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Ensaios-->Memorial do Comunismo: Operação Condor -- 04/07/2007 - 16:48 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Operação Condor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Operação Condor foi uma colaboração entre os vários regimes militares da América do Sul — Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai — para coordenar a repressão a opositores de esquerda ('subversivos'), montada a partir do início dos anos 1970 e durou até a onda de redemocratização na década seguinte. O movimento foi liderado por militares da extrema direita da América Latina.

A operação foi batizada com o nome do condor, ave típica dos Andes e símbolo da astúcia na caça às suas presas.

Índice

1 Financiamento e treinamento
2 Participantes das ações
3 Negativa de direitos jurídicos e políticos
4 O seqüestro dos uruguaios
5 Justiça italiana
6 Representações na mídia


Financiamento e treinamento

Os países participantes foram o Brasil, a Argentina, o Paraguai, o Uruguai e o Chile. O governo do general Hugo Bánzer na Bolívia também colaborou.

A ação foi conjunta e financiada com dinheiro o apoio logístico e treinamento oferecido pelo governo dos Estados Unidos.

A função principal era destruir todos aqueles que eram considerados adversários políticos perigosos aos sistemas ditatoriais montados na América Latina. O primeiro passo da Operação Condor foi executar a imediata unificação de esforços de todos os aparatos repressivos das ditaduras que haviam se instalado.

Foi comprovado em 1992, por meio da divulgação de documentos da polícia secreta do Paraguai da existência do terrorismo de estado implantado em todo o cone sul da América do Sul.


Participantes das ações

Na verdade, a Operação Condor foi um acordo costurado por todos os países do cone sul com a intermediação do governo norte-americano na tentativa de legitimar ações de caça, prisões, torturas, assassinatos e desaparecimentos de cidadãos dos países envolvidos nas ditaduras militares.

Ocorreram ainda durante o período das atividades trocas de prisioneiros e desaparecimentos não importando quais eram as suas nacionalidades. A jurisdição da operação se dava em todos os países envolvidos ao mesmo tempo, e era dinâmica de forma a evitar a burocracia nas trocas de informações.


Negativa de direitos jurídicos e políticos

Aos acusados e perseguidos pelos agentes, eram negados todos os direitos jurídicos e políticos, pois poderiam facilmente ser levados de um território a outro sob a acusação de terrorismo.


O seqüestro dos uruguaios

Em 1978, ocorreu um caso famoso chamado de o 'Seqüestro dos Uruguaios', em Porto Alegre com o sequestro de Lilian Celiberti e Universindo Diaz, casal uruguaio residente no Brasil, pelas polícias do Uruguai e brasileira, numa operação conjunta. O caso foi revelado através de uma ligação anônima recebida pelo diretor da sucursal da Veja em Porto Alegre, Luiz Claudio Cunha, que ao tentar verificar a denuncia, acabou por testemunhar o sequestro.

O Seqüestro dos Uruguaios A Operação Condor levou a repressão clandestina do Uruguai ao Brasil, em 1978, no que ficou conhecido como o “Seqüestro dos Uruguaios”. Um comando do Exército uruguaio, com a conivência do regime militar brasileiro, saiu de Montevidéu, atravessou clandestinamente a fronteira, em novembro de 1978, e desembarcou em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, onde seqüestrou um casal de militantes da oposição uruguaia, Universindo Rodríguez e Lílian Celiberti e seus dois filhos, Camilo (8 anos) e Francesca (3 anos). A operação ilegal fracassou quando dois jornalistas brasileiros - o repórter Luiz Cláudio Cunha e o fotógrafo João Baptista Scalco, da sucursal da revista VEJA no sul -, alertados por um telefonema anônimo, foram ao apartamento onde o casal morava, no bairro do Menino Deus, na capital gaúcha (1). Lá, confundidos com companheiros dos uruguaios, os jornalistas foram recebidos por homens armados, que mantinham Lílian prisioneira. Universindo e as crianças já tinham sido levados clandestinamente para o Uruguai (2). A inesperada aparição dos jornalistas quebrou o sigilo da operação, que foi desmontada às pressas para levar Lílian também a Montevidéu. O fracasso da operação evitou que os seqüestrados fossem mortos. A denúncia do seqüestro, que ganhou as manchetes da imprensa brasileira, se transformou num escândalo internacional, que constrangeu os regimes militares do Brasil e do Uruguai. As duas crianças foram entregues, dias depois, aos avós. Lílian e Universindo, presos e torturados no Brasil, ficaram cinco anos nas prisões militares do Uruguai. Com a democratização uruguaia, em 1984, o casal foi libertado e confirmou os detalhes do seqüestro (3). Em 1991, por iniciativa do governador Pedro Simon, o Estado do Rio Grande do Sul reconheceu o seqüestro e indenizou os uruguaios, gesto que o regime democrático de Montevidéu repetiu no ano seguinte, no governo do presidente Luís Alberto Lacalle. Em 1980, a Justiça brasileira condenou dois policiais - os inspetores Orandir Portassi Lucas (conhecido como Didi Pedalada, ex-jogador de futebol do Internacional e do Atlético Paranaense) e João Augusto da Rosa, do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) gaúcho, braço estadual da repressão política – como os homens armados que receberam os jornalistas no apartamento da rua Botafogo. Ambos foram identificados pelos repórteres e pelo casal uruguaio como participantes do seqüestro, confirmando o envolvimento brasileiro na Operação Condor dos uruguaios em solo gaúcho (4). O chefe dos policiais no DOPS, delegado Pedro Seelig, identificado pelo casal uruguaio como o responsável pela operação em Porto Alegre, foi denunciado na Justiça, mas absolvido por falta de provas. Quatro oficiais da secreta Companhia de Contra-Informações do Exército uruguaio – dois majores e dois capitães – participaram do seqüestro na capital gaúcha, com autorização das autoridades brasileiras (5). Um deles, o capitão Glauco Yanonne, torturou pessoalmente Universindo na sede do DOPS, em Porto Alegre (6). Apesar do reconhecimento do casal, nenhum militar uruguaio foi processado pela Justiça em Montevidéu, com base na Lei de Impunidade que garantiu anistia aos envolvidos na repressão. O trabalho de investigação da revista Veja e dos repórteres Cunha e Scalco foi distinguido, em 1979, com o Prêmio Esso, o mais importante da imprensa brasileira (7). O autor do telefonema anônimo, Hugo Cores, um ex-preso político uruguaio que vivia clandestinamente em São Paulo na época do seqüestro, disse à imprensa brasileira, em 1993: “Todos os uruguaios seqüestrados no exterior, algo em torno de 180, estão desaparecidos até hoje. Os únicos que sobreviveram são Lílian, as crianças e Universindo” (8). O seqüestro dos uruguaios em Porto Alegre acabou sendo o único fracasso de repercussão internacional da Operação Condor, entre centenas de ações clandestinas das forças de repressão das ditaduras do Cone Sul da América Latina, responsáveis por milhares de mortos e desaparecidos no período 1975-1985. Um quadro sobre a repressão política na região, montado pelo jornalista brasileiro Nilson Mariano, faz uma estimativa sobre o número de mortos e desaparecidos naquela década: 297 no Uruguai, 366 no Brasil, 2.000 no Paraguai, 3.196 no Chile e 30.000 na Argentina (9). Os números dos ‘Arquivos do Terror’ - um conjunto de 60 mil documentos, pesando quatro toneladas e somando 593 mil páginas micro filmadas - descobertos pelo ex-preso político paraguaio Martín Almada na cidade de Lambaré, Paraguai, em 1992, são ainda mais expressivos: no total, o saldo da Operação Condor no Cone Sul, chegaria a 50.000 mortos, 30.000 desaparecidos e 400.000 presos (10).

Notas

(1) CUNHA, Luiz Cláudio. Sucesso de investigação. In: Fernando Molica (org.) 10 reportagens que abalaram a ditadura. São Paulo: Record, 2005, pp. 117-248.
Ver também edições da revista VEJA das seguintes datas: 29/11/1978; 20/10/1978; 27/12/1978; 17/1/1979; 15/2/1979;18/7/1979; 24/10/1979; e 11/6/1980.

(2) CUNHA, Luiz Cláudio. Por que sou testemunha de acusação deste seqüestro. Playboy, No. 52, nov. 1979, pp. 127-131 e 164-168.

(3) FERRI, Omar. Seqüestro no Cone Sul. O caso Lílian e Universino. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1981.

(4) CUNHA, Luiz Cláudio. O seqüestro de Lilian e Universindo - 15 anos depois. A farsa desvendada. Zero Hora, Caderno Especial, 22/11/1993, 8 p.
Ver também O Seqüestro dos Uruguaios - 15 anos depois. RBS Documento. Vídeo produzido e apresentado pela RBS TV, Porto Alegre, novembro 1993.

(5) BOCCIA PAZ, Alfredo et al. En los sótanos de los generales. Los documentos ocultos del Operativo Condor, Assunção, Paraguai: Expolibro, 2002, pp. 219-222.

(6) CUNHA, Luiz Cláudio, Glauco Yanonne. Torturador ganhou um Nobel. Zero Hora, Caderno Especial, 22/11/1993, p. 6.

(7) PRÊMIO ESSO DE jORNALISMO, ver http://www.premioesso.com.br/site/premio_principal/index.aspx?year=1979

(8) CUNHA, Luiz Cláudio. Morre o homem que salvou Lílian Celiberti. Zero Hora, 10/12/2006.

(9) MARIANO, Nilson. As Garras do Condor . São Paulo: Vozes, 2003, p. 234.

(10) BOCCIA PAZ, Alfredo et al., op. cit., pp. 229-263.

(10) DINGES, John. Os anos do Condor. Uma década de terrorismo internacional no Cone Sul, São Paulo: Companhia das Letras, 2005, pp. 347-353.


Maiores Informações sobre os ‘Arquivos do Terror’,ver http://www.unesco.org./webworld/paraguay/documentos.html


Justiça italiana

Existem documentos que comprovam que o procurador Giancarlo Capaldo, magistrado italiano, investigou a ação de militares argentinos paraguaios, chilenos e brasileiros que torturaram e assassinaram cidadãos italianos na época das ditaduras militares da America Latina.

No caso de acusados brasileiros de assassinato, sequestros e torturas, havia uma lista com o nome de onze brasileiros além de muitos militares de altas patentes dos outros países envolvidos na operação.

Segundo as palavras do Magistrado em 26 de outubro de 2.000 : '(sic)...Nada posso confirmar nem desmentir que até dezembro militares argentinos, brasileiros, paraguaios e chilenos serão submetidos a julgamento penal...'

Ainda em dezembro de 2.000 a Justiça italiana iniciou o julgamento dos 11 brasileiros, todos militares e policiais. Eram acusados desaparecimento de três argentinos descendentes de italianos. Os brasileiros eram atuantes da Operação Condor . Por segredo de justiça, os resultados dos julgamentos e as punições dos criminosos, se houveram, não foram noticiadas.


Representações na mídia

A Operação Condor foi retratada, ainda que de forma especulativa, no filme Estado de Sítio, do cineasta grego Costa-Gavras.


Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Condor


***

Comentário

F. Maier

Foi corretíssima as ações dos governantes, a chamada 'Operação Condor', de combate conjunto dos países latino-americanos, que enfrentaram a Peste Vermelha que se espalhava por todo o mundo e, particularmente, pela América Latina. Tão correta como hoje existe a Interpol para, em trabalho conjunto, investigar e prender bandidos em todo o mundo.

O que as esquerdas fazem, ainda na atualidade, é esconder a bandidagem comunista, a exemplo do terrorista Batisti, preso recentemente no Rio de Janeiro, ligado ao grupo terrorista italiano Brigadas Vermelhas. Os terroristas brasileiros de ontem e de hoje querem impedir a extradição de Batisti para a Itália, provando que continuam do lado da bandidagem.

Os criminosos internacionais sabem muito bem que país escolher para se homiziar. Assim foi com Ronald Biggs, o assaltante do trem-pagador inglês. Assim foi com inúmeros nazistas, como Mengele, que aqui se esconderam para fugir da forca. Não foi diferente com Batisti. Ele sabe muito bem que aqui tem fiéis 'kamaradas', como o antigo terrorista/seqüestrador Fernando Gabeira e toda a companheirada do PT, PCdoB, MR-8 e demais afiliados da Peste Vermelha.

Nem por nada que muitos filmes de ação de Hollywood, que tratam de roubo de bancos, terminam por mostrar os ladrões se mudando faceiramente para as praias e as mulatas de Copacabana...

Triste Brasil! Triste América Latrina, onde ainda predomina uma ideologia assassina, que no século XX deixou um saldo de 110.000.000 de mortos, mas que ainda é venerada por facínoras como Fidel Castro e seguida por fiéis escudeiros do corvo do Caribe, a exemplo de Hugo Chávez, Evo Morales, Lula e toda a Peste Vermelha que lhes acompanha.



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