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Ensaios-->Pelotões Especiais de Fronteira: os militares na Amazônia -- 28/05/2007 - 09:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PELOTÕES ESPECIAIS DE FRONTEIRA: UMA AULA SOBRE A VIDA MILITAR NA AMAZÔNIA!

(Texto repassado pelo coronel Aluísio Madruga)


O TRABALHO INCANSÁVEL REALIZADO NAS FRONTEIRAS
PELAS TRÊS FORÇAS ARMADAS É ALGO MUITO GRANDIOSO, NA SUA PROTEÇÃO E VIGILÂNCIA, BEM COMO NO APOIO QUE GARANTE A SOBREVIVÊNCIA E EVOLUÇÃO DO POVO QUE VIVE NAQUELA IMENSA REGIÃO PRATICAMENTE ISOLADA.

PORÉM O APOIO GOVERNAMENTAL E OS RECURSOS QUE LHES SÃO ATRIBUÍDOS SÃO DE UMA PEQUENEZ INIMAGINÁVEL.

!!!!!

É MUITO IMPORTANTE A DIVULGAÇÃO AOS BRASILEIROS
DESSAS SIMPLES INFORMAÇÕES E RELATOS, QUE NÃO CONSEGUEM RETRATAR A REALIDADE DA IMPORTÂNCIA E DA BELEZA DOS TRABALHOS REALIZADOS POR PATRIOTAS ABNEGADOS E CORAJOSOS QUE PASSAM PARTE DE SUA VIDA NESTES CONFINS DO BRASIL.

!!!

SOMENTE UM BOM FILME, MOSTRANDO AS ORGANIZAÇÕES,
A REGIÃO ONDE ELAS SE SITUAM, O POVO QUE CONVIVE FELIZ COM O APOIO QUE RECEBEM, E INCLUINDO UMA BOA PARTE DE SOBREVÔO ENTRE AS VÁRIAS UNIDADES DISTRIBUÍDAS PELAS FRONTEIRAS, MOSTRANDO A IMENSIDÃO DESSA REGIÃO, PODERIA RETRATAR FIELMENTE ESSE MARAVILHOSO TRABALHO.

Euro - 10maio2007

Brasil, Acima de Tudo!


From: Reis

To:

Sent: Monday, December 11, 2006 11:25 AM

Subject: : AMAZÔNIA - PELOTÕES ESPECIAIS DE FRONTEIRA

Caros amigos

...uma amostragem do nosso Exército.

...tive vários companheiros de turma que por lá serviram

...praticamente no seu início...começo da década dos anos 60...


AMAZÔNIA - PELOTÕES ESPECIAIS DE FRONTEIRA

O Comando Militar da Amazônia (CMA) é singular
entre os Comandos Militares de Área.

Ele tem sob sua responsabilidade cerca de 60% do território nacional.

O Comando do CMA trabalha diuturnamente na coordenação das ações operacionais e logísticas na sua área de atuação, provendo as condições necessárias para o bom cumprimento da missão pelos seus escalões subordinados.


2º PEF – Querari, São Gabriel da Cachoeira-AM


Introdução

O Pelotão Especial de Fronteira (PEF) é uma Organização Militar (OM) com características verdadeiramente diferenciadas, uma vez que nele o Comandante tem responsabilidades que ultrapassam as lides normais da caserna.

Ali a liderança é uma ferramenta essencial,
apoiada em um adequado conhecimento da natureza humana.

Além desse aspecto, um PEF materializa a Estratégia da Presença na Amazônia, fundamental para a preservação da Região Norte do território brasileiro, conquistada por Pedro Teixeira.

!!!!!!!!

Na análise da estratégia portuguesa, conhecida e valorizada pelos seus resultados, salta aos olhos a verdade contida nas célebres palavras
do General Rodrigo Otávio:

'Árdua é a missão de defender e desenvolver a Amazônia. Muito mais árdua, porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê-la'.

Hoje, essas palavras motivam aqueles que servem na Amazônia, desde as capitais até seus limites mais remotos.

Pessoas simples vivem nas proximidades ou dentro de um PEF e se entusiasmam com os desafios do dia-a-dia.

Esses brasileiros, militares e civis, guarnecem as fronteiras e fortalecem a soberania brasileira na região, a despeito de todas as dificuldades.


Destacamento São Salvador-AC

A vida em um PEF por quem vive lá

No passado, o militar destacado para a fronteira
não era recrutado entre voluntários.

As condições de vida e o isolamento desencorajavam qualquer um a servir nessas terras longínquas.

Hoje, a situação é outra.

Além de voluntários, os militares dos PEF contam com o apoio da Força Aérea Brasileira e da Aviação do Exército para atender às suas necessidades, principalmente as de apoio logístico.

Com o desenvolvimento da Tecnologia da Informação, o advento da Internet e a conseqüente utilização da telefonia por satélite, a sensação de isolamento foi bastante atenuada.

!!!!!

Segundo o Tenente Euler, Comandante do 3º PEF/5º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em São Joaquim, no Noroeste do Estado do Amazonas, em seu segundo ano de comando, 'o dia-a-dia do PEF é bem diferente daquele de outras OM. O trabalho é muito diferente e a experiência é maravilhosa.
Aqui você consolida e aplica todos os seus conhecimentos e tem uma convivência muito próxima com os subordinados e as comunidades indígenas.'


2º PEF – Querari, São Gabriel da Cachoeira-AM

Para o Sargento Laguardia, de Plácido de Castro, no Acre, foi na Amazônia que sentiu seu coração de soldado bater mais forte. 'Fui voluntário para vir e sou voluntário para ficar. Aqui, como dizem em outros PEF, o pôr-do-sol não significa
o término de uma jornada de trabalho, mas sim o início de outra. É uma aventura que todo dia recomeça.'

!!!!!!

A esposa do Tenente Azevedo nem sabia o que era um PEF quando se casou com o oficial.

Saiu de Porto Alegre para Boa Vista e, dali, para Surucucu.

Advogada, recém-formada, não podia exercer sua profissão, pois não havia clientes a serem defendidos nem querelas judiciais. 'Aqui, se alguém reclamar, o cacique ou meu marido resolvem e, com o respeito que as pessoas têm pelo Exército, logo tudo se ajeita.'

!!!!!!!!

O General Cerqueira, Comandante Militar da Amazônia, tem destacado o valor profissional dos militares dos PEF:

'Sinto-me orgulhoso em ver o trabalho abnegado desses jovens em defesa da nossa soberania e do nosso patrimônio na Amazônia. Apesar da pouca experiência, eles têm demonstrado possuir competência à altura da responsabilidade que a Nação lhes confia.'


Os tipos de PEF

Atualmente, CMA dispõe de três tipos de OM especiais de fronteira – o Destacamento, o Pelotão e a Companhia.

O Destacamento Especial de Fronteira é o núcleo inicial de um futuro Pelotão ou Companhia.

Seus homens permanecem em instalaçãoes provisórias, sem familiares. O efetivo varia entre 10 e 20 homens.

Há seis Destacamentos na região Amazônica.


1º PEF – Palmeira do Javari-AM

O segundo tipo é o PEF propriamente dito, com 66 homens comandados por um Tenente e todas as instalações comuns a qualquer aquartelamento:
alojamentos, próprios nacionais residenciais, salas de instrução etc.

Além dessas, há outras instalações peculiares,
como carpintaria, padaria, horta, currais, pomares, igreja; enfim, tudo aquilo que é necessário para a sobrevivência de uma pequena comunidade.

Nele vivem, em média, 15 dependentes de militares.

O CMA possui 28 PEF.

!!!!!!!!!

O terceiro tipo são as Companhias Especiais de Fronteira (CEF), comandadas por capitães com curso de Aperfeiçoamento de Oficiais.

O CMA possui 2 CEF, cada uma com efetivo de cerca de 250 homens, que ocupam instalações maiores e em maior número do que aquelas destinadas aos pelotões.

O número de dependentes é variável.

No total, cerca de 5% do efetivo do CMA, ou seja, aproximadamente 1.400 homens, guarnecem
organizações militares especiais de fronteira.

A soma dos dependentes desses militares totaliza mais de mil pessoas, entre esposas e filhos, que habitam as localidades.

!!!!!!

É interessante observar que, em torno dos PEF,
vive um grande número de civis. Muitos deles nasceram e cresceram sem jamais terem saído dali. Essas pessoas têm fortes ligações com o Exército e, na maioria das vezes, sobrevivem graças à Força Terrestre.

Tanto que, na última contagem realizada pelo CMA, em fevereiro de 2006, chegou-se ao total aproximado de 73.000 civis que vivem no entorno dos PEF e que sobrevivem em função do apoio oferecido pelo Exército, principalmente na área de saúde.

!!!!!!

É difícil a avaliação do Índice de Desenvolvimento Humano dos civis, mas, no geral, é baixo, grandemente influenciado pelo quesito renda, como na maioria das pequenas comunidades.

No que diz respeito à Educação, o Exército,
por meio do Colégio Militar de Manaus, tem levado a modalidade de Ensino a Distância a todas essas áreas. Hoje, cerca de 250 alunos em toda a Amazônia estão recebendo ensino de qualidade.

Há também cursos a distância de graduação e de pós-graduação de universidades brasileiras.

Os governos estaduais participam desse processo.
É uma ampla iniciativa que prioriza a educação das crianças e também atende aos adultos.

!!!!!

Finalmente, vale ressaltar que a Internet está presente em 100% dos PEF, assim como o telefone.

A eletricidade, porém, é uma carência. Grande parte das OM utiliza geradores a diesel.


Macroprojeto PEF e a tríade da soberania

No ritmo da Excelência Gerencial, o CMA vem arquitetando seu macroprojeto para as OM de fronteira.

A gestão do projeto é tarefa hercúlea, pois envolve aplicação de recursos volumosos em curto e médio prazos, grande número de pessoas, ações concorrentes de diversos órgãos públicos, deslocamentos aéreo, fluvial e terrestre de difícil execução em um território de quase quatro milhões de km² e visão prospectiva que permita convergir interesses de toda ordem em benefício das gerações futuras.

É um desafio enorme, tipicamente amazônico.

!!!!!!!

Sob a ótica militar, ao visualizar o futuro, a reflexão dos Estados-Maiores em todo o CMA, no que diz respeito à faixa de fronteira,
considera a tríade Vida, Combate e Trabalho.

Em síntese, a soberania brasileira na região
sustenta-se nesses pilares que compõem a chamada
Tríade da Soberania.

Em um PEF, a tríade se torna muito evidente.

Alimentar a tropa é atividade logística de Combate, que dá suporte à Vida.

A horta e a pocilga do Pelotão exigem mão-de-obra dos integrantes da própria OM, uma vez que os alimentos não chegam a preços acessíveis às áreas mais distantes da fronteira.

Na área de saúde, as ações vão da vacinação à telemedicina.

Na agropecuária, no ano de 2005, 15 PEF receberam tratores com carretas e roçadeiras.

Alguns receberam também o arado.

Em 2006, há previsão de distribuição de mais maquinário.

Na área militar, o estado de prontidão dos militares que servem nessas áreas tem confirmado, ao longo dos anos, a eficácia daquela que é 1ª Linha de Vigilância Terrestre
na Região Norte.

As fontes de recursos para a condução desse macroprojeto são as mais diversificadas.

As principais, entretanto, são o orçamento militar e os recursos oriundos de convênios com órgãos públicos.

Deve-se ressaltar, também, o próprio trabalho de militares e civis, uma fonte relevante de recursos e de produção de riquezas de toda ordem.


4º PEF – Surucucu-AM


Conclusão

Viver em um PEF é um grande desafio.

Os problemas se multiplicam em proporções amazônicas.

O simples ato de estudar exige uma coordenação complexa que envolve muitos organismos e recursos.

Mas desistir do conhecimento é hipótese não considerada pelo Exército.

!!!!!!!!!

Os militares do CMA encaram a questão da defesa do território como missão primordial, que exige uma responsabilidade incomum da juventude que guarnece os PEF.

Impressiona a seriedade dos jovens verde-oliva
no cumprimento de suas missões, demonstrando que as Escolas Militares estão de fato formando líderes à altura dos desafios do Exército do século XXI.


***

Comentário

Félix Maier

O Projeto Calha Norte, concebido durante o governo de José Sarney, previa que, além das Forças Armadas, outros ministérios também se fariam presentes na região amazônica, como o da Saúde e da Educação, principalmente, além da incrementação dos serviços da Polícia Federal, para diminuir o contrabando da rica biodiversidade local. O objetivo era tomar efetivamente posse daquela rica região, ao mesmo tempo em que paulatinamente os índios seriam absorvidos pela sociedade brasileira, como foram os zulus e os xhosas na África do Sul depois do Apartheid.

Infelizmente, os únicos que para lá se deslocaram foram os militares, apesar de toda a campanha contra o Projeto, que era tido pela mídia mentirosa como sendo um 'projeto militar'.

Obviamente, as ONGs, especialmente as indigenistas e as ecologistas, sempre foram contra qualquer projeto de inclusão da Amazônia indígena à pátria brasileira. Para esses antropólogos e sociólogos do atraso, os índios devem ser mantidos em sua situação atual, petrificados na Idade da Pedra. Como os negros eram mantidos segregados nos antigos bantustões sul-africanos. Para isso, criaram reservas indígenas descomunais, como a Reserva Ianomâmi, um Portugal inteiro para cerca de 10.000 pessoas. Um absurdo! Estados como Roraima estão se tornando economicamente inviáveis, pelo menos no que se refere ao agronegócio, já que em torno de 80% de seu território está nas mãos de indígenas - hoje os maiores latifundiários do planeta - e do próprio governo federal.

Com o incremento da criação de reservas indígenas - e, mais recentemente, de reservas quilombolas -, o Brasil está se tornando rapidamente uma nação em frangalhos, com 'bantustões' racistas incrustados em todo seu território. Somos os Bálcãs do século XXI.




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