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Poesias-->Apocalipse -- 19/02/2003 - 09:50 (Second Dupret) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Grão de poeira carcomido pelo passar dos séculos,

estuprado pelo poder cataclísmico dos grandes

sóis, nos planos circulares de luzes insonoras

que abrandam as fornalhas atômicas dos espaços

interestelares. Mundos perdidos. Luzes eternas.

Poeira da poeira das estrelas. Vivemos longe das

mansões da vida, onde o ácido e o básico

fundem-se no que é neutro. Viajando a velocidades

admiráveis, partículas brilhantes voam ao meu

redor. No distante mundo banhado pelo halo

galáctico dos universos, lá onde o tempo se curva

à sua majestade, a energia. Dirão muitos que os

céus estão abalados quando, no entanto, o homem

estará abalado. O peso, que faz o corpo inerte, e

a massa são apenas os veículos que transmitem o

que sou. Ah, anéis perdidos flutuantes do nada.

Ah, civilizações descrentes. Por que não me deixam

ser? Pois digo-lhes, que nada passará sem ser

notado. Todo aquele que é nascido assim, assim

será. Quanto ao outros, que dizem nada temer, são

hipócritas. Pois tal qual o judeu errante, vagarão

por entre os espaços etéreos. O nascer do ocaso,

nestes, terá um efeito surpreendente. Quem poderá

imaginar quantos são? A maioria talvez. Luzes

dominantes, rastros brilhantes, bolas de fogo.

Verão descer dos céus luzes, que flutuarão tal

qual o cisne das manhãs nos céus de verão, que

abrindo suas asas, se transforma na Phoenix,

ressurgindo do nada, protegendo seus filhotes.



Grão de poeira, pó. Resistirá ainda muito tempo,

embora o universo se feche sobre ele. Breve, muito

breve, sofrerá a ação abrasadora dos sóis não

infindável, passando por todas as intempéries dos

tempos. Haverá, então, naquele dia, a hora em que

o magma se precipitará. Ai de ti terra infiel. Se

não fizestes nada do que foi feito, terias a

chance de um perdão digno. Sofrerás tal qual

sofreram os inocentes de anos e anos, quando te

pediram alimento e não destes, quando choraram

por agasalhos e não obtiveram, enquanto te

deliciavas com brinquedos de guerra. Sai de

detrás de tuas máscaras, que são muitas, negras

de horror causado a muitos.



Chora... não há mais tempo.




©

Second Dupret

Pedro Luz Cunha
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