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Ensaios-->Defender as instituições militares é um dever patriótico -- 04/10/2007 - 17:15 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Defender as Instituições Militares é um dever patriótico

Pelo Coronel Reformado Márcio Matos Viana Pereira

Não é hora de calar! A Pátria exige de nós militares a coragem moral e cívica de defender as suas Instituições Militares. É imperioso dar um basta nos constantes vilipêndios, nos ultrajes e provocações resultantes de um revanchismo descabido e impatriótico.

Não é hora de conformismo, nem de omissão! Em nome da disciplina as Forças Armadas aceitam tudo silenciosamente. Esse imobilismo se afigura como um consentimento ou concordância com esse estado de coisa, motivado ou por indiferença para com o futuro das Instituições Militares, ou por conveniência ditada por um carreirismo inescrupuloso.

A criação do Ministério da Defesa foi decidida para enfraquecer e dividir as Forças Armadas, as quais funcionavam muito bem sob a coordenação do EMFA. Acabaram os Ministérios Militares, subordinando as três Forças ao Ministério da Defesa, cujos Ministros sempre foram escolhidos entre civis com relativa influência política, porém, com conhecimentos militares nulos. Tais ministros jamais comungaram dos anseios e ideais das Forças Armadas, além de nada entenderem de estratégia e doutrina militares, não tendo visão, nem conhecimentos exigidos para formular uma política de estratégia nacional, que objetive, por exemplo, a integração e defesa da Amazônia, de suas jazidas, de sua bacia hidrográfica e de sua biodiversidade.

Não conheço nenhum dos Comandantes das três Forças Armadas. Quanta esperança tive, ao ler a biografia do atual Comandante do Exército! Julguei, à priori, que, finalmente, os ultrajes seriam repelidos à altura. Infelizmente, porém, os fatos logo sepultaram a esperança acalentada, pois, imediatamente após a sua posse, ocorreu o maior de todos os escárnios, a suprema afronta, a promoção a Coronel de Lamarca e a milionária indenização concedida aos familiares desse criminoso, cujos crimes hediondos os brasileiros conhecem. Tamanho agravo não mereceu do Comandante do Exército a menor reação. A provocação acintosamente praticada e a resposta em forma de silêncio deixaram muito mal o Exército, cujo passado, de atitudes desassombradas, não se coaduna com o presente de atitude débil, vacilante e ignominiosa.

A nomeação do Senhor Jobim para o Ministério da Defesa foi mais uma demonstração de que o Governo, petista e corrupto do Presidente Lula, resolvera prosseguir na prática iniciada pelo Governo igualmente corrupto do PSDB, de FHC, de amesquinhar e asfixiar as Forças Armadas, subordinando-as a outro político, também estranho ao meio, e aparentemente não adepto dos valores que se coadunam com a ética e o pundonor militares.

Logo na solenidade de sua posse, o Ministro Jobim, numa demonstração inequívoca de autoritarismo e de grosseria, foi deselegante com o seu antecessor que, presente à mesma, foi literalmente humilhado. Dirigiu-se também aos três Chefes Militares presentes, de maneira arrogante, blasonando, ao comparar a Pasta que assumia a uma orquestra, ser ele o único regente, esquecido de que, se a estratégia da política da Defesa Nacional fosse expressa em partituras, não teria capacidade para formulá-la, ainda que possa entender de claves ou notas musicais.

Parece-me haver a natureza pregado uma peça no Senhor Jobim, pois, o que lhe privilegiou em físico, restringiu-lhe em bom senso. A sua decisão de fardar-se de General de Exército, além de ridícula, foi uma demonstração pública de transgressão da lei, atitude que, como ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), jamais deveria haver tomado.

A farda, para os integrantes das Forças Armadas, é um símbolo da honra militar e tem tanto significado, que se nos afigura como outra pele a revestir-nos o corpo, acalentando de orgulho os nossos espíritos, em parte decepcionados, findo o ciclo revolucionário, pela inexistência de exemplos dignificantes. Envergada, entretanto, pelo Ministro Jobim, ela desfigurou-se, aviltada, posto que vazia de mística e de significado. O que deveria ser um uniforme do Exército, era apenas uma fantasia e aquele que deveria figurar como um imponente General, não foi além de uma caricata figura de um ambicioso político à cata de ribalta, visibilidade e projeção, no afã de se viabilizar candidato à Presidência da República

Sendo o Ministro Jobim réu confesso de haver violado a Constituição Federal, inserindo por conta própria tópicos que não deveriam constar no seu texto, carece de credibilidade para tomar ciência de assuntos, protegidos por grau de sigilo, inerentes à Defesa Nacional.

No Brasil, corrompido por uma crise moral sem precedentes, que faz o brasileiro viver um dos mais amargos instantes de sua história, urge que as Forças Armadas não se deixem contaminar.

Comparecendo o Ministro Jobim à Academia Militar de Agulhas Negras, quando da entrega dos espadins aos cadetes da turma “Marechal Emílio Garrastazu Médice”, justa e singela homenagem prestada pelos jovens futuros oficiais à valorosa figura de um brasileiro, insigne soldado e estadista, deliberadamente, no seu discurso, olvidou o nome do patrono da turma, numa desfeita acintosa aos cadetes e à memória do homenageado. É que a figura honorável e digna de Médici, que se agigantara moralmente no exercício do Poder, amesquinha o arrogante Ministro, coadjuvante do então presidente FHC, quando, como seu Ministro da Justiça, se notabilizou apenas na elaboração de uma notória iniqüidade, nefasta ao Tesouro Nacional, espoliado, para beneficiar algozes da Revolução de 64

Hoje, o presidente Lula, considerado pelos brasileiros éticos e pelo ex-deputado Robert Jefferson como o Ali Babá do escândalo do mensalão, lança no Planalto um livro, escrito por ex- terroristas, repetindo as mesmas acusações contra os militares, com o objetivo, certamente, de não deixar se extinguir a sinecura que tem enchido os seus fétidos bolsos, com o suado dinheiro espoliado dos brasileiros sofridos

Caberia aos comandantes das Forças Armadas exporem essa verdade ao Brasil, com clareza e coragem, porém não o fizeram, porque o mutismo e o conformismo passaram a ser a tônica do procedimento de Chefes que deveriam ser líderes de suas Forças, todas elas integradas, na sua maioria quase absoluta, por homens idealistas, abnegados e disciplinados que, por serem altivos, repudiam a omissão, mas, por estarem no serviço ativo, são obrigados a silenciar.

Felizmente para o Brasil, pelo menos no seio das Forças Armadas, valores como patriotismo, dignidade, honra, coragem, verdade, desprendimento, abnegação e ética ainda não feneceram, pois a tropa, em razão de ser instruída com ardor e entusiasmo, é sempre flamante de brasilidade



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