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Cartas-->Carta ao Presidente Lula -- 30/10/2002 - 18:12 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta ao Presidente Lula

Sai de cena Lula-laite, o “Lulinha-paz-e-amor” criado pelo marqueteiro malufista Duda Mendonça. O Lula-laite da mídia, dos holofotes, das frases pré-fabricadas, dos closes, dos travellings de cameras, do terno bem cortado, dos rebatedores de luz, do “papai noel” que promete presente a todos. Volta à cena Luiz Inácio da Silva, o Lula, aquele que irá governar os destinos do Brasil nos próximos quatro anos. O Lula em carne e osso, que terá que suar muito a camisa para poder atingir os objetivos propostos.

No início era o verbo. E o verbo se chamava Luiz Inácio da Silva. Depois, já presidente de um sindicato, passou a ser conhecido entre seus companheiros pelo apelido de “Lula”. Por isso, passou a ser chamado pela imprensa de “Luiz Inácio da Silva, o Lula”.

Como, naquela época, as revistas brasileiras e internacionais costumavam colocar, em uma espécie de mesóclise literária, o apelido da pessoa no meio do nome, entre aspas, Luiz Inácio passou a ser chamado Luiz Inácio “Lula” da Silva. Como o observado ainda ontem num jornal americano mostrado na TV Globo. Assim, com essa criação mesoclítica, poderíamos também denominar outros políticos conhecidos: Leonel de Moura “El Ratón” Brizola. Inocêncio “Poços Artesianos” de Oliveira. Joaquim “Lotes” Roriz. Cristóvam “Asefe” Buarque de Holanda. Itamar “Topete” Franco.

Com o passar do tempo, aboliram-se as aspas de “Lula” e, no fim, o verbo transformou-se em Luiz Inácio Lula da Silva, um nome mais longo e mais pomposo, não tão longo e tão pomposo como o nome completo de Dom Pedro I, mas hoje festejado com toda pompa e circunstância como convém a alguém que foi eleito presidente com o voto de 52 milhões de eleitores, em torno de 45,6% daqueles aptos a votar, que são cerca de 117 milhões. Uma votação estupenda.

Parabéns, Presidente Lula! Faço votos que seu governo se mantenha na posição em que Vossa Excelência ocupou durante toda a campanha política, ou seja, se dirigindo um pouco mais para o centro, que é o lugar da maioria do povo brasileiro, conservador por natureza, com princípios alicerçados principalmente em fundamentos cristãos. Já diz o ditado latino “in medio stat virtus” – a virtude está no meio. O povo brasileiro, em sua sabedoria, votou em Vossa Excelência, mas não no PT – como observado, principalmente, no 2º turno. Isso significa, Senhor Presidente, que o recado é claro: o povo brasileiro, ordeiro, trabalhador, religioso, sentimental, humanista, acolhedor, solidário, reconhece o carisma de Vossa Excelência e a sua honestidade, mas não aceita proposições salvacionistas, demagógicas, como aquelas sugeridas por várias alas radicais dentro do Partido dos Trabalhadores, que ainda sonham com um “socialismo” semelhante ao modelo cubano ou soviético, como bem demonstrou a revista “Veja” em sua capa, com a imagem do Cérbero que Vossa Excelência terá como obrigação domar.

Assim, rezo a Deus e peço a proteção de Nossa Senhora Aparecida e a intercessão de Santa Paulina, para que Vossa Excelência faça um governo de sucesso, voltado para a retomada do crescimento econômico, como o observado em governos passados, a exemplo de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e dos governos militares, que promoveram um rápido desenvolvimento no País, tirando milhões de pessoas da miséria.

Que Deus proteja Vossa Excelência e lhe dê muita saúde, paz e perseverança, para que jamais esmoreça diante dos desafios, que não serão poucos, pequenos jamais.

Atenciosamente,

Félix Maier
Um brasileiro
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