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Poesias-->Tu que me deste o teu carinho -- 15/02/2003 - 07:22 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tu que me deste o teu carinho





Tu que me deste o teu carinho

E que me deste o teu cuidado,

Acolhe ao peito, como o ninho

Acolhe ao pássaro cansado,

O meu desejo incontentado.



Há longos anos ele arqueja

Em aflitiva escuridão.

Sê compassiva e benfazeja.

Dá-lhe o melhor que ele deseja:

Teu grave e meigo coração.



Sê compassiva. Se algum dia

Te vier do pobre agravo e mágoa,

Atende à sua dor sombria:

Perdoa o mal que desvaria

E traz os olhos rasos de água.



Não te retires ofendida.

Pensa que nesse grito vem

O mal de toda a sua vida:

Ternura inquieta e malferida

Que, antes, não dei nunca a ninguém.



E foi melhor nunca ter dado:

Em te pungido algum espinho,

Cinge-a ao teu peito angustiado.

E sentirás o meu carinho.

E sentirás o meu cuidado.



Tu que me deste o teu carinho

Tu que me deste o teu carinho

E que me deste o teu cuidado,

Acolhe ao peito, como o ninho

Acolhe ao pássaro cansado,

O meu desejo incontentado.



Há longos anos ele arqueja

Em aflitiva escuridão.

Sê compassiva e benfazeja.

Dá-lhe o melhor que ele deseja:

Teu grave e meigo coração.



Sê compassiva. Se algum dia

Te vier do pobre agravo e mágoa,

Atende à sua dor sombria:

Perdoa o mal que desvaria

E traz os olhos rasos de água.



Não te retires ofendida.

Pensa que nesse grito vem

O mal de toda a sua vida:

Ternura inquieta e malferida

Que, antes, não dei nunca a ninguém.



E foi melhor nunca ter dado:

Em te pungido algum espinho,

Cinge-a ao teu peito angustiado.

E sentirás o meu carinho.

E sentirás o meu cuidado.



( Manuel Bandeira )







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