Usina de Letras
Usina de Letras
284 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62174 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50578)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Pára, Nóia! -- 11/11/2003 - 06:21 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic"ali, oh:=>>>Choro qual orvalho







— O Tim não é "entreguista",
e gosta de questionar.
Hoje nos pôs na lista
daqueles com quem brigar...


— A idéia de "entrega"
não pode nos agradar.
Parece um pouco brega,
nada pode ajudar.

Se sempre nós aceitarmos
as coisas como já são,
fazer esforço não vamos
por uma melhor ação.

Para mim progresso é,
no trajeto pessoal,
ou coletivo, com fé,
não aceitarmos tão mal

as limitações vigentes,
e nos empenharmos nelas,
superá-las nas vertentes,
e criar novas janelas.

Se afrouxarmos as pernas,
agindo dessa maneira,
voltaremos pras cavernas,
dormiremos em esteira.

— Pra muitos é a entrega
o mesmo que desistência,
derrota em refrega,
saber da incompetência

pra se reerguer na vida,
uma certa letargia,
a tolerância fingida,
é quase ataraxia.

A verdadeira entrega,
porém, não é nada disso.
A entrega não nos cega,
nem exige compromisso

de suportar, ser passivo
a uma situação,
permanecer inativo,
não ter nenhuma ação;

nem deixar de fazer planos,
nem de não ter confiança,
ficar pensando em danos,
quando pra frente s"avança.

É simples sabedoria,
mas profunda, de cedermos,
sem nenhuma agonia,
simplesmente submetermo-nos,

e nunca de resistirmos
ao fluxo da nossa vida;
e, se nisto insistirmos,
ficaremos sem saída.

Há somente um lugar
em que podemos sentir
tal fluxo se escoar:
o Agora a sorrir.

Entregar-se é ceder,
aceitar sem restrições,
sem reservas receber
os fatos, opiniões,

o que mais acontecer,
nosso momento presente.
É abandonar, solver,
o hábito resistente

que o ego, insistente,
tem de negar a verdade,
um julgamento da mente,
uma negatividade

em nível emocional.
E isso mais se agrava
quando as coisas "vão mal",
quando nossa mente cava,

entre o que é e ela.
Um espaço é aberto
entre o que ela sela
e o que se vê de perto.

Pra quem já viveu bastante,
sabe que tudo "vai mal",
de modo quase constante,
no convívio trivial.

Pois bem, é precisamente
nisso que nossa entrega
tem de ser eficiente,
pra evitar a refrega

com mágoas e sofrimentos.
Aceitando o que é,
o que vem nesses momentos,
entregando-nos com fé,

não nos identificamos
com o ego, com a mente;
ao Ser nós nos religamos
já, imediatamente.

Mente é a resistência.
A entrega é bem dentro
de nós, é ter consciência
de que estamos no centro

de notável existência,
que não somos separados,
e que temos a tenência;
sem sermos alienados

ao que se passa lá fora,
seja qual for a questão;
aceitamos o Agora,
não qualquer situação.

Se atolado num barro,
numa estrada qualquer,
você não pára seu carro,
sair dali você quer.

Não tem que se resignar,
aceitar ficar na lama.
Uma ação vai tomar,
você de nada reclama,

não julga o seu Agora.
Assim, não há resistência.
Não reclama e nem chora,
é a sua "existência".

É a ação positiva,
a que, de fato, resolve;
pois a ação negativa,
ao contrário, lhe envolve

com raiva e frustração.
Para você concluir
e resolver a questão,
tem que isso intuir:

continue praticando
a entrega ao Agora;
não fique o rotulando,
ele não está lá fora.

Em um barco navegando,
à noite, você lumina
com farol, vai enxergando;
sua rota é mais fina,

você com farol avança
sobre a escuridão.
O farol potente dança,
e mantém a direção.

A rota que você vê,
claro espaço, perfeito,
representa nosso Ser;
o farol que vai no leito

do rio é a presença
consciente, bem acesa,
que faz sua diferença
e põe luz na Natureza.

Se você não se entrega
ao Aqui e Agora,
o duro ego lhe cega
— e isso ele adora, —

cria forte sensação
de que somos separados.
Em qualquer situação,
vemo-nos ameaçados.

Surge uma compulsão
inconsciente pro mal,
damos a condenação
pra qualquer coisa banal.

O medo, então, espalha
suas garras pra valer:
uma sombra, uma galha,
tudo vai lhe parecer

que é coisa inimiga;
preender e perceber
qualquer coisa lhe intriga,
nada claro você vê.

Seu corpo e sua mente
ficam, então, mais pesados,
por estar tão resistente;
certos pontos, embolados,

impedem a energia
de circular livremente,
você perde estesia,
por estar tão resistente.

Mas, se você, consciente,
se entrega com frequência,
e se mantém no presente,
finda com a resistência.

E, encontrar sua vida,
dentro de você mesmo,
ter o Ser como guarida,
finda com sofrer a esmo.



Clic"ali,oh:=>>>Perdôo-me





























Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 38Exibido 1093 vezesFale com o autor