Usina de Letras
Usina de Letras
229 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50576)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->42. REDENÇÃO -- 17/02/2003 - 07:37 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A realidade em volta deste autor

Convida a comentar, com paz e amor,

Os passos iniciais da nova vida.

Mas as pessoas que me ouvem pensam

Que foi muito especial do Pai a bênção,

Porque me deu, no verso, uma saída.



Pois muito sofro, ao fazer a rima,

Posto saber que a trova reanima,

Quando se chega ao fim e se estremece.

É que a verdade fere sempre a gente

Que não compreende, pura e simplesmente,

Que o bem resume a vida, numa prece.



Por mais que pense no melhor sentido,

Sempre haverá quem diga: — “Eu mais duvido,

Se querem impingir-me o Espiritismo!...”

Aí, o tema se consome n’alma

E toda a fúria se arrefece e acalma,

Para ajudar o irmão que está no abismo.



Seria bom que o povo me escutasse,

Para poder sair do triste impasse

De suspeitar do metro e da intenção.

Ao renovar o verso, a cada dia,

Preciso de inventar outra poesia,

Ou acusar as falhas logo irão.



Não me arrependo haver dado, de início,

A idéia de que vim do precipício,

Por ter tirado a vida, em desatino.

Arrependi-me disso, em hora certa,

E, agora que a consciência não me aperta,

Eu já encontrei de novo o meu menino.



É ele quem me ajuda com a rima,

Pois, se estivesse sem a sua estima,

Vagava ainda por Umbral ou Trevas.

O homem novo que surgiu em mim

Mora num templo lindo de marfim,

Por onde passam bens, em grandes levas.



Caso voltasse à vida, logo agora,

Enquanto esta memória inda vigora,

Iria desfrutar do amor supremo,

Pois sei que essa virtude é transcendente,

Que deve perdurar eternamente,

Na alma de quem fez o mal extremo.



O sofrimento, quando chega o dia,

Demonstra que melhor não se faria

Por quem mais desandou durante a vida.

O tolo vai perder as estribeiras,

Até que ouça alguém dizer: — “Não queiras

Descobrir para o mal outra saída!”



Meu filho, quando atende algum chamado,

Sabendo quanto estive magoado,

Procura persuadir quem se machuca

A confiar em Deus e em sua lei,

Porque ninguém se vai perder da grei,

Por mais esteja a alma assim maluca.



Quem está lendo a trova me perdoe,

Caso algum verso n’alma não lhe soe

Como evangélico, e não ser de agrado.

Se vivo agora em torre de marfim,

Não quer dizer que seja um querubim,

Que seja santo ou bem-aventurado.



Faça você os versos e a harmonia

E veja se também não sentiria

Esta felicidade lhe empolgar.

É que me encontro bem, junto ao meu filho,

E lhe sugiro agora este estribilho,

Caso se ponha aqui no meu lugar.



Agradecer ao Pai, de coração,

Os que são mais felizes sempre vão,

Que é fácil, quando tudo nos dá certo.

Eu quero ouvir a prece mais formosa,

Na voz de quem padece pela glosa,

Sofrendo toda a dor, de peito aberto.



Aí, o mérito será maior,

A demonstrar que alguém sabe de cor

Quais são as leis do Pai para o Universo.

Se traduzir o sentimento d’alma,

Inda haverá de conseguir a palma

De nos trazer para a emoção do verso.



Um longo suspirar e me despeço,

Que a inspiração findou e meu sucesso

Depende destas rimas bem montadas.

Se desarmarem minhas estruturas,

Vão ver idéias soltas, inseguras.

Estrelas não nos servem, se apagadas.



Senhor, aceita a prece do poeta

Sabendo, embora, não estar completa

A obra benemérita do amor.

Se perdoares quem não tem poder,

Cumprindo — como sabe — o bom dever,

Um dia, um lindo verso hei de compor.



Aí, ofertarei um ramalhete

De estrofes, escrevendo, num bilhete,

Que aceito a vida como a vida é,

Agradecendo ao Pai a minha dor,

Pois, seja rude e forte quanto for,

Irá fazer valer a minha fé.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui