C O N F I S S Ã O II
Filemon F. Martins
Amo tua beleza indefinida,
teu sorriso feliz, cativador,
teus cabelos, teu corpo, tua vida,
razão do meu viver, do meu amor.
Amo os teus olhos pretos, ó querida,
teus lábios de mel e o teu calor,
tua voz quando falas comovida,
dando-me paz, conforto à minha dor.
Amo-te, mas tu és querida ingrata,
que a tua indiferença me maltrata,
deixando-me sofrer na solidão...
Hoje, nada mais sou que um peregrino
na estrada tortuosa do destino,
- solitário, por tua ingratidão!
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