”; a feroz ditadura comunista é batizada de “centralismo democrático” ou “governo popular e democrático” (República Democrática da Alemanha). Freud era exímio em criar neologismos relativistas: “o inconsciente”, “sexualidade infantil”, “complexo de Édipo”, “complexo de inferioridade”, “complexo de culpa”, o “ego”, o “id”, o “superego”, a “sublimação”, a “psicologia profunda”. Idéias destacadas, como a “interpretação sexual dos sonhos”, se tornou conhecido como o “ato falho freudiano”. O relativismo também afetou a Igreja Católica, durante o Concílio Ecumênico, presidido pelo Papa João XXIII (“aggiornamento”), reconhecendo as outras religiões também como “verdadeiras”. A Conferência Episcopal Latino-Americana (CELAM), realizada em Medellin, Colômbia, em 1968, com sua “opção preferencial pelos pobres”, estava infiltrada de tal forma pela esquerda que ela ditou praticamente todas as resoluções finais. A partir daí, surgiu a Teologia da Libertação, com os padres-guerrilheiros, a exemplo de Frei Betto. Atualmente, o relativismo moral é visto principalmente na onda esquerdista da “Nova Era”, onde predomina a “novilíngua” do “politicamente correto”.

Revisionismo - A revisão histórica é benéfica, desde que os críticos se atenham a critérios científicos tão ou até mais rigorosos do que aqueles que nortearam a história original. Exemplos de revisionismo: revisionismo soviético (em que antigos heróis, caídos em desgraça, eram riscados de enciclopédias, ou que tinham suas imagens “apagadas” em fotos oficiais); revisionismo do Holocausto (em que escritores colocam em dúvida o número de vítimas do Holocausto judeu promovido pelos nazistas); revisionismo da esquerda brasileira: a história do Brasil é descrita sob a ótica da dialética comunista, em que prevalece a aplicação do materialismo histórico marxista, hegemônico no atual ensino universitário brasileiro, em que não há nenhum estudo sério sobre o assunto, apenas panfletagem e pura molecagem, a exemplo da obra “Outros 500”, escrita por intelectuais do PT e outras “libélulas” satélites. O objetivo é um só: solapar os fundamentos morais do país, ao mesmo tempo em que prega as excelências da Revolução Cubana e o valor das FARC. Assim, não causa estranheza que o Dia da Pátria seja substituído pelo “dia dos excluídos”, que Lamarca seja apresentado como herói e o Duque de Caxias seja revisto como genocida dos paraguaios. A verdade histórica, porém, é cristalina: Lamarca foi um desertor do Exército, ladrão de armamentos e terrorista assassino. A Guerra do Paraguai só tem uma história: o Brasil, com 15.000 homens armados, teve que se defender da agressão de Solano López, à frente de um exército de 64.000 homens, que aprisionou um navio brasileiro (em que viajava o Presidente da Província de Mato Grosso), invadiu Mato Grosso, ocupando parte desse território por 3 anos, violou o território da Argentina e chegou a conquistar Uruguaiana. O revisionismo atual, de professores marxistas nas escolas brasileiras, afirma que o Brasil e a Argentina estiveram a serviço do imperialismo inglês, invadindo o Paraguai e esmagando o país mais “progressista” da América do Sul de então. O historiador Francisco Fernando Monteoliva Doratioto, em seu livro “O Conflito com o Paraguai – A guerra do Brasil”, contesta tais revisionistas e afirma que “a formação dos Estados nacionais da região foi a causa do sangrento conflito” (Jornal de Brasília, 12 Jul 1999). Enfoques revisionistas marxistas têm o mesmo valor histórico de “O Quinto dos Infernos”, minissérie da TV Globo que trata jocosamente a História de D. João VI e D. Pedro I, com baixaria de toda ordem. Outro tipo de revisionismo – na verdade, propaganda da desinformação e da difamação – liga o Papa Pio XII aos nazistas. Por exemplo, o livro de John Cornwell, “O Papa de Hitler”: “A capa do livro de John Cornwell mostra o arcebispo Pacelli saindo de um edifício do governo alemão, escoltado por dois soldados. Essa visita oficial do então Núncio Apostólico na Alemanha, teve lugar em 1929, quatro anos antes que Hitler chegasse ao poder (em 30 de janeiro de 1933). Como Pacessli saiu da Alemanha em 1929 e nunca mais voltou, é enganoso e tendencioso o uso dessa fotografia” (Texto do jesuíta Peter Gumpel, historiador convidado pelo Vaticano para coordenar o processo de beatificação do Papa Pio XII, in “Pio XII, Hitler e os judeus”, publicado em PODER – Revista Brasileira de Questões Estratégicas, Ano I, nº 05, pg. 58, Brasília, Maio/Junho 2000).

Revolução Cubana - No dia 1º de janeiro de 1959 as tropas de Fidel Castro tomam Havana. A “república socialista” cubana, porém, só foi proclamada em maio de 1961, logo após a fracassada invasão de anticastristas ocorrida na Baía dos Porcos, em Cuba, com o apoio americano. Em 1962, Cuba foi excluída da OEA e em 1964 os países membros da OEA, com exceção do México, romperam relações diplomáticas com o país, devido ao apoio cubano de focos guerrilheiros em vários países da América Latina (Guatemala, Colômbia, Venezuela). No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. A revista 'Veja', de 24 Jan 2001, sob o título Qué pasa compañero?, faz uma análise centrada na tese de doutorado da pesquisadora Denise Rollemberg, da UFRJ, a qual afirma que 'o primeiro auxílio de Fidel foi no Governo João Goulart, por intermédio do apoio às Ligas Camponesas, lendário movimento rural chefiado por Francisco Julião. (...) O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, para funcionar como campos de treinamento'. As prisões mais famosas de Cuba são: La Cabaña (ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato, Kilo 5,5 e Pinar del Río. Fidel Castro mandou fuzilar entre 15 e 17 mil pessoas (10 mil só na década de 1960); em 1978, havia em Cuba 15 a 20 mil prisioneiros; em 1997, segundo a Anistia Internacional, havia entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos. A tortura cubana incluía as “ratoneras”, “gavetas”, “tostadoras”, além da tortura “merdácea” – imersão dos prisioneiros na merda. Apesar desses crimes todos, o ditador Fidel Castro é venerado pelos “intelectuais” brasileiros como “El Comandante”, ao passo que Augusto Pinochet, ditador do Chile, não passa de um vil “ditador”, “torturador”, para os “guerrilheiros da pena”, como Emir Sader e Frei Beto.

Revolução de 1968 - A Revolução de 1968, também conhecida como “Revolução Estudantil”, sofreu as seguintes principais influências: as atividades da “quinta-coluna vermelha”, composta por militantes aliciados por agentes provenientes das “escolas de subversão e espionagem”, da União Soviética; a Revolução Cultural e o “Livro Vermelho” de Mao Tsé-Tung; as idéias pregadas por Herbert Marcuse e Daniel Cohn-Bendit; as marchas americanas – principalmente de negros – contra a Guerra do Vietnã; os ideais de liberdade na Tchecoslováquia, com Dubcek, e posterior invasão soviética do país; foquismo (guerrilhas de concepção cubana) na Bolívia, Venezuela e Guatemala; o “martírio” de Che Guevara na Bolívia, em 1967. A Revolução Cultural foi detonada em 1966 na China por Mao Tsé-Tung, após o fracasso fenomenal do “Grande Salto para a Frente” (1958-1959). Em maio de 1968, o movimento estudantil sacudiu o Ocidente, como o maoismo da juventude francesa – onde predominavam as bandeiras vermelhas (comunistas) e as bandeiras pretas (anarquistas). O líder francês foi Daniel Cohn-Bendit e quase derrubou o Governo de Charles De Gaulle (que caiu pouco tempo depois). No dia 20 de maio, a França estava isolada do mundo, com 6 milhões de trabalhadores em greve, aeroportos e ferrovias paralisadas. Esse movimento teve reflexos no Brasil, junto com a OLAS de Fidel Castro. Convém lembrar, que no dia 2 de julho de 1968, embarcariam para Cuba, para treinamento de guerrilha, Márcio Leite de Toledo, Agostinho Fiordelísio, Jun Nakabaiashi, Renato Leonardo Martinelli e Juan Sandor Cabezas Castillo; no dia 4 de julho, uma nota no “Jornal da Tarde” informava que esses “estudantes” tinham sido presos e que os órgãos de segurança estavam cientes dos planos de Marighela para derrubar o Governo com o apoio de Cuba. A agitação brasileira era insuflada, principalmente por: AP, DI/GB, COLINA, PCBR, VPR e Ala Marighela (posterior ALN). Os principais líderes brasileiros eram: Vladimir Palmeira e Franklin Martins (da DI/GB); José Dirceu (da ALN), Chefe da Casa Civil da Presidência, do Governo Lula da Silva. A agitação atingiu várias capitais brasileiras, com destaque para Rio de Janeiro e São Paulo. No dia 28 Mar 1968, foi morto no Rio de Janeiro o estudante Edson Luís de Lima Souto, em choque de estudantes contra a polícia. Um dos ideólogos das revoltas estudantis foi o filósofo alemão radicado nos EUA, Herbert Marcuse (autor de “Eros e Civilização”, “O Fim da Utopia”), o qual achava que as minorias oprimidas, os marginalizados e os povos do Terceiro Mundo teriam potencial revolucionário para derrubar o Capitalismo e implantar o Socialismo.

Seqüestros de aviões - A China comunista inventou o terrorismo do ar, criando cursos especiais para ensinar aos terroristas como seqüestrar aviões. Os “terroristas do ar” nunca eram chineses, eram sempre recrutados entre as guerrilhas árabes e comunistas em todas as partes do mundo. Como no caso da “Operação Drogas”, a URSS logo em seguida copiou o modelo de terrorismo chinês. De todos os “terroristas do ar”, a mais conhecida foi Leila Khaled (ao menos até os atentados contra os EUA, no dia 11 Set 2001), natural de Honduras, onde nasceu em 1941 e cujo nome verdadeiro era Maria Luna Chaves. Leila foi presa durante a fracassada tentativa do seqüestro do avião do Vôo 219, de Amsterdã a Nova York, da linha El-Al israelense, no dia 6 Set 1970, quando ocorreram múltiplos seqüestros de aviões desviados para a Jordânia, que posteriormente foram dinamitados. Os seqüestradores dos outros aviões exigiram o resgate de Leila em troca da vida dos reféns e, no dia 1º Out, Leila e 6 outros terroristas foram libertados para continuar a seqüestrar e destruir aviões. (Leila, atualmente uma líder da FPLP, também é acusada de ter participado do atentado que matou o Ministro do Turismo israelense, Rehavam Ze’eve, no dia 17 Out 2001.) No dia 11 Set 2001, 4 aviões de companhias norte-americanas, que faziam vôos domésticos, foram seqüestrados por muçulmanos radicais, que atiraram 2 aviões cheios de passageiros contra as torres gêmeas do World Trade Center (WTC) de Nova York, implodindo as torres e matando em torno de 3.000 pessoas; o terceiro avião suicida atingiu o Pentágono, matando 168 pessoas; o quarto avião caiu na Pensilvânia, possivelmente depois da luta dos passageiros contra os seqüestradores. O banco de dados do site http://aviation-safety.net/database/hijackings/ fornece dados de aproximadamente 1000 seqüestros de aviões, a partir de 1947. O ano de 1972 foi o mais terrível, quando morreram 2.256 pessoas em conseqüência de acidentes e seqüestros ocorridos em 73 tragédias. Acesse www.airdisaster.com, www.planecrashinfo.com e www.airsafetyonline.com.

Teologia Negra - “O marxismo – como movimento revolucionário – procura conquistar o poder fomentando conflitos sociais. Nos Estados Unidos, a boa situação financeira dos trabalhadores industriais os imuniza contra o vírus da luta de classe. Não podendo fomentar o ódio social da luta de classe, o marxismo pretende, atualmente, nos Estados Unidos, fomentar a luta racial. A este diabólico serve a ‘Teologia Negra’. O principal (porém não o único) representante da teologia negra é James Cone. Nascido em 1938, no seio da comunidade negra norte-americana, é licenciado em teologia pelo Seminário protestante de Evanston (Illinois) e doutorado pela Northwestern University. Seu primeiro e mais importante livro, “Teologia Negra e Poder Negro”, foi editado em 1969; e em 1970, publicou “Teologia Negra da Libertação”. (Miguel Paradowski, in “A Teologia Negra”, Verbo, Espanha, maio/julho/75). Para Cone, a teologia é uma obra coletiva, comunitária, mas somente quando surgida na ‘comunidade dos oprimidos’; para o teólogo racista, “somente uma comunidade dos oprimidos é uma comunidade cristã”. Por isso, para Cone, a “teologia branca” é a “teologia do Anticristo” e, para ser cristã, a “teologia branca deve transformar-se em teologia negra, renegando a brancura como forma adequada do existir humano e afirmando a negritude como a intenção de Deus para a humanidade”. A Teologia Negra tem a mesma tendência que qualquer grupo de contestação política radical: “transformar a comunidade tradicional em grupos de ação, isto é, transformar a instituição em energia social – postulado do marxismo revolucionário” (Sig. Altmann, redator dos temas religiosos do “Der Spiegel”, in “Adeus, Igreja”, Una Voce, jan/março/75).

Tortura - “Suplício ou tormento violento infligido a alguém”. (Dicionário Aurélio). Aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo, quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma barreira policial, a Lei 9.455, de 7 Abr 1997, afirma que tortura é: 1) constranger alguém com uso de violência ou ameaça grave, causando-lhe dano físico ou mental para obter declaração ou confissão, provocar ação ou omissão de crime ou discriminar por raça ou credo; 2) submeter alguém sob sua guarda ou autoridade a intenso sofrimento físico ou mental, para aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo; 3) o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia; 4) a pena é de reclusão, em regime fechado, de dois a oito anos; se houver morte, a pena é dobrada para até 16 anos; aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, deve ser condenado de um a quatro anos de prisão. Os métodos de tortura incluem: 1) choque elétrico: aplicado nas orelhas, na boca, no nariz, nos seios, na genitália (normalmente, na posição “pau-de-arara”); 2) pau-de-arara: a pessoa torturada fica com os pés e braços amarrados junto aos tornozelos, presa a uma barra de ferro, ficando pendurada como um frango assado; 3) espancamento: pode ser com barras de ferro, paus ou toalhas molhadas; pode ser o chamado “telefone” (tapas com as mãos abertas sobre os ouvidos) ou, ainda, o “corredor polonês”, em que a vítima passa por duas fileiras de pessoas para sofrer espancamento; 4) afogamento: o “banho chinês” era feito em pias, baldes, vasos sanitários, latas, ou derramando água pelo nariz em vítima no “pau-de-arara”; 5) asfixia: feita com sacos de plástico enfiados na cabeça da vítima; 6) “pimentinha”: um magneto produzia baixa voltagem e alta amperagem, para dar choque elétrico em presos; era acondicionada em uma caixa vermelha, daí o nome de “pimentinha”; 7) tortura chinesa: perfuração com objetos pontiagudos embaixo da unha; uma outra forma de tortura chinesa, durante a Revolução Cultural, era arrancar os testículos e pênis do torturado, assá-los e comê-los na frente da vítima; 8) geladeira: o preso era colocado nu em ambiente de baixíssima temperatura; no local, havia ainda a emissão de sons muito altos, dando a impressão de estourar os ouvidos; 9) insetos e animais: os presos sofrem ameaças de cães, cobras, jacarés, baratas, além de drogas e sevícias sexuais; 10) produtos químicos: o torturado recebia soro de pentatotal, substância que fazia o preso falar, em estado de sonolência; ou era jogado ácido no rosto do preso, fazendo a pessoa inchar; 11) queimaduras: com cigarro, charuto ou isqueiro, incluíam queimaduras de seios e órgãos genitais; 12) cadeira de dragão: cadeira forrada com metal, ligada a fios, onde o preso era amarrado para receber descargas elétricas; 13) empalação: “suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer”. (Dicionário Aurélio) Segundo Olavo de Carvalho, “o requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de extirpar o cristianismo da face da terra”. “Durante esses anos (Grande Terror), cerca de 10% da vasta população da Rússia foi triturada pela máquina penitenciária de Stalin. (...) Igrejas, hotéis, casas de banho e estábulos transformaram-se em prisões; dezenas de novas prisões foram construídas. (...) A tortura era usada numa escala que até os nazistas mais tarde achariam difícil igualar. Homens e mulheres eram mutilados, olhos arrancados, tímpanos perfurados; as pessoas eram enfiadas em caixas com pregos espetados e outros dispositivos perversos. As vítimas eram muitas vezes torturadas diante de suas famílias” (Paul Johnson, op. cit., pg. 254). No Brasil, a tortura existiu durante os governos militares, como garante o general Adyr Fiúza de Castro, em depoimento constante do livro “Os anos de chumbo – a memória sobre a repressão”, de Maria Celina d’Araújo e outros, Editora Relume-Dumará, RJ, 1994. Porém, segundo o general Fiúza, “80% das argüições de tortura e de maus tratos dos subversivos presos eram devidos a informações e a instruções dos advogados visando à redução das penas, isto é, a denúncia desse estigma foi industriada como instrumento de pressão psicológica sobre os militantes, para que não se deixassem prender, e orquestrada para dar-lhe uma conotação institucional, ou seja, para disseminar a crença de que se tratava de uma posição intencionalmente assumida pelo governo, o que de fato não ocorreu.” (Cfr. Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 339 e 340). “Se houvesse alguma instrução nesse sentido, ela já teria sido amplamente explorada.” (Del Nero, op. cit., pg. 340). “Infelizmente, os homens de ação – ao contrário dos intelectuais – não podem anular ou apagar das lembranças as suas atitudes, pedindo simplesmente que todos esqueçam o que eles escreveram, disseram ou fizeram.” (Del Nero, op. cit., pg 341, sobre a tortura e o “esqueça o que escrevi” de FHC).

Tribunal Revolucionário - Promovido por terroristas, faziam “justiçamento” de desafetos e de próprios companheiros de guerrilha. O mesmo que “Tribunal vermelho”. Conheça “Os crimes do PCB” em Ternuma (www.ternuma.com.br).

Tribunal Sader - Proposto por Emir Sader, uma das mais atuantes “libélulas” da USP, pretende tratar dos assim chamados “crimes econômicos”. A tese de Emir Sader é bem simplória: para ele, os “crimes econômicos” perpetrados pelo capitalismo e pela globalização econômica do planeta são muito superiores aos crimes executados pelo Comunismo (que ele defende até hoje), que deixou um saldo de 110 milhões de mortos. Ou seja, apenas mais uma pérola “novilíngua” de Sader, esforçado aprendiz da arte da desinformação, querendo nos fazer esquecer os crimes enunciados no “Livro Negro do Comunismo”. As políticas governamentais de nosso Estado teriam que obter o “nikil obstat” de intelectuais como Sader e outros nomeados por ele próprio: Celso Furtado, Antônio Cândido, D. Luciano de Almeida, Evandro Lins e Silva etc. A esquerda, parece, não consegue viver sem o dualismo “capitalismo x comunismo”, hoje substituído pelo “liberalismo x comunitarismo” (ou por Fórum de Davos x Fórum Social Mundial).

Tricontinental - Criada durante a OSPAAAL, que se realizou em Havana, Cuba, de 3 a 15 Jan 1966 – juntamente com o XXIII Congresso do PCUS. (Em 1965, em Gana, ficou decidido que a OSPAA realizaria seu próximo encontro em Cuba, no ano seguinte, para integrar também a América Latina – daí OSPAAAL). “Consiste no princípio de que a coexistência pacífica não se pode estender às chamadas ‘guerras de libertação nacional’, isto é, às guerras ‘entre oprimidos e opressores, entre os povos coloniais explorados e seus exploradores colonialistas e imperialistas’ ” (Meira Penna, in “Política Externa”, pg. 133). À Tricontinental compareceram representantes de 82 países, dos quais 27 latino-americanos. A delegação brasileira foi composta por Aluísio Palhano e Excelso Rideau Barcelos (indicados por Brizola), Ivan Ribeiro e José Bastos (do PCB), Vinícius Caldeira Brandt (da AP) e Félix Ataíde da Silva, ex-assessor de Miguel Arraes, na época residindo em Cuba. A tônica do encontro foi a defesa da luta armada. No encerramento, Fidel Castro afirmou que a “luta revolucionária deve estender-se a todos os países latino-americanos”. A Tricontinental foi a estratégia que desencadeou a Guerra do Vietnã e guerras civis como em Angola e Moçambique, e os grupos terroristas que surgiram na América Latina a partir de 1967/68, especialmente no Brasil, Argentina e Chile. No campo cultural, a Declaração da Tricontinental recomendava a “publicação de obras clássicas e modernas, a fim de romper o monopólio cultural da chamada civilização ocidental cristã, cuja derrocada deve ser o objetivo de todas as organizações envolvidas nessa verdadeira guerra”. Nesse encontro, o Senador Salvador Allende (futuro Presidente do Chile) faria uma proposta aprovada por unanimidade pelas 27 delegações: a criação da OLAS. Assim, no dia 16 Jan 1966, um dia após o término da Tricontinental, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, que passou a ser dirigida pelo Comitê de Organização, constituído de representantes de Cuba, Brasil, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela, Guatemala, Guiana e México. A Secretaria-geral foi entregue à cubana Haydee Santamaria, e o representante brasileiro era Aluísio Palhano.

ULTAB - União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil: fundada em 1957 pelo PCB, teve suas principais bases em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Porém, obteve seu maior sucesso em Goiás, onde o movimento tomou as cidades de Trombas e Formoso, e só foi desmobilizado em 1964 pelos militares.

UMAP - Unidades Militares de Ayuda a la Producción (Cuba): inicialmente, seria chamado de “El Plan Fidel”. As UMAP eram campos de concentração, para onde foram enviados órfãos (filhos dos executados pela Revolução), filhos de presos políticos, filhos de residentes no exterior, filhos de comerciantes que tiveram seus bens confiscados pela Revolução, jovens com convicção religiosa, jovens artistas de pensamento liberal, jovens sem-teto, religiosos e homossexuais, totalizando em torno de 25.000 pessoas. Após a extinção das UMAP, todos os documentos foram destruídos. Existe a Asociación ex-Confinados de la UMAP, P.O. Box 350638, Miami, Florida 33135.

UNE - União Nacional dos Estudantes. Durante o 2º Congresso Nacional de Estudantes (1938), foi feita a proposta de criação da União Nacional de Estudantes (UNE), que teve sua 1ª Diretoria eleita em 1939. Inicialmente, a UNE era apolítica; entre 1940 e 1943, mobilizou a opinião pública e o Governo para participar na II Guerra Mundial contra o nazifascismo. Era tutelada pela ditadura Vargas e funcionava em sala do Ministério da Educação. A partir de 1943, começa a insurreição, com comunistas e democratas lutando contra a ditadura. A partir de 1959, aprofunda-se a marxização da UNE; nos anos 60, as organizações que dividiam as massas operárias, além da UNE, eram a JUC, o PC (que atuava através de seus diretórios estudantis), a Política Operária (POLOP) e a Quarta Internacional. Eram todos de esquerda, com dosagens diversas de ideologia marxista. O Partido de Representação Acadêmica (PRA), criado na Faculdade de Direito da USP, era considerado de Direita. Também nos anos 60, dá-se o encontro ideológico, reunindo a JUC, a Esquerda Católica e o Esquerdismo marxista. A Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) desempenhou papel importante na agitação estudantil e no processo de marxização da Universidade. “Onde o professor é de tempo parcial, como na maioria da América Latina, a tendência dos estudantes é dar mais atenção a preocupações não acadêmicas, inclusive políticas”. (Seymor Martins Lipset, 'University Students and Politics in Underdeveloped Countries', in “Minerva”, Vol. III, nº 1, 1964, pg. 38-39). No dia 28 de março de 1964, os Diretórios Acadêmicos das Faculdades Nacionais de Direito (CACO) e da Filosofia, da Universidade do Brasil, mais o de Sociologia da PUC, lançaram manifesto de apoio aos marinheiros e fuzileiros em greve na sede do Sindicato dos Metalúrgicos. No dia 31 de março, exigiram de Jango armas para a resistência contra o levante de Minas, mas tiveram que se contentar com “manifestações antigolpistas” na Cinelândia. Com a depredação da sede da UNE, o seu presidente, “apista” José Serra (Ministro da Saúde durante o Governo FHC), empossado em 1963, pediu asilo à Embaixada do Chile. “Terminava, assim, o ciclo de agitação estudantil, que depois iria se desdobrar em trágicas conseqüências, no terrorismo e na ilegalidade” (José Arthur Rios, in “Raízes do Marxismo Universitário”). Na “campanha nacional de alfabetização”, no Governo Goulart, a UNE recebeu 5.000 dólares de Moscou, por intermédio da UIE.

VAR-Palmares - Vanguarda Armada Revolucionária Palmares: resultou da fusão das organizações terroristas VPR e COLINA, em 1969. No dia 22 de junho de 1969, a VAR-Palmares roubou em assalto à Companhia de Polícia do 10º Batalhão da FPESP (São Caetano do Sul) 94 fuzis, 18 metralhadoras INA, 30 revólveres Taurus cal .38, 300 granadas e cerca de 5.000 cartuchos de diversos calibres, aumentando consideravelmente seu arsenal, já suprido com o assalto à Casa de Armas Diana e ao 4º Regimento de Infantaria (4º RI) – ação empreendida por Carlos Lamarca, da VPR. No Rio de Janeiro, a VAR-Palmares participou do assalto ao Banco Aliança, Agência Muda (1969), quando foi assassinado o motorista de praça Cidelino Palmeiras do Nascimento, que conduzia policiais em perseguição aos assaltantes. A VAR-Palmares participou da “Grande Ação”, em 18 Jul 1969, quando foi roubado de um cofre em Santa Teresa, Rio de Janeiro, a quantia aproximada de 2,5 milhões de dólares. O cofre pertencia ao ex-Governador de São Paulo, Adhemar de Barros, e ficava no casarão de sua amante, Anna Capriglione. Parte desse dinheiro (cerca de 1 milhão de dólares) teria sido entregue ao Embaixador da Argélia no Brasil, para aquisição de armas, custear a viagem de terroristas àquele país e auxiliar Miguel Arraes a criar a Frente Brasileira de Informações (FBI). No Rio Grande do Sul, foram assaltados o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Agência Tristeza, 28 Jan 1970) e o Banco do Brasil, Agência Viamão, RS (18 Mar 1970). Em São Paulo, houve tentativa de assalto em um estacionamento, assalto a um supermercado do Sesi, no Cambuci, assalto ao Supermercado Peg-Pag e 3 assaltos a supermercados diferentes do Grupo Pão de Açúcar, todos no ano de 1970. Em 1 Jan 1970, a título de comemoração do aniversário da Revolução Cubana, a VAR-Palmares seqüestrou em pleno vôo um avião Caravelle, da Cruzeiro do Sul, que fazia a linha Montevidéu-Porto Alegre-Rio de Janeiro, desviando-o para Cuba. O seqüestro foi planejado por James Allen Luz, que o executou com 5 comparsas, dentre os quais Jessie Jane Vieira de Souza, atual diretora do Arquivo do Rio de Janeiro, com sede na antiga dependência do DOPS (!). Uma das integrantes da VAR-Palmares, do setor de Inteligência, foi Elizabeth Mendes de Oliveira, a “Bete Mendes” de novelas como “Beto Rockfeller”, que usava o codinome “Rosa” na clandestinidade, talvez querendo ser a “Rosa de Luxemburgo” brasileira. A então Deputada Federal Bete Mendes, em visita ao Uruguai com uma comitiva do Presidente Sarney, acusou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, então adido militar naquele país (1985), de ter sido torturado por ele nas dependências do DOI/CODI do II Exército (São Paulo), onde a terrorista passou 18 dias presa depois de ter sido detida no “aparelho” da Rua General Bagueira, 79, com documentos falsos e roubados para uso do grupo terrorista (“Rosa” ficou presa entre os dias 29 Set e 16 Out 1970). A tortura foi negada pelo coronel Ustra no livro “Rompendo o Silêncio”. Antes da denúncia, “Rosa” já havia sido entrevistada pela revista “Afinal” (2 julho 1985) e pelo jornaleco “Pasquim” (17 Fev a 05 Mar 86), ocasiões em que não citou a tortura, indício de que além de boa atriz é também uma boa mentirosa, o que pode ser corroborado, ainda, pelas declarações de “Max” (do Comando Nacional da organização terrorista) no jornal “Zero Hora”, de 20 Ago 1985. Após a prisão de “Rosa”, a VPR fez ainda as seguintes ações: assalto a um carro de transporte de valores da Transfort S/A, em Madureira, Rio, RJ, junto com o MR-8, em 22 Nov 1971, ocasião em que os terroristas levaram 2 metralhadoras, 2 pistolas calibre 45 e 1 espingarda calibre 12, e assassinaram o suboficial da reserva da Marinha, José Amaral Villela, chefe de segurança do carro de transporte; assalto ao Curso Fischer, Tijuca, Rio, RJ, no dia 14 Jan 1972; assassinato do marinheiro inglês David A. Gutheberg, no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05 Fev 1972, numa atuação de “Frente” com a ALN, VPR e PCBR; assalto ao Banco da Bahia e ao Banco de Crédito Territorial, em São Cristóvão, Rio, RJ, no dia 25 Fev 1972; assalto ao Banco Territorial, na Avenida Brasil, Rio, RJ, em “frente” com o MR-8 e PCBR, em abril de 1972; assalto ao Banco Nacional, de Braz de Pina, Rio, RJ, em julho de 1972, em “frente” com o PCBR; assalto ao Banco Itaú, em Botafogo, Rio, RJ, em outubro de 1972, em “frente” com o PCBR; assassinato do Dr. Otávio Gonçalves Moreira Júnior, em Copacabana, Rio, RJ, no dia 25 Fev 1973, em “frente” com a ALN e PCR; no Rio Grande do Sul, assalto ao Banco Francês e Brasileiro, em Porto Alegre, RS, no dia 14 Dez 1973, em “frente” com o PCBR; em São Paulo, assaltos à Empresa Paulista de Ônibus (Vila Prudente, Out 1970), ao supermercado Pão de Açúcar (Rua Baturité) e Pão de Açúcar (Barão de Jundiaí), ambos em Nov 1970; ao Supermercado Gigante (Lapa, Fev 1971), em “frente” com o PRT; à Fábrica de Parafusos Mapri (Vila Leopoldina, Mar 1971), em “frente” com o PRT; à firma RCA-Victor (Jaguaré, Mai 1971); à Empresa de Ônibus Tusa (Freguesia do Ó, 10 Mai 1971), ocasião em que foi morto o soldado PM Manoel Silva Neto; tentativa de assalto a uma casa de armas (Av. Rangel Pestana), quando o proprietário foi ferido a tiros, após reagir e evitar o assalto; tentativa de assalto a uma casa de armas (Lapa), evitado por um vigia; tentativa de assalto à residência de um colecionador de quadros, na rua Veríssimo Glória.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui