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Artigos-->A Cidade dos Errados -- 30/07/2012 - 17:07 (Marcelo de Oliveira Souza :Qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Cidade dos Errados





Desde quando saímos de casa, a gente aprende a se defender, infelizmente o tal do jeitinho denigre a nossa imagem e enfraquece a nossa cultura.

Ao raiar do dia, adentramos na selva urbana, onde todos querem ser espertos e o mal do esperto é pensar que todos são ingênuos, mas antes disso sempre temos que nos deparar com as primeiras provas diárias, temos que tirar o nosso carro do estacionamento e percebemos que ele está amassado, algum incauto não soube manobrar o seu veículo ou estava cheio de cerveja para controlar o volante, mas não é isso somente que podemos ter de surpresa matinal, podemos encontrar o carro riscado por um vizinho invejoso ou até trancado por outro vizinho que não achou vaga para estacionar, resolvendo colocar o veículo dele em qualquer lugar.

Ao conseguir seguir pela pista muitas pessoas não saem das ruas, outras vezes não tem calçada, por não ter espaço físico mesmo, ou até porque alguém estacionou justamente no caminho do transeunte ou o morador resolveu invadir a calçada para aumentar o seu imóvel.

Caso seja em região de favelas, ali você tem que sair manobrando e esperando as pessoas passarem, buzinar baixinho para não aborrecer quem está passando, se o pedestre tiver um carrinho de mão, aí o motorista tem que ter muita paciência, mas muita mesmo, apesar da calçada, eles acham que no asfalto é mais fácil empurrar o carro de mão, o condutor do veículo que espere.

Há momentos em que o trânsito para, porque alguém desceu para comprar jornal na barraca e fica ali mesmo, no meio do caminho, ou tem um caminhão descarregando em uma pista estreita.

Tem vezes que temos o desprazer de encontrar loucos na rua ou muito espertos para se jogar na frente do carro, isso mesmo! Na frente do carro para se machucar e pedir indenização.

O trânsito em Salvador, é um horror! Quem aponta a seta de sinalização, para indicar o seu destino, sai prejudicado, pois o motorista de trás - seja lá a que distância for - acelera mais que Airton Senna, para passar na sua frente, assim muitas pessoas preferem não sinalizar.

Estacionamento na cidade do caos existe muito pouco, quando colocamos o carro na rua, têm aqueles “flanelinhas”, que cobram para não riscar o seu veículo, ou até fazer coisa pior, todos sabem dessa “lei”, mas o pior que a “lei do cão” vigora e ninguém tem peito para coibir esse absurdo!

Placas de sinalização não são respeitadas, motoristas de ônibus disputam com os taxistas e motoboys. Na companhia de trânsito não tem gente suficiente para multar, pois o que tem de gente infringindo a lei do trânsito e o que tem de multas não dá para mensurar, o que não entendemos é para onde vai esse dinheiro, porque em melhorias de sinalização e asfaltamento não é.

A falta de educação é geral também entre muitas pessoas, até em filas tem gente que prefere não respeitar, ela invade a fila do caixa eletrônico e ainda vocifera que fila é para otário, retira o dinheiro e sai.

No cinema tem sempre alguém para ficar gritando, chamando, apontando, empurrando a poltrona de quem está na frente, tornado o prazer da sétima arte um verdadeiro suplício.

Nas festas públicas, aquelas como Carnaval e Lavagem do Bonfim, todas elas são propaladas aos quatro cantos do mundo, mas quem se diverte mesmo é quem está em camarote, quem está no meio do povão é a festa do empurrão, do solavanco, da cacetada e do ônibus superlotado, quando não tem arrastão na própria condução.

As opções para quem está na cidade como Salvador são diminutas, principalmente para quem quer um programa com a família, mas quando acontece o nível vai lá embaixo, se não fosse uma deputada, ainda seriamos obrigados a pagar para ouvir impropérios pornográficos.

Agora que chegou o tempo de eleição dos “sorridentes”, a guerra recomeça para “mamar” mais quatro anos, no interior dá até morte e na capital é propaganda para todos os lados, somos obrigados a assistir toda aquela poluição sonora e a visual, ouvir tudo que os “sorridentes” têm a dizer na televisão, no martírio eleitoral; ainda há gente que os defenda, mas o pior ainda é que a Cidade dos Errados é apenas uma cria do País dos Errados, onde a lei não funciona, o mesário é obrigado a trabalhar de graça e o eleitor é obrigado a votar em quem não quer, pois o sistema brasileiro de deseducar o cidadão promete tudo sempre, mas a educação, saúde e segurança continuam a definhar e envergar o nome de país emergente e de um povo afundando no meio da falta de direitos básicos e na existência de muitas leis que não funcionam.

Quando o cidadão de bem volta de sua labuta diária, nessa selva, se sente um alienígena numa terra abençoada por Deus e maltratada pelos homens.





Marcelo de Oliveira Souza



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