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Ensaios-->O produtor rural e o cultivo de eucalipto. -- 24/07/2007 - 17:00 (Giovanni Salera Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PRODUTOR RURAL E O CULTIVO DE EUCALIPTO

A cada ano que passa, a competitividade do mercado tem forçado empresários e produtores rurais pela busca de alternativas que possibilitem uma melhoria de renda em seus negócios.
Nos últimos anos, temos visto aqui em nosso Estado uma tendência crescente pelo interesse no plantio de eucalipto. Isso tem se mostrado como uma nova esperança para muitos agropecuaristas, especialmente para aqueles que querem aproveitar áreas de pastagem e cultivo que se encontram subutilizadas ou degradadas sem suas propriedades.
Aqui nesse texto, apresento algumas informações que podem ser úteis aos produtores rurais que estejam interessados em implantar uma floresta de eucalipto.
Na grande maioria dos casos, quem faz um plantio de eucalipto acaba desenvolvendo tal atividade com o objetivo de ceder os Créditos de Reposição Florestal para terceiros. Antes mesmo da implantação do plantio de eucalipto, o produtor rural já tem uma estimativa do rendimento previsto e, o mais importante de tudo, ele já sabe quanto vai lucrar com a venda da madeira, que se dá através de um contrato de cessão de parte ou do total da produção. Mas, antes de pensar em planejar um plantio desse tipo, os interessados devem estar cientes que precisam providenciar o Licenciamento Florestal da Propriedade Rural (LFPR) junto ao Instituto Natureza do Tocantins (NATURATINS).
Com a licença do NATURATINS em mãos, o proprietário rural pode pensar então em iniciar o seu plantio, que deve começar pela contratação de um profissional habilitado que ficará responsável por todos os detalhes em campo e junto ao órgão ambiental.
A execução do plantio de eucalipto deve ser feita em várias etapas, que compreendem diferentes atividades, tais como: (1) análise de solo, e caso necessário a sua devida correção, conhecida tecnicamente como calagem; (2) controle prévio de formigas; (3) limpeza da área do cultivo, através da destoca e enleiramento dos arbustos e arboredos; (4) preparo do solo; (5) aquisição e transporte das mudas até a propriedade; (6) segundo combate às formigas; (7) adubação prévia ao plantio ou primeira adubação; (8) plantio das mudas; (9) adubação de cobertura ou segunda adubação e (10) replantio, para compensar as mudas que não pegaram. Em geral, essas etapas duram de seis a oito meses. Vale lembrar ainda que além dessas etapas, outras atividades complementares devem ser realizadas, como por exemplo, o monitoramento das formigas, a prevenção e combate de doenças, a limpeza da área do plantio através da capina manual e/ou mecanizada, além da realização de aceiros para prevenir incêndios florestais.
Um detalhe que não pode ser esquecido trata-se do cuidado com as embalagens dos agrotóxicos, que devem ser devolvidas aos mesmos estabelecimentos onde foram adquiridas para serem destinadas às “Unidades de Recebimento e Armazenamento de Embalagens Vazias”, licenciadas pelo NATURATINS.
Muita gente pensa que o plantio de eucalipto é uma mina de dinheiro e a solução para utilização racional dos milhares de hectares de áreas subutilizadas em nosso Estado. Mas deve estar claro para todos que o sucesso de um empreendimento assim depende, primeiramente, da orientação de um profissional competente e do interesse do proprietário em observar todos os detalhes técnicos exigidos pelo órgão ambiental, pois, certamente, se algum desses itens faltar, o sucesso do empreendimento pode ir por água abaixo.

Publicado no Jornal Chico, edição n. 35, p. 05, de 01/07/2007. Gurupi – Estado do Tocantins.

Giovanni Salera Júnior é Mestre em Ciências do Ambiente e Especialista em Direito Ambiental.
E-mail: salerajunior@yahoo.com.br
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