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Artigos-->Presídios Lotados. Ladrões na Rua -- 05/03/2002 - 17:41 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


É grande o número de pessoas, melhor dizendo, de presidiários, com problemas mentais adquiridos dentro das cadeias. Uma pesquisa realizada pelo departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford revelou que no universo de nove milhões de presidiários no mundo inteiro, um em cada sete sofre de algum distúrbio psiquiátrico. No Brasil, não é diferente. As doenças mentais são uma resposta às condições desumanas em que se encontram os presos.





O cenário das cadeias brasileiras lembra filmes de terror. Presos amontoados entre pequenas selas, imundas, vivem apreensivos, à espera da morte, por traição, ou por motivo algum.A pesquisa detectou distúrbios da personalidade em 65% dos homens e 42% das mulheres.





Enquanto isso, o governo federal dispõe de R$300 milhões de Fundo Penitenciário Nacional, segundo a imprensa, para repassar aos Estados. Segundo o Ministro da Justiça, “não se pretende privatizar os presídios, mas terceirizar os serviços de segurança e fornecimento de alimentos.”





No encontro ocorrido em Florianópolis, Santa Catarina, referente à Sétima Conferência Nacional de Secretários de Justiça e Direitos Humanos, verificou-se que, no Brasil , há muitos presos e poucas vagas. O número de condenados aumenta mais do que a quantidade de celas nas cadeias. E ainda, que as cadeias dificilmente conseguem o objetivo da lei que é a recuperação dos presos. E que raramente alguém sai da prisão melhor do que entrou.





Grandes descobertas! Nem precisava tanta conferência para chegar a este ponto. Mas o que mais me surpreendeu não foram as “descobertas” feitas pelos participantes daquela citada conferência. A surpresa ficou por conta da constatação de que, no Brasil, há muitos presos e poucas vagas.





Salvo melhor juízo, ficou faltando definir que tipo de vaga. Ou então estão prendendo errado. Para o ladrão de galinhas, concordo com a premissa. Há, realmente, poucas vagas. O problema, inclusive, para o pequeno ladrão, é muito parecido com o vestibular para cursar medicina. A relação vaga/candidato, no vestibular, chega a ser desanimadora para quem gostaria de ser um profissional da medicina.





Porém, em relação às vagas para os doutores e excelências, a coisa muda de figura. Para os que praticam os crimes do “colarinho branco”, os corruptos em geral, juízes, políticos e empresários, que roubam, descarada e impunemente os cofres públicos, há vagas sobrando.





E vagas em cadeias especiais. Com direito a cafezinho e ar condicionado. Telefone e televisão, também. E se bobear, dá até pra ser papai dentro das celas. E mesmo assim, ninguém quer ficar lá dentro.





Preferem continuar do lado de fora, correndo o risco de serem presos, algemados e fotografados. Mesmo que depois sejam soltos. E resolvam, finalmente, deixar este país. Fixar residência no exterior. Até que as “perseguições” políticas sejam esquecidas e possam eles arriscar a volta ao poder; quem sabe já nas próximas eleições?





Domingos Oliveira Medeiros-05-03-2002.








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