Foi numa tarde de domingo... eu não estava com ela mais ela estava lembrando de mim...
Pela primeira vez em muito tempo eu tive coragem de ler o que ela havia escrito para mim
em algum dia triste... pretensão masculina.. ela não escreveu para mim... eu estava na mente
dela quando escreveu mas não foi para mim... eu nunca fui objetivo... mas li o que ela publicou entre outras coisas que não se relacionavam a mim...
Li os textos... eu estava num lugar onde eu não poderia chorar... meninos não choram... eu nunca
soube porque eu não podia segurar algumas lágrimas na presença dela... cara de mãe...
Aqui eu posso ser o menino de sempre e segurar as lágrimas... aqui neste ambiente não
familiar, em um mouse não familiar, em um monitor não familiar... palavra não
familiar: monitor... eu o vejo todo dia mas seu nome não me é familiar... "monitor". Não perceber o que vejo todo dia... problema familiar.
Coloco-o agora entre aspas para dar mais importància a ele: sentimento de culpa...
Li seus textos e uma pessoa que acompanha a leitura e não sabe que estes textos são coisas
que eu deveria ignorar, ignorar... esta benção que você proclama aos ventos da cizània e que
eu acabo de abdicar... desculpa mi sueños... sentimento de culpa... sentimento não familiar... presente...
Li os textos e esta pessoa de vênus me diz: esta escritora esta mesmo apaixonada... coitada...
comentário que recebe por resposta um "é mesmo"... e em seguida
"você fala com voz de amor não correspondido?" e ela "sim..." e eu "ele nunca soube?"
e ela "vocês nunca percebem..." perceber... meu monitor... seus textos que só agora tive
coragem de ler... coragem... não familiar.. coragem e leitura não familiar...
Textos lidos e lágrimas contidas... contenção... repressão... amor... amor reprimido...
lágrimas reprimidas... comentários reprimidos... coisas que eu não deveria saber.