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Ensaios-->Memorial do Comunismo: Cogumelo atômico -- 11/07/2007 - 15:44 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Félix Maier
Usina de Letras - 13/02/2001

Pensei que já tinha lido tudo sobre as atrocidades praticadas pelos comunistas. Porém, de tempos em tempos, aparece sempre alguma reportagem, normalmente sobre alguma pobre alma que, à beira da morte ou à beira de um ataque de consciência, resolve falar alguma coisa. Preencher um pouco a lacuna abissal sobre o assunto, que quase nada conhecemos, por falta de dados e depoimentos, lançar um pouco de luz nos porões das Lubiankas que se espalharam por todo o mundo no século passado.

Quando menino ainda, tive meu primeiro contato com essa nefasta doutrina. Não me lembro do nome do livro, apenas que era um calhamaço considerável para um adolescente ler, a capa era bem ilustrativa, da cor vermelho-sangue. O assunto: a terrível perseguição comunista em países do leste europeu, com humilhações, torturas e mortes, principalmente de sacerdotes e bispos católicos, que fazem a 'caravana da morte' – com que a esquerda tenta demonizar Pinochet – parecer um piquenique de escoteiros. Essa primeira leitura sobre o comunismo, muito antes de ler algumas obras de Marx, me deu a exata medida do que pode ser uma filosofia tão nefasta e tão odiosa, como é a filosofia comunista.

Um outro livro de impacto sobre o comunismo que li foi 'Arguipélago Gulag' (1), de Alexandre Soljenítsin. A insegurança da população russa, que podia receber a qualquer hora da noite um policial, as pessoas não sabendo se voltariam para casa depois de passar pela Lubianka ('amorzinho', em russo), a famigerada prisão de Moscou, onde enfrentavam processos kafkianos, eram mortos com tiro na cabeça sem compreenderem o real motivo dessa violência, ou, com alguma sorte, eram trancafiados em vagões de trens para serem levados a uma das dezenas ou centenas de gulags espalhados pela Sibéria, os terríveis campos de concentração de prisioneiros. Eram tantos esses campos que Soljenítsin os chamou de 'arquipélago'. As atrocidades cometidas contra várias categorias profissionais russas – uma hora eram os engenheiros os culpados pela baixa produção agrícola, outra hora eram os 'kulaks' (camponeses remediados, que tiveram certa liberdade durante curto período após a Revolução Russa, de 1922 a 1928) os culpados pela carestia em toda a Rússia, ou ainda eram os próprios 'comissários do povo' que eram processados e executados, os mesmos que anteriormente estavam acima do bem e do mal para condenar prisioneiros à morte. Tudo sob a vista do 'grande encenador', Stálin, que se extasiava sadicamente comandando esse espetáculo macabro. A fome endêmica que assolou toda a Rússia, com pais chegando ao extremo de comer seus próprios filhos para sobreviver. Talvez daí tenha surgido a famosa frase 'comunista come criancinha'.

Mais recentemente, li 'Os Camaradas', de William Waack (2). O livro relata toda a sordidez de Luiz Carlos Prestes, funcionário do Komintern, que recebia salário dos russos (o tal 'ouro de Moscou') e foi designado para comandar a revolta comunista no Brasil, conhecida como Intentona Comunista. Logicamente, a filha de Prestes tentou refutar o relato de Waack, dizendo que o jornalista tinha inventado tudo, que nada havia nos arquivos de Moscou que incriminasse Prestes. Cantado em verso e prosa por Jorge Amado e pelos bicheiros das escolas de samba do Rio como o 'cavaleiro da esperança', Prestes na verdade comandou um bando de jagunços, os 'cavaleiros do apocalipse', que promoveram o terror no interior do Brasil, com assaltos a residências, roubo de animais para abate, estupros, humilhações, tortura e morte, muita morte. Muitos pais de família, quando se negavam a entregar um animal à Coluna para abate, eram torturados e humilhados a ponto de serem obrigados a comer terra com as fezes do animal enfim abatido. Isso foi comprovado pela leitura das memórias de Juarez Távora, recentemente liberadas, e por relatos de pessoas, inclusive do Distrito Federal, sobre a famigerada Coluna Prestes. 'Camaradas' relata, ainda, o 'justiçamento' de Elza, uma comparsa dos comunistas na Intentona, morta friamente a mando de Prestes, por desconfiar que a mesma havia delatado alguns companheiros à polícia. E, apesar de se conhecer tanta barbaridade cometida por este infeliz, o que mais se vê são memoriais e bustos, bustos e memoriais sendo edificados em várias partes do país para preservar a memória do facínora. Uma autêntica incitação ao crime.

Há alguns anos li um artigo, não me lembro se em 'Veja' ou 'Istoé', sobre um sistema de tortura 'sui generis' praticado pelos comunistas chineses durante a Revolução Cultural. Muitos presos tinham seus órgão sexuais – pênis e testículos – arrancados, assados e comidos. O dito 'churrasquinho chinês'. Tirei uma cópia do artigo para meu filho entregar ao professor de História, no Colégio Militar de Brasília. O professor, obviamente, disse que tudo aquilo era intriga burguesa, que não tinha o mínimo fundamento. Claro, o livro de História indicado pelo Colégio (3) fazia uma apologia aberta ao regime cubano e ao regime soviético, indicando muitas leituras suplementares, além de filmes, como 'Encouraçado Potenkin'. Obviamente, o livro não indicava a leitura de 'Arquipélago Gulag', que faria ruir todo o engodo apresentado pelo livro sobre Cuba e Rússia.

Nos últimos tempos, tenho lido alguns artigos que desmascaram os comunistas que atuaram em guerrilhas contra o Governo militar brasileiro, que hoje se apresentam como democratas, mas que na realidade foram fazer cursos em Cuba para tentar implantar em nosso país a pior de todas as ditaduras, a ditadura comunista. Os jornais apresentaram alguns artigos sobre o assunto, muito superficialmente, para em seguida se concentrar na chamada 'Operação Condor', para chamar de terroristas os militares sul-americanos que lutaram exatamente contra o terrorismo comunista. Pura mistificação. Não interessa à imprensa mostrar este lado sujo dos comunistas, com passagens por Pinar del Río (centro de ensino de guerrilha, em Cuba) e pela Universidade Patrice Lumumba, em Moscou, que tinha o mesmo objetivo. Uma amostra ainda incompleta dessa 'caravana de terroristas' está no site www.ternuma.com.br, no link 'Onde eles estão?' José Dirceu, por exemplo, atual presidente do PT, além de fazer curso em Cuba, foi membro do serviço secreto cubano, tentou desestabiliar o Governo brasileiro – talvez por isso traga sempre debaixo do braço um dossiê contra alguém, dados adquiridos sabe Deus como, com certeza junto ao banco de dados do Ptpol, a Interpol do PT, como já brincou Espiridião Amin. No atual Governo, como se vê, ser traidor do país e agir subrepticiamente não é crime nenhum, é a coisa mais natural do mundo. Apenas o teste final para conseguir a aprovação no 'rito de passagem' para ser aceito pela fraternidade socialista. O Presidente Fernando Henrique se diz escandalizado por haver um ex-torturador na ABIN, exige sua imediata demissão, porém faz mesuras a Fidel Castro, em posição de sentido, um tirano que é o maior torturador do mundo em atividade. Esquece nosso presidente que tem Ronald Biggs (4) em seu próprio Palácio, na ante-sala de seu gabinete. Como todos sabem, seu secretário-geral, Aloysio Nunes Ferreira, antigo 'militante' do PCB e da ALN de Marighela, tem em seu currículo um assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí, em agosto de 1968, e um assalto ao carro-pagador da Massey Ferguson dois meses depois - dinheiro que permitiu à ALN intensificar suas operações terroristas. Após o assalto, Aloysio fugiu com a esposa Vera Trude de Souza, também 'militante' da ALN, para Paris com documentos falsos. O Presidente da Petrobrás, Henry Phillipe Reichstul, era membro do grupo terrorista Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). A irmã de Rechstul, Pauline, também 'militante' da VPR, morreu em tiroteio com a polícia em Recife, em 1973, quando tentava reestruturar a VPR no Brasil, depois de ter voltado de um curso de guerrilha em Cuba. Nilmário Miranda, integrante do naipe de espadas vingadoras da 'Comissão dos Desaparecidos Políticos', pertenceu ao Partido Operário Comunista (POC) e à Organização de Combate Marxista-Leninista – Política Operária (OCML-PO). Bete Mendes utilizava o nome-de-guerra 'Rosa', paródia tupiniquim da 'Rosa de Luxemburgo'. Um rosário de mentiras foi criado pela 'Rosa' da terrorista VAR-Palmares contra o coronel Ustra Brilhante, sem apresentar provas. 'Rosa' atualmente 'guerreia' em algumas novelas e seriados da TV Globo, como 'Aquarela do Brasil', e foi nomeada presidente da Funarj pelo governandor Garotinho. A lista de TERNUMA é grande, mas certamente incompleta.

Uma coisa é certa: antigos terroristas, amparados pela Lei da Anistia, hoje trafegam com desenvoltura pelos mais diversos carpetes da República. Não haveria nada de contraditório nisso, caso a Lei da Anistia fosse aplicada a todos. Não se pode perseguir publicamente alguém que seja acusado de antigo torturador, normalmente sem provas, negando a esse indivíduo os direitos estendidos a antigos terroristas. Anistia é esquecimento e, legalmente, é como se tal crime nunca tivesse existido. Porém, não é o que se observa nesse atual Governo, quando uma simples acusação do Grupo Tortura Nunca Mais tem o poder de acabar com a carreira de muitos cidadãos, tornando-os párias perante a sociedade, levando constrangimento a seus familiares. Isso, sim, é um crime hediondo, que está sendo cometido com a plena aprovação do Governo. O que não é de se estranhar, pois se trata de mais uma ação dos comunistas, muito bem articulados, como sempre.

O 'Estado de S. Paulo' (5) trouxe a público mais uma barbárie comunista. Que, com certeza, não deverá ser a última, nem a penúltima. Muitas outras virão à tona, não tenho a menor dúvida. Relata o Jornal que em 1947 foi criada na Criméia uma base militar, a Unidade Bagerovski. Era uma esquadrilha secreta da antiga Força Aérea soviética, que tinha por finalidade testar bombas atômicas e de hidrogênio. Um dos pilotos, Konstantin Lyasnikov, afirmou que os integrantes de sua Unidade foram utilizados várias vezes como cobaias, para verificar como os aviadores reagiam ao calor e às explosões nucleares, voando a 300 metros de altura em direção ao cogumelo atômico. A Unidade lançou 178 bombas antes de ser dissolvida, em 1972. Os testes eram realizados principalmente nos campos de provas nucleares de Semipalatinsk, no Cazaquistão, e em Novaya Zemlya, península no Círculo Polar Ártico.

Qual será o mais novo episódio de terror comunista que tomaremos conhecimento? Quem tem ainda, em sã consciência, coragem de defender tal regime? Pelo que se observou em Porto Alegre, por ocasião do Forum Social Mundial, quando se ouviram vivas e mais vivas a Cuba e à Coréia do Norte, ainda existe um grande número de patifes que defende tal aberração. O Fórum seria a tentativa de instalação da '5ª Internacional Comunista'?



(1) SOLJENÍTSIN, Alexandre. 'Arquipélago Gulag'. Difel/Difusão Editorial S.A. São Paulo e Rio de Janeiro, 1976.

(2) WAACK, William. 'Os Camaradas. Nos Arquivos de Moscou. A história secreta da revolução brasileira de 1935'. Companhia das Letras, São Paulo, 1993.

(3) PAZZINOTO, Alceu Luiz; SENISE, Maria Helena Valente. 'História Moderna e Contemporânea'. Editora Ática, 7ª edição, São Paulo, 1994.

(4) Ronald Biggs: ladrão de um trem-pagador na Inglaterra, fugiu para o Rio de Janeiro - capital mundial da impunidade, como apontam muitos filmes de Hollywood -, onde constituiu família e vive tranqüilamente, sem ser incomodado pela Interpol.

(5) 'Pilotos atravessam cogumelos atômicos'. Jornal 'O Estado de S. Paulo', 28/02/2001.



Brasília, 13 de fevereiro de 2001.




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