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Cordel-->Consciência coletiva -- 05/11/2003 - 12:06 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Veja, antes:=>>>Benza-se com azeite, Negão!









— Se você assim pensar,
que a morte não falseia,
que o corpo é criado
com ela na mesma vreia,

por quê tem corpo um bicho,
se este não acredita
na morte, não tem capricho,
nem ego, nem espirita?

— Mas ele, também, falece,
ou aparenta morrer.
E a gente não esquece
que o nosso perceber

do mundo é um reflexo
do nível de consciência.
Não é nada mais complexo,
há uma coincidência:

não estamos separados
deste mundo objetivo,
mas estamos bem ligados
ao outro nunca nocivo.

Nossa consciência cria
o mundo que habitamos;
cada instante que fia,
o mundo modificamos.

Modernos pesquisadores
vislumbraram esse fato,
pois, sendo observadores,
ficam como carrapato,

unidos ao observado.
O consciente, que vê,
não pode ser separado
do fato a ocorrer.

Crer numa separação,
lutar pra sobreviver,
tem logo repercussão:
o que você perceber

vai logo ser governado
pelo medo, por um mundo
de morte, bem deformado,
por lutas, tudo imundo.

Nada é o aparente.
O mundo que você cria
e vê, através da mente,
parece ser aceria,

visto como imperfeito,
e pode mostrar tristeza.
Mesmo visto desse jeito,
ele não tem realeza,

é apenas sugestão,
como imagem em sonho,
uma representação,
um símbolo inconho.

É o jeito pelo qual
a consciência traduz
e, em tom dialogal,
interage, reproduz

a dança de energia
molecular neste mundo.
Essa energia cria
o material rotundo,

bruto, da realidade
física. Você a vê,
tanto na natalidade,
como em um perecer,

ou numa luta ferrenha
por qualquer sobrevivência.
E, conforme cada senha,
percebe a consciência

mundos que são diferentes,
várias interpretações.
Todos os seres viventes
fazem focalizações,

Cada qual serve de ponto
pra consciência focar,
cada qual já está pronto
para seu mundo criar.

E os tais mundos criados,
a partir da consciência,
já estão interligados,
e deles temos ciência.

Existe um mundo humano,
o mundo dos animais,
o mundo do catrumano,
o mundo dos vegetais...

Quem manda é a frequência,
entre seres diferentes,
do nível de consciência.
Uns são tão incipientes

que jamais são percebidos,
nem conseguem nos notar.
Outros, mais desenvolvidos,
nós queremos imitar,

tão conscientes que são;
exercem um predomínio,
pois fazem da ligação
com a Fonte domínio.

Mesmo assim, fazem parte
dos mundos do Universo,
cada qual tem sua arte,
um é rude, outro terso.

Na Bíblia há um leão,
consciência coletiva,
que se deitará no chão
com a ovelha viva.

A ovelha simboliza
todos os seres vivos,
que a gente martiriza,
sejam ou não produtivos.

Havendo transformação
na consciência humana,
então, teremos leão
que não será sacana,

e nossa realidade
já será bem diferente,
será o fim da maldade
entre gente consciente.

O mundo tal qual se vê,
é reflexo da mente,
e o ego nos provê
de um medo abrangente;

o mundo é dominado
pelo medo coletivo,
muito "negativizado",
também, acumulativo.

Não estando separados
desse mundo ilusório,
então, quando conectados,
de um modo compulsório,

coletivo, ao Agora,
nos livraremos do ego,
da ilusão que explora
e deixa o mundo cego.

Essa mudança por dentro
poderá repercutir
e afetar bem no centro
a criação qu"existir.

É possível, literalmente,
vivermos em novo mundo,
um mundo mais consciente,
sem ilusão, mais profundo.

Há um estranho ensino
budista que nos afirma
que o arbusto menino
e toda grama que firma

irão se iluminar.
A criação já espera
o homem se libertar,
diz São Paulo, nesta Era.

A criação é que geme,
inteira, aind" agora,
com dores do parto treme,
esperando esta hora.

Nasce nova consciência
e novo mundo já vem,
como simples conseqüência
de tudo que intervém.

Mas não confunda a causa
com o efeito brilhante.
É bom fazer uma pausa,
como qualquer caminhante.

Nossa tarefa primeira
não é buscar salvação
arrancada da rabeira
do mundo em ascensão,

mas sim do bom despertar
da identificação
com tudo que se formar,
nossa grande ilusão.

Não somos mais prisioneiros
desta vã realidade,
deste mundo de outeiros
e cheio de vaidade.

Nossas raízes sentimos
no Não Manifesto, vemos
e bem nos desimpedimos
do apego ao que temos.

E vamos aproveitar
dos prazeres passageiros,
mas sem nos escravizar.
Podem ser os mais faceiros,

pelo ego matutados;
sem buscar satisfação,
nem ser mais gratificados,
deixamos ego na mão.

Perdemos nosso ciúme,
nosso medo de perder,
pois já chegamos ao cume,
sem apego, sem temer.

Estamos em conexão
com algo de infinito,
bem maior qu"a ilusão
de um prazer esquisito,

ou de qualquer outro bem.
Não precisamos, é certo,
guardado o que convém,
de um mundo mais esperto.

É nesse ponto que damos
contribuição real,
um mundo melhor criamos,
vendo de outro pontal.

É assim que nós sentimos
verdadeira compaixão
e servimos, qual arrimos,
a qualquer outro irmão.

Somente quem transcendeu
este mundo manifesto
é que já compreendeu
o que faz, em cada gesto,

para criar um melhor.
Você deve se lembrar,
ou já sabe bem, de cor,
do que podemos falar

sobre a dualidade
da frondosa compaixão;
há perceptibilidade
de notória ligação

entre a mortalidade,
o fim das formas que temos,
e a imortalidade,
que é de onde viemos.

Nesse nível mais profundo,
compaixão é curativa,
num sentido mais rotundo;
um remédio que ativa

a presença e a paz
em quem está ao seu lado,
e é inda incapaz,
por não ser iluminado.

Se você está presente,
em união com o Ser,
diante d"um inconsciente,
reação já não vai ter.

Sua paz será enorme.
Tão profunda e tão forte,
que qualquer outra, disforme,
sumirá, como na morte.

Todos os seres em volta
de você, serenidade,
vão querer sua escolta,
por ter paz da Divindade.

Veja, em seguida:
Veja, antes:=>>>A gaiola do Padre Jorge
















































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